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Mês: Janeiro 2010

31 Janeiro 2010

À fala com… Sandra Fortuna

Por leitaobatista
leitaobatista
À Fala Com... - © Capeia Arraiana

«Encaro a política como um grande desafio», disse-nos a vereadora Sandra Fortuna, recentemente escolhida pelos seus pares para integrar o Conselho de Administração da empresa municipal Sabugal+. Eleita para a Câmara Municipal nas listas do Partido Socialista, Sandra Fortuna, natural do Casteleiro, que com 29 anos é a mais jovem dos vereadores que compõem o actual executivo, sente que as mulheres dão outro ar à política.

– Foi nomeada vogal do Conselho de Administração da Empresa Sabugal+, que será presidido pelo próprio presidente da Câmara Municipal, António Robalo. Como é que se chegou a essa solução, depois de tão longa indefinição quanto ao futuro da empresa?
– De facto, a situação arrastava-se desde há algum tempo mas há decisões que, antes de serem tomadas, devem ser muito bem ponderadas para não se cair em erros graves. Assim, na última reunião e depois de longa e saudável discussão, o executivo aprovou por unanimidade a proposta apresentada pelo presidente da Câmara para a constituição do Conselho de Administração, que será presidido por ele mesmo, sendo eu e a técnica da Câmara Teresa Marques os vogais.
– O que representa para si este novo desafio?
– É um enorme e aliciante desafio. A Sabugal+ pode vir a fazer um trabalho decisivo para o concelho, na medida em que a sua actividade abrange áreas de grande relevância, designadamente a cultura, o desporto e o turismo. São áreas transversais que devem ser encaradas como ferramentas fundamentais na construção de um Concelho que se diferencie pela riqueza da sua cultura, do seu património e nobreza das suas gentes. Há muito trabalho que se pode e deve fazer neste âmbito. Igualmente ao nível das parcerias que se podem estabelecer com outras entidades, para que todos se possam envolver no futuro do concelho. Não posso deixar de esclarecer que os objectivos e a actividade da empresa municipal é decidida pelo executivo da Câmara, a quem cabe igualmente decidir sobre as suas competências.
– Então está a querer dizer que a Sabugal+ deveria ter mais competências?
Considero que a Sabugal+ poderá ter uma influência maior em muitos sectores da estrutura organizacional do Município.
– Como se vai processar a gestão da Sabugal+? Vai ocupar as funções de vogal a tempo inteiro?
– A ideia é gerir a empresa com respeito pelos seus Estatutos, que estipulam a realização de uma reunião mensal, podendo porém o Conselho de Administração reunir extraordinariamente sempre que se justificar. Tenho a certeza que a empresa tem nos seus quadros técnicos competentes que serão uma mais-valia preciosa no funcionamento, no desenvolvimento e na concretização dos objectivos, como referi anteriormente, estipulados pelo executivo da Câmara.
– Considera que esta foi uma solução de recurso, face à impossibilidade de se chegar a um acordo para a nomeação de um técnico experiente para dirigir a empresa?
– Não foi uma solução de recurso. Foi uma solução política e consensual face à composição do actual executivo municipal.
– Considera então que Norberto Manso não merecia ser reconduzido, tal como propunha o presidente da Câmara?
– A questão não se pode colocar dessa forma. O Dr. Norberto Manso era um homem de confiança do anterior executivo e por isso foi nomeado no cargo de presidente da Sabugal+. Era, portanto, um cargo político de nomeação. Como é evidente, o Dr. Norberto não é o homem de confiança da maioria do actual executivo. Importa, no entanto, referir mais uma vez, que o Conselho de Administração cumpre as orientações da Câmara Municipal.
– Está a querer dizer que foi apenas a confiança política que relevou?
– Isso mesmo. Norberto Manso tinha a confiança política do anterior executivo, onde um partido era maioritário e dava as orientações. Actualmente há uma nova realidade, resultante das últimas eleições, e a solução encontrada reflecte a vontade política do executivo que está em funções.
– O Presidente António Robalo acabou por perder politicamente…
– É meu entendimento que ninguém ganhou ou perdeu. A democracia funcionou e formou-se a equipa que o executivo considerou ideal para administrar a empresa. Discutiu-se calma e serenamente e foi encontrada uma solução a contento de todos, realidade que se traduziu na aprovação da proposta por unanimidade.
– Houve momentos de grande tensão nalgumas reuniões em que o assunto foi discutido?
– Julgo que transpareceu para a opinião pública uma ideia errada sobre a forma como as reuniões aconteceram. Posso assegurar que as reuniões até agora realizadas ocorreram com serenidade e com um grande sentido de responsabilidade por parte de todos os intervenientes. Houve um ou outro momento de debate mais vivo, mas sem exaltações e sempre com o máximo respeito de uns pelos outros. A prova disso é que quase tudo o que foi analisado foi aprovado por unanimidade ou, nalguns casos, com a abstenção da oposição. No que se refere aos vereadores do Partido Socialista, sabemos que estamos no executivo como oposição, para que fomos mandatados pelo voto popular, mas fazemo-lo construtivamente e sempre a pensar no futuro do concelho.
– Consigo o PS voltou a ter uma vereadora na Câmara, depois do mandato que entre 2001 e 2005 desempenhou a malograda Lucinda Pires, também do Casteleiro. A Sandra Fortuna sente-se uma seguidora do trabalho político que a professora Lucinda fez no concelho?
– Sinto um enorme orgulho no trabalho da Lucinda Pires no concelho e sobretudo no Casteleiro. Para mim ela será sempre recordada como uma grande figura do concelho do Sabugal. Não sinto que esteja a seguir o seu percurso, porque eu quero seguir o meu próprio caminho. Mas ela é para mim uma referência e lembro-me muitas vezes do percurso que ela teve como presidente de Junta de Freguesia, vereadora, professora e dirigente associativa. O Casteleiro orgulha-se muito dela. Note que a Lucinda foi a única figura da freguesia a quem foi feita uma homenagem pública com a colocação de um busto no largo principal. Ela contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da terra que a viu nascer. Nunca a esqueceremos!
– O Capeia Arraiana entrevistou recentemente Delfina Leal, vice-presidente da Câmara, e o José Carlos Lages, que fez a entrevista, disse no final que a política no Sabugal está diferente. Concorda que a presença feminina na vereação da Câmara deu um ar mais cuidado e simpático ao executivo?
– No que me diz respeito, considero que se não me achasse capaz de contribuir para uma melhoria do trabalho do executivo não teria ocupado o lugar de vereadora. Tenho-me empenhado nas funções que agora exerço e o meu desejo é fazer sempre mais e melhor, mas tentando também fazer diferente. As mulheres dão de facto outro ar à política.
– Mas concorda que a maior parte das mulheres estão na política devido à Lei da Paridade, mantendo-se a política como uma actividade dominada pelos homens?
– Efectivamente, os políticos são na sua maioria homens, mas o número de mulheres tem vindo a aumentar sendo esta uma tendência que acredito se virá a acentuar no futuro. Há de facto um percurso a fazer para que as mulheres participem mais activamente na actividade política. As mulheres têm muitas responsabilidades no seu dia a dia, mas articulando todas as tarefas, conseguimos obter um óptimo desempenho. É uma verdade que nada se consegue sem esforço, mas encaro a política como um grande desafio. Estou na política porque gosto e porque considero que posso ser útil nestas funções e por consequência no desenvolvimento do Concelho do Sabugal.
– Sente-se respeitada no seio de um executivo camarário, ainda assim dominado pelos homens?
– Absolutamente. Do pouco tempo que tenho como vereadora posso dizer que o respeito é imenso. Não recordo qualquer situação de desconsideração. Não existe qualquer tipo de desigualdade entre as propostas e os pontos de vista apresentados pelas mulheres ou pelos homens do executivo.
– Os três vereadores eleitos pelo Partido Socialista actuam de forma concertada, como um todo, ou cada um age por si assumindo a sua própria responsabilidade?
– Temos na Câmara pessoas de muito valor, e não falo por mim. O António Dionísio e o Luís Sanches estão ali para trabalhar em favor do Sabugal. Analisam a fundo todos os assuntos e discutem-nos seriamente. O Toni, embora nunca antes tivesse sido vereador, tem uma grande experiência, e é um homem muito coerente e muito rigoroso. Conversamos muitas vezes para acertarmos posições e tentamos agir concertadamente, sempre com uma certeza e um objectivo comum: que é possível construir um Sabugal com futuro!
– A oposição não tem, portanto, sido uma força de bloqueio nas decisões do executivo?
– De maneira nenhuma. Os vereadores eleitos do PS têm demonstrado uma grande responsabilidade, tanto nas votações efectuadas como na apresentação de propostas para a resolução dos assuntos discutidos nas reuniões. Temos a noção clara de que o mais importante é a construção de um concelho melhor para viver e trabalhar. No entanto, compete ao Sr Presidente da Câmara e aos seus colaboradores directos apresentarem os projectos, cabendo-lhe igualmente a responsabilidade se os resultados obtidos não forem os mais positivos.
plb

