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Página Principal  /  Hospital do Sabugal • Memória, Memórias... • Soito  /  Cortejo de Oferendas em 1947 – assistência
14 Dezembro 2009

Cortejo de Oferendas em 1947 – assistência

Por João Aristides Duarte
João Aristides Duarte
Hospital do Sabugal, Memória, Memórias..., Soito 1947, cortejo oferendas, joão duarte 26 Comentários

A fotografia que hoje se anexa à crónica sobre o Cortejo de Oferendas a favor do Hospital do Sabugal, realizado em 1947, é referente ao público junto à Casa dos Britos.

Multidão espera na Casa dos Britos a passagem do Cortejo

A fotografia foi tirada da tribuna, onde estava o júri que iria classificar as várias freguesias e anexas participantes. Podem ver-se, em primeiro plano, as cadeiras, onde esse júri se sentava. De certeza que esta fotografia foi tirada antes do início do Cortejo.

Podem ver-se dois soldados da GNR com a sua arma (uma Mauser?) a tiracolo, controlando a verdadeira multidão que se concentrava na escadaria da Casa dos Britos e, mesmo, no seu telheiro. Também em ambos os passeios da rua se encontra bastante público.

Do lado direito pode ver-se a igreja do Sabugal, também ela com muita gente junto à sua entrada, para assistir ao Cortejo.

Os Cortejos de Oferendas a favor do Hospital não aconteceram só no Sabugal.

Ainda esta semana, ao ler uma monografia do concelho de Aguiar da Beira (onde estou a trabalhar como professor), pude aperceber-me que também nesse concelho se realizaram Cortejos de Oferendas a favor do Hospital concelhio.

Realmente, era uma época em que se não se realizassem estes Cortejos de Oferendas, a população não tinha direito a cuidados de saúde. E mesmo assim…

Não posso deixar vir ao de cima a minha costela de político que sou (e de que faço gala) e referir que, ainda, recentemente, alguém mais velho do que eu colocou um comentário neste blogue referindo que antigamente (no tempo do Estado Novo) havia assistência para todos. Realmente, essa pessoa e eu devemos ter vivido em países diferentes, já que tendo eu nascido em 1960 (portanto já depois da pessoa que escreveu esse comentário) nunca dei conta que houvesse essa assistência para todos, a não ser aquando da implementação do Serviço Nacional de Saúde, já depois do 25 de Abril de 1974.

:: ::
«Memória, Memórias…», crónica de João Aristides Duarte

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João Aristides Duarte
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26 Comments

  1. João Aristides Duarte Joao Duarte Responder
    Sexta-feira, 18 Dezembro, 2009 às 14:16

    O António Antão está confundido. Pensa que eu sou do PS, mas está enganado.
    Por mim dou por encerrada esta polémica.

  2. João Aristides Duarte João Duarte Responder
    Quinta-feira, 17 Dezembro, 2009 às 21:06

    O problema não era poder ir ou não a Cuba, antes do 25 de Abril. Quantas operações de oftalmologia se faziam, nessa época, em Portugal? Aliás, se não sabes ficas a saber que a República de Cuba (sempre se chamou assim, este país nunca teve que mudar a sua designação como os países de Leste- Cuba nunca se chamou Socialista ou Popular) tinha relações diplomáticas com Portugal, antes de 25 de Abril.
    O problema era que as Câmaras, nessa época, nem que quisessem não tinham dinheiro para isso, nem para “mandar cantar um cego”. Parece que já ninguém se lembra, mas eu lembro-me. A Câmara do Sabugal só tinha o camião Barreiros e umas máquinas pretas que se levavam à mão para colocar alcatrão nalgum buraco das estradas ( e quantas terras do concelho não tinham, sequer , estrada alcatroada?).
    Era bom, não era? Pois era…
    Eu nunca usei a palavra fascista , nem reaccionário para me referir a quem não concorda com o SNS. O que eu disse , e repito, é que eu quero continuar a pagar impostos para que exista o SNS, mesmo com defeitos.
    Como tu, caro Antão, és daqueles que podes pagar nos privados, pouco te interessa, não é? Eu nunca referi que tudo ia bem no