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À fala com…, Câmara Municipal Sabugal, Casteleiro, Política, Sabugal lucinda pires, sandra fortuna 3 Comentários
31 Janeiro 2010

Foios solidários com as vítimas do Haiti

Por José Manuel Campos
José Manuel Campos

Os elementos da Junta de Freguesia de Fóios, concelho do Sabugal, pediram ao Senhor Pároco da localidade que informasse na Missa Dominical que, durante uma semana, aceitavam dinheiro para as vítimas do Haiti. O resultado foi consubstanciado numa modesta, mas seguramente muito preciosa, ajuda para aquele povo que vive momentos de infelicidade.

Terramoto no Haiti - drama para uma das populações mais pobres do planeta - capeiaarraiana.pt
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Fóios, Nascente do Côa haiti, josé manuel campos 1 Comentário
31 Janeiro 2010

Turismo de habitação rural na Beira Interior (4)

Por José Morgado
José Morgado

Continuando por terras da Beira Baixa, em Belmonte e Vila de Rei temos vários empreendimentos habitacionais em espaço rural…

Restaurante da Pousada de Belmonte
Restaurante da Pousada de Belmonte
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Beira Interior, Soito, Terras entre Côa e Raia, Turismo habitação rural, josé morgado carvalho Deixar Comentário
31 Janeiro 2010

Ser ou não ser…

Por Adérito Tavares
Adérito Tavares

«Lisboa, 18-10-1992. João XV, rei da Ibéria, acompanhado pelo primeiro-ministro Felipe Gonzalez, recebeu esta tarde Jacques Delors, presidente da Comissão Europeia, e os ministros dos Negócios Estrangeiros da CE. Amanhã, o monarca deslocar-se-á a Madrid, para aí inaugurar a Grande Exposição comemorativa do V Centenário do nascimento do príncipe Duarte, o primeiro rei da Ibéria unificada…»

Rei D. João II de Portugal - O Príncipe Perfeito
Rei D. João II de Portugal – O Príncipe Perfeito
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30 Janeiro 2010

Processos da Inquisição referentes ao Sabugal (9)

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

Jorge MartinsA SAGA BEIRÃ DOS HENRIQUES – Apesar da insuficiência dos dados de que dispomos neste momento percebe-se já que as famílias judaicas do concelho do Sabugal se cruzaram. Na verdade, a conhecida prática endogâmica das comunidades judaicas ajuda-nos a perceber melhor como se organizaram, movimentaram e resistiram os2 judeus às perseguições inquisitoriais. No Sabugal não terá sido diferente do resto do país.

Com efeito, as Beiras e Trás-os-Montes são autênticos laboratórios de investigação da história do criptojudaísmo. Aliás, é muito provável que as Beiras constituam a principal referência para os estudos judaicos durante o período de vigência dos tribunais do Santo Ofício (Lisboa, Coimbra, Évora), entre 1536 e 1821.
Atendendo às referidas insuficiências de dados, escolhemos as duas grandes famílias judaicas do Sabugal: os Henriques e os Rodrigues, como vimos anteriormente. Obviamente, há que ter em conta que estamos a falar apenas daqueles que caíram nas malhas da Inquisição, o que deixa de fora os que podem ter saído incólumes, ou os que tenham emigrado.
Começamos com os Henriques. Cruzando os locais de nascimento desta grande família judaica do Sabugal com os locais de residência quando foram presos, veremos melhor os seus percursos, quer por fuga à Inquisição, quer por alastramento da sua presença na região das Beiras, por razões familiares (casamentos) ou profissionais (actividades comerciais).

Quadro 1

Quadro 2

Ao observar o quadro, constatamos que podemos estabelecer dois grandes períodos para os Henriques. O primeiro, entre 1565 e 1725, em que os portadores daquele apelido nascidos no Sabugal acabaram presos pela Inquisição no próprio Sabugal (5), na Guarda (4), no Fundão (2), em Almeida (1), em Seia (1), em Santarém (1), nos Açores (1), na Galiza (1), no Brasil (1). Podemos concluir que os judeus, depois de algumas prisões de sabugalenses no próprio Sabugal, fugiram da sua terra natal para se fixarem noutros concelhos, principalmente na região das Beiras.
No período seguinte, entre 1725 e 1752, os Henriques nascidos noutros concelhos viriam a ser presos no Sabugal, naturais de Almeida (7), de Pinhel (6), de Penamacor (3), do Sabugal (2), Guarda (1), de Idanha-a-Nova (1), do Fundão (1), de Faro (1).
De facto, observa-se o percurso inverso, ou seja, um certo regresso ao Sabugal. Em todo o caso, foram menos os Henriques naturais do Sabugal a serem presos no seu próprio concelho (2) do que no período anterior (5).

CONCELHOS BEIRÕES DAS PRISÕES DOS HENRIQUES
MAPA 1 – ENTRE 1565 E 1725 MAPA 2 – ENTRE 1725 E 1752

Em suma, as deslocações dos Henriques – todos eles acusados de judaísmo – quase que se circunscreveram às Beiras ao longo de quase dois séculos de perseguições inquisitoriais (1565-1752), como se pode verificar nos mapas seguintes.
Quanto aos cruzamentos, por casamentos, dos Henriques com outras famílias judaicas, destacam-se os Rodrigues, com 13 ligações familiares, seguida dos Nunes, com 11 e de uma diversidade enorme de outras famílias, embora com diminuta representatividade, tais como: Almeida, Magalhães, Costa, Gonçalves, Mercado, Cunha, Solla. Com estas ligações, temos um alargamento da grande família judaica das Beiras em geral e do Sabugal em particular.
Para investigação futura, aqui fica uma genealogia provisória, muito incompleta certamente, de um dos ramos da família Henriques, com os anos de prisão dos réus identificados.


Clique na imagem para ampliar

«Na Rota dos Judeus do Sabugal», opinião de Jorge Martins
martinscjorge@gmail.com

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Judeus do Sabugal, Sabugal inquisição, jorge martins 6 Comentários
30 Janeiro 2010

O tique de legislar

Por António Cabanas
António Cabanas

Os governos portugueses dos últimos anos ganharam o tique de legislar. Para sermos justos, há que dizer que não só os governos mas também a Assembleia da República sofre desse mal. Legisla-se por tudo e por nada, e muitas vezes mal! É difícil encontrar alguma coisa, ou assunto que não seja objecto de regulamentação, de uma lei, de um decreto, de uma portaria ou de um despacho normativo. As próprias autarquias tem também os seus regulamentos, em alguns casos, são mesmo obrigadas pelo governo ou pela Assembleia a fazê-los ou actualizá-los. Já não há margem para o improviso nem para o desenrascanço tão genuinamente português: legisla-se e regulamenta-se tudo.

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Penamacor, Política, Terras do Lince antónio cabanas, legislar 4 Comentários
30 Janeiro 2010

Os sabores antigos de Tomaz de Figueiredo

Por leitaobatista
leitaobatista

«A Toca do Lobo», de Tomaz de Figueiredo, é um livro de memórias, onde a saudade está obsessivamente presente. Fala dos fantasmas e mortos-vivos que povoam o pensamento de Diogo Coutinho, um morgado moderno e citadino, oriundo de gente nobre, que decidiu voltar à casa da família, numa quinta, sumida nos montes.

Nessa velha casa de campo passara os melhores tempos da sua existência, na juventude: «Ali viveu muito, muito de vida vivida, outro tanto, ou muito mais, de vida imaginada: tão violentamente imaginada que valia por ter vivido muitas vidas».
Chamavam à casa senhorial, no Alto Minho, a Toca do Lobo, por ali ter estado encovilado, no «tempo dos franceses», o seu bisavô, Rodrigo Coutinho. Feroz, o bisavô possuía dentes pontudos e descompassados e não dava tréguas ao invasor abatendo franceses à cronhada, à navalha ou, quando não, filando-os à dentada.
O tempo passou e, irremediavelmente só, Diogo sente que o seu mundo de juventude, de exímio caçador de perdizes e de grandes caminhadas pelos campos, se perdeu com o correr dos anos, nada mais lhe restando que as recordações desse mundo longínquo. O livro de Tomaz de Figueiredo, é pois uma imensa e sentida rememoração do passado, de revisitação aos locais de antigamente, às conversas com os familiares já desaparecidos e com a gente simples e heróica que ajudava nos trabalhos da quinta.
É verdadeiramente encantador saborear a escrita metódica de Tomaz de Figueiredo, com as suas frases lapidares, carregadas de expressões populares, e as descrições vivas e sentimentais. Atente-se a estas expressões colocadas na voz do povo:
Ascorda, home, que nos estão a puxar à porta.
Ai! Que me mataram!
O binho do fidalgo é marinheiro, carambas! Assobe ao capacete!
Nunca fui de botar famas a ninguém.

Mas o livro também fala dos antigos prazeres da boa mesa, como quando descreve o regresso à casa senhorial após algum tempo de ausência:
«Chegavam e dava-lhes a todos a fome: era frigir à pressa um pastelão de chouriço, esfatiar o traço de vitela assado já de véspera. Não demorava a mulher do caseiro como duas infusas de leite – de vaca e de cabra, mungidas na própria hora – ainda quente dos úberes, a espumar. Daí a nada algum filho, com uma cesta-vindima de figos bacorinhos, murchos, de lágrima em ponto de fio, e alguns depenicados dos pássaros, de té torcido, “a cair da corneira”, como o rapaz dizia. A tia Mariana desenformava uma tigela da sua marmelada, primava em a apresentar na mesa tremente como um pudim gelado, tão fina era, tão carregada no açúcar, puxado até secar…».
Este romance, o primeiro de Tomaz de Figueiredo, foi publicado em 1947 e, no ano seguinte, foi agraciado com o prémio Eça de Queirós
Merece a pena ler a obra deste escritor de truz, sobre quem o crítico literário sabugalense João Bigotte Chorão, da Academia das Ciências, nos diz ser «um escritor, um cavador de palavras, um servidor do idioma».
«Sabores Literários», crónica de Paulo Leitão Batista

leitaobatista@gmail.com

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Gastronomia/Bebidas, Livros, Sabores Literários a toca do lobo, joão bigotte chorão, tomaz de figueiredo Deixar Comentário
29 Janeiro 2010

Rádio Altitude apresenta grelha de programação

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

Novos programas e novos protagonistas assinalam a V Temporada da programação da Rádio Altitude, que arrancará na próxima Segunda-feira, dia 1 de Fevereiro. A estação local mais antiga de Portugal inicia assim uma nova época, um pouco mais tarde do que o habitual devido à realização, durante os meses de Setembro e Outubro, da operação informativa eleitoral.

Rádio AltitudeA definição da nova programação também procurou levar em conta muitas das sugestões deixadas por ouvintes no fórum que abrimos na página da Rádio na Internet.
Uma das apostas da nova temporada é o espaço de opinião «O Mundo Aqui», no qual intervirão D. Manuel Felício (Bispo da Guarda), Marília Raimundo (presidente da Fundação Augusto Gil), António Manuel Gomes (médico psiquiatra), Álvaro Guerreiro (advogado) e António José Dias de Almeida (professor aposentado). O programa é às Segundas-feiras às 11h00 e a participação será rotativa, tendo início no dia 1 de Fevereiro com Álvaro Guerreiro.
Na Segunda-feira, depois da edição das 18h00, prossegue o debate «Jogo na Mesa», entre adeptos do futebol nacional. Na nova temporada o painel é, de novo, renovado: Rui Baía e Armando Almeida mantêm-se à defesa, respectivamente, do Benfica e do Futebol Clube do Porto. Luís Costa entra agora em campo com as cores do Sporting.
À Terça-feira prossegue «Moeda Única», jornal temático sobre economia, semanal, a seguir à edição das 10h30. Às 11h00 mantém-se o «Fórum Altitude», com a participação aberta aos ouvintes na discussão de um tema novo em cada semana.
Quarta-feira será dia de «Centro Urbano», um espaço semanal a seguir à edição das 10h30 que retratará vivências na zona antiga da Guarda. Este programa é realizado em parceria com a Agência para a Promoção da Guarda.
À tarde, às 17h30, prossegue o «Rádio TMG» , com a agenda de espectáculos e outros eventos do Teatro Municipal da Guarda, numa produção própria daquela estrutura cultural.
À Quinta-feira há «Jornal de Desporto», sobre todas as modalidades, e «Escape Livre», o programa sobre automobilismo da rádio em Portugal, que é uma das imagens de marca da estação. E prossegue a «Revista de Imprensa», na qual uma personalidade diferente em cada semana é convidada a fazer a leitura pessoal do que se escreveu nos jornais.
Em matéria de análise política há a estreia de «Meias Palavras», com os comentadores residentes Ana Manso e Fernando Cabral, às 11h00 de Sexta-feira.
O debate «Vice-Versa» fecha a semana, à Sexta-feira, depois da edição das 10h30, com painéis alternados de participantes a partir de um grupo alargado que nesta temporada contará com Abílio Curto, Álvaro Estêvão, Carlos Gonçalves, João Amaro, João Correia, João Paulo Antunes, João Rota, Joaquim Canotilho, Joaquim Carreira, José Pires Veiga, Luís Costa, Manuel Rodrigues, Nuno Almeida, Pedro Pires, Pinto de Almeida, Ricardo Neves de Sousa, Rui Correia, Sofia Monteiro e Tânia Cameira, entre outros.
O fim-de-semana abre com o novo programa «Casa da Rádio». Será uma tertúlia, ao Sábado de manhã (a partir das 10h00), animada por toda a equipa da Rádio. Um (ou mais) elementos tratará de abrir as portas da casa a diferentes convidados, deixando que as histórias se cruzem: diálogos, impressões, controvérsias, memórias e acasos. Às 11h30 surge a nova temporada de «Gente com Valor», que procura retratar discretos protagonistas da arte e do conhecimento.
Ao Domingo a «Revista da Semana», entre as 11h00 e as 13h00, faz a síntese dos dias passados na Rádio. Mas antes, às 10h30, a estreia de César Prata num programa de autor semanal, «Ouvidos de Mercador», dedicado à divulgação de músicas do mundo.
Nos espaços de opinião, Adelaide Campos, Márcio Fonseca, Daniel Rocha, Eduardo Brito, Carlos Baía, Antonieta Garcia, Rui Ribeiro, Ana Raposo e Nuno Abreu, entre outros, vão dar consecutivamente voz ao que pensam sobre o que se passa, na «Crónica Diária, de Segunda a Sexta, às 9h15 e às 17h15. A equipa de profissionais da Rádio mantém a «Crónica Altitude», rotativa, na manhã de Sábado.
Na informação diária há blocos noticiosos próprios às 7h25, 8h25, 9h25, 10h25, 12h25 e 18h00 e cadeia com a TSF (informação nacional e internacional) às horas certas.
Rádio Plural – A Rádio Altitude mantém assim uma forte aposta na informação local e regional – e no debate, na entrevista e na opinião. E esta será mesmo a temporada com maior diversidade de abordagens, desde que teve início a actual grelha de programas, no princípio de 2006.
Isto é resultado do trabalho de uma equipa de dez profissionais (que integra seis jornalistas) e da participação de mais de quarenta colaboradores, cronistas, comentadores e autores de programas temáticos – cidadãos que integram um Projecto que se caracteriza pelo enorme pluralismo etário, social, profissional e ideológico.
Provedor do Ouvinte – Hélder Sequeira – antigo director da Rádio, com vasto trabalho publicado sobre a própria estação – continua a exercer as funções de Provedor do Ouvinte. A Rádio Altitude é o único órgão de comunicação social audiovisual privado em Portugal a dispor desta figura, tendo sido pioneiro mesmo em relação ao operador público nacional (o único que está obrigado por lei à nomeação de um provedor).
O papel do Provedor do Ouvinte é o de um interlocutor independente entre a Rádio e os públicos, recebendo ou fazendo críticas e sugestões, numa estação marcadamente informativa que, em cada semana, coloca cerca de 130 novos conteúdos próprios em antena, além de uma cuidada selecção musical.
jcl (com Rádio Altitude)

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Beira Interior, Guarda, Rádio Altitude Deixar Comentário
29 Janeiro 2010

A mulher que amava a música

Por José Manuel Monteiro
José Manuel Monteiro

Nos últimos dias temos visto todo o tipo de notícias sobre a situação no Haiti. Reportagens de enviados especiais das televisões, das rádios e dos jornais tanto nacionais como internacionais. Reportagens sobre destruição, mortos, forma como a ajuda internacional chega, trabalho das ONG, mil e uma cerimónias e actos de solidariedade e angariação de fundos, uma panóplia de notícias e actos.

Terramoto no Haiti em 2010 - capeiaarraiana.pt
Terramoto no Haiti em 2010
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Largo de Alcanizes, Sabugal haiti, icaro, josé manuel monteiro 1 Comentário
29 Janeiro 2010

Confraria do Bucho Raiano elegeu corpos sociais

Por leitaobatista
leitaobatista

Reuniu no dia 27 de Janeiro a primeira Assembleia Geral da Confraria do Bucho Raiano, a qual elegeu os corpos sociais para o próximo biénio, que substituirão a Comissão Instaladora, que vem administrando a agremiação desde que a mesma foi formalmente constituída, em 6 de Maio de 2009.

Brasão da Confraria do Bucho Raiano do SabugalA Assembleia Geral, ou Capítulo, que se realizou em Lisboa, decidiu ainda mudar a sede da Confraria para o Sabugal, em local a definir, o que obrigará a uma alteração aos Estatutos, onde consta a Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa como sede da associação.
Outro dos pontos tratados foi a apresentação de contas relativamente ao ano de 2009, que foram aprovadas pelos confrades presentes. Segundo o quadro apresentado pela Comissão Instaladora, a Confraria gastou no último ano 1.145 euros, quase na sua totalidade para pagamento dos actos notariais e demais registos ligados à constituição formal da associação.
Os corpos sociais da Confraria do Bucho Raiano do Sabugal ficaram assim constituídos:

CAPÍTULO
Grão-Mestre Capitular: Joaquim Leal (Sortelha)
Capitular-Ajudante: António Manuel Bogas (Sabugal)
Capitular-Relator: António Vinhas Ricardo (Aldeia de Santo António)

MESA DE VEDORES
Vedor: José Morgado Carvalho (Soito)
Vedor-Ajudante: Paulo Cruz (Aldeia Velha)
Vedor-Relator: António Manuel Ferreira (Sabugal)

CHANCELARIA
Chanceler: Paulo Leitão Batista (Sabugal)
Vice-Chanceler: José Carlos Lages (Ruivós)
Almoxarife: Paulo Terras Saraiva (Castanheira)
Escrivão das Leis: Horácio Pereira (Sabugal)
Fiel de Usanças: José Marques (Sabugal)
Mestre de Cerimónias: Natália Bispo (Sabugal)
Porta-Estandarte: João Valente (Vilar Maior)

Os elementos eleitos para os vários órgãos sociais tomarão posse no final do almoço anual do bucho, previsto para o Sabugal, no dia 13 de Fevereiro.
O I Capítulo de Entronização da Confraria do Bucho Raiano está marcado para o dia 17 de Abril de 2010 com a presença de representantes da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, das duas Confrarias Madrinhas (Confraria da Chanfana de Vila Nova de Poiares e Confraria do Queijo da Serra da Estrela) e de confrarias convidadas de todo o país. A cerimónia incluirá a entronização de Confrades de Honra e um grande almoço onde o bucho raiano será rei.
plb

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Confraria Bucho Raiano, Confrarias, Gastronomia/Bebidas, Nacional / Internacional capítulo, chanfana, confraria, Confrarias, entronização, federacao, gastronómicas, queijo, Serra da Estrela 3 Comentários
29 Janeiro 2010

Montaria Municipal em Alfaiates

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

Eram quase 8 horas da manhã quando os dois primeiros participantes para a 2.ª Montaria Municipal – Serra do Homem de Pedra chegaram à sede do CCRA-Centro Cultural e Recreativo de Alfaiates. Antes disso já a direcção desta associação tinha preparado o pequeno-almoço e o almoço.

   

Por volta das nove horas e depois de montarem o sistema informático procedeu-se às inscrições para o evento por parte dos técnicos florestais do Município do Sabugal, posto isto deu-se início ao «Taco» para aconchegar o estômago antes do início desta jornada.
Depois de se ter efectuado o sorteio das portas, rezou-se um Pai-nosso e deu-se inicio à Montaria. Eram então 10.30 quando os caçadores e matilheiros seguiram para o campo.
O almoço inicialmente previsto para as 14.30 horas apenas se iniciou às por volta das quatro da tarde já depois da Brigada da ASAE recolher amostras do único animal abatido durante a caçada, o autor do tiro certeiro foi o João «Saranco» do Soito. O repasto foi constituído por uma canja de cornos (que todos sem excepção repetiram mais de uma vez, parabéns ao cozinheiro Carlos Sanches), jardineira de vitela, fruta e queijo, seguido de café e digestivo.
Eram já perto das 18 horas quando o último participante se despediu de nós, agradecendo toda a hospitalidade e tratamento recebido.

Notas finais
– Um agradecimento especial ao Domingos «Trocas» pela lenha e pelo atear da fogueira que tão bem soube aos intervenientes deste evento.
– Um Obrigado ao Município do Sabugal, Dr. Morgado, Vereador Ernesto, Eng.ª Carla e Eng.º Alberto por terem confiado em nós para recebermos este acontecimento na nossa Terra.
– A todos os participantes um bem-haja e se algo não esteve tão bem, aqui ficam as nossas desculpas.
Norberto Pelicano
(Presidente da Direcção do C.C.R. de Alfaiates)

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Alfaiates, Associativismo, Caça / Pesca ccra, montaria, municipal, norberto pelicano 1 Comentário
28 Janeiro 2010

Uma visão alternativa de Itália

Por Pedro Miguel Fernandes
Pedro Miguel Fernandes

Corria a década de 1970 quando Bernardo Bertolucci foi convidado pelo Partido Comunista Italiano para fazer um filme sobre a história do país durante a primeira metade do século XX. O resultado foi um épico de mais de cinco horas com Robert De Niro e Gérard Depardieu.

Realizador Bernardo Bertolucci
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Cinema, Série B bernardo bertolucci, gérard depardieu, pedro miguel fernandes, robert de niro 3 Comentários
28 Janeiro 2010

Trutas portuguesas são das melhores do Mundo

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

Os chefes Michel e Olivier apresentaram cozinha «gourmet» sobre carris durante uma viagem do Alfa Pendular da CP. Cogumelos e castanhas fazem parte das refeições oferecidas no restaurante do comboio ou para levar para casa no final da viagem. Mas a próxima «temporada» vai ter no menu… trutas de Manteigas.

Trutas do Côa - TrutalCôa - Quadrazais - Sabugal . Capeia Arraiana
Trutas do Côa – TrutalCôa – Quadrazais – Sabugal
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Gastronomia/Bebidas, Manteigas, Rio Côa cp, josé carlos lages, michel, olivier, truta, TrutalCôa 4 Comentários
28 Janeiro 2010

Contributos para caracterizar o concelho (1)

Por Ramiro Matos
Ramiro Matos

O conhecimento da realidade de um território é a base essencial para a definição de uma estratégia de desenvolvimento do mesmo.

Mapa do concelho do Sabugal - capeiaarraiana.pt
Mapa do concelho do Sabugal
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27 Janeiro 2010

Marvão aposta em marca com identidade territorial

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

O Município do Marvão apresentou recentemente a sua marca territorial apostando nos conceitos «Visitar, Viver e Empreender». A marca «Marvão» pretende estar presente na vida da região e apostar nos produtos gastronómicos e artesanais do concelho.

MarvãoO projecto de identidade e construção da marca «Marvão» aposta nos conceitos «Visitar, Viver e Empreender». São três verbos para posicionar o Marvão como um produto turístico diferenciado, um espaço singular e autêntico de excelência natural e cultural, promover o bem-estar da população, o desenvolvimento sustentado da região e atrair novos moradores, bem como apresentar o Marvão como investimento seguro para novas actividades económicas.
A marca vai ser usada para promover o reconhecimento e promoção do Parque Natural de São Mamede como uma mais-valia para o desenvolvimento socioeconómico da região. A proposta passa, também, pelo aumento da notoriedade e reconhecimento nacional e internacional dos valores patrimoniais (naturais e edificados) presentes no concelho, potenciar e captar a atenção de investidores, criando novas dinâmicas empreendedoras.
A primeira aplicação da marca «Marvão» vai acontecer com o lançamento da sub-marca «Marvão Bom Gosto em Fevereiro», que será aplicada nas «Quinzenas Gastronómicas» organizadas pela autarquia.
Para além da identidade gráfica que passa a estar presente em toda a comunicação interna e externa do município está a ser pensada a aposta numa linha de produtos com a marca «Marvão».
«Com este investimento pretende-se fomentar a dinamização das actividades económicas, turísticas e culturais existentes em Marvão, bem como potenciar a criação de novas oportunidades para toda a comunidade Marvanense e gerações futuras», explica em comunicado a autarquia.
jcl

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27 Janeiro 2010

O político sábio ou o método do bom governo

Por João Valente
João Valente

Há uns dias, veio numa crónica do Cinco Quinas, no seguimento da primeira assembleia municipal do ano, dizer que as ideias do Senhor Presidente da Câmara «pagavam direitos de autor» e que «pareciam importadas». Este remoque inicial da crónica, apesar de «emendar a mão» mais à frente, pareceu-me um juízo de desvalor pela suposta falta de originalidade das ideias do senhor Presidente da Câmara.

Gibran Khalil Gibran
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26 Janeiro 2010

Disco Cicatr-izando apresentado no TMG

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages
TMG - Teatro Municipal da Guarda - © Capeia Arraiana

No Café Concerto do TMG-Teatro Municipal da Guarda, foi apresentado no dia 22 de Janeiro – «CICATR-IZANDO» – o novo disco de Américo Rodrigues.

Clique nas imagens para ampliar

Na sessão de apresentação no café-concerto do TMG do disco «Cicatr-izando» de Américo Rodrigues actuou um grupo constituído por Victor Afonso, César Prata, Eduardo Martins, Tiago Rodrigues e o próprio autor.
O disco regista o som de acções poéticas a partir de elementos da tradição oral portuguesa (romance, lengalengas, orações, adivinhas, ditos, alcunhas e vocabulário de uma gíria).
«À cata da gíria» – Viajo até uma localidade da raia onde se recorda uma gíria de contrabandistas. Durante a viagem ouvimos músicas do Mundo. Não respeito as indicações de percurso. Telefono a um filósofo e filólogo para me explicar de onde vem aquele linguajar. Regresso. (acção realizada no dia 11 de Agosto de 2009 entre a Guarda e Quadrazais).
A maior surpresa é a voz de Pinharanda Gomes que aparece nesta acção à cata da Gíria de Quadrazais.
Todos os temas tiveram por base uma intervenção concreta em cujo processo se usaram tecnologias rudimentares de gravação, comunicação e amplificação da fala e da voz. O som obtido nas acções foi depois alvo de montagem com edição de «Bosq-íman:os records».
A obra musical tem o apoio da Luzlinar, e do IELT – FCSH/ Universidade Nova de Lisboa.
O disco encontra-se à venda na Casa do Castelo na cidade do Sabugal.
Natália Bispo

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Cultura, Guarda, Música, Quadrazais americo rodrigues, césar prata, cicratr-izando, contrabando, eduardo martins, natália bispo, pinharanda gomes, tiago rodrigues, tmg, victor afonso 1 Comentário
26 Janeiro 2010

Mêda reuniu 300 cantadores de Janeiras

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

A cidade da Mêda recebeu na Casa Municipal da Cultura cerca de 300 cantadores de Janeiras em representação de dez colectividades.

Cantar Janeiras - MêdaO I Encontro de Cantadores de Janeiras do concelho da Mêda decorreu durante a tarde de domingo, 24 de Janeiro, na Casa Municipal da Mêda. Participaram no encontro os grupos da Associação de Solidariedade Social, Cultural, Desportiva e Recreio de Fonte Longa, o Centro Cultural e Recreativo da Mêda, o Centro Sócio-Cultural da Coriscada, a Banda Filarmónica e o Grupo de Violas do Aveloso, bem como os grupos corais de Marialva, do Outeiro de Gatos, de São Bento da Mêda, da Prova e do Poço do Canto.
O Encontro pautou-se por um bom espírito de convívio, traduzindo-se numa grande festa e está já prometido para o próximo ano o II Encontro Concelhio de Cantadores de Janeiras.
«A Mêda encontrou-se com a tradição e foram muitos, novos e menos novos, que reviveram um passado tradicional desta terra no salão multiusos onde ancestrais cantares, transmitidos de geração em geração, acalentaram as pessoas que, num espírito de convívio mas também de interculturalidade, vivenciaram esta época onde ranchos ou grupos iam de casa em casa , quantas vezes pela noite fria, fazer os seus peditórios das Janeiras», informou o município em comunicado.
«O ladrão do pinheirinho
Onde havia de nascer
Bem à porta casa
Que nos vai dar de comer e beber»
(Cantiga de Janeiras de Longroiva) 
aps (com Meda em Movimento)

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Cultura, Mêda aveloso, coriscada, fonte longa, janeiras, mariaval, outeiro gatos, poço canto, prova Deixar Comentário
26 Janeiro 2010

Trancoso criou o Conselho Estratégico

Por José Carlos Lages
José Carlos Lages

O Município de Trancoso, presidido por Júlio Sarmento, deliberou criar o órgão consultivo «Conselho Estratégico» legitimado pelo mandato autárquico que termina em 2013 e com a conclusão do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) que pode representar a derradeira oportunidade para realizar investimentos estruturantes com comparticipação comunitária.

Bandarra - Trancoso«Consideramos que a arquitectura institucional do Município de Trancoso não esgota o espaço de reflexão e debate, que se pretende alargado, mais plural e inclusivo, sem prejuízo das competências próprias dos órgãos municipais, pelo que se pretende implementar no Município um Conselho Estratégico que poderá, eventualmente, evoluir para um modelo institucional», defendia o documento de orientação estratégica apresentado pela autarquia de Trancoso à Assembleia Municipal e que «recolheu generalizado consenso».
O Município de Trancoso aposta no Conselho Estratético para ajudar a reflectir «sobre a melhor estratégia e nas decisões com acerto, sobre os investimentos prioritários, procurando maximizar os impactos, de modo a promover o desenvolvimento, a sustentabilidade das economias e preparar o futuro».
Segundo o documento aprovado «é necessário, não só, promover o debate e a reflexão sobre a estratégia concelhia, como contribuir para valorizar as opções dos investimentos, que a concretizarão».
Entre esses investimentos estruturantes que constam das Grandes Opções para o mandato destacam-se o Museu da Cidade, o Centro de Interpretação da Batalha de São Marcos ou de Trancoso (determinante em 1385 para a independência de Portugal), o Mercado Municipal, o Campo da Feira, o novo Cemitério, reabilitação da Rua da Corredoura (uma das principais do centro histórico e centro de comércio e serviços), a Recreação da Oficina de Gonçalo Enes (O Bandarra, poeta-profeta referido por Fernando Pessoa e pelo Padre António Vieira), os conteúdos museológicos e a intervenção na antiga vila medieval de Moreira de Rei onde D. Sancho II esteve antes da sua ida para o exílio em Toledo.
A criação do Conselho Estratégico tem como objectivo «alargar o espaço de reflexão e debate sobre a estratégia e os investimentos mais relevantes, numa perspectiva apartidária, constituir-se como fórum de debate local, permitir novas abordagens e o concurso de novos pontos de vista, apreciar e dar parecer sobre os projectos de investimento público, com maior dimensão e impacto na comunidade, dar parecer sobre todos os assuntos que a Câmara Municipal entenda solicitar e apresentar ao executivo novas propostas no âmbito de temáticas definidas».
Integram o recém-criado órgão consultivo Santos Costa, Conceição Alexandre Batista, César Prata, Amaral Veiga, Carlos Martins, Emília Tracana, João Batista, João Duarte Fonseca, Américo Mendes, Luísa Gil, Celina Pinto, Cristina Borges, José Domingos, Luís Pedro Cerveira, Miguel Santiago e Eduardo Pinto.
Os «consultores» são personalidades ligadas aos sectores da educação, planeamento, pensamento, jornalismo, investigação, música, etnologia e etnografia, animação sociocultural, hotelaria e turismo, IPSS, política e intervenção social.
jcl (com gabinete de Imprensa da CMT)

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26 Janeiro 2010

Um almoço que alimentou o corpo e o espírito

Por António Emídio
António Emídio

Num destes domingos de Janeiro, almocei no restaurante Trutalcôa, um dos muitos restaurantes do nosso Concelho. Se menciono o nome, é pela razão da envolvência que caracterizou o almoço, nada tem a ver com publicidade.

Restaurante TrutalCôa em Quadrazais - capeiaarraiana.pt
Restaurante TrutalCôa em Quadrazais
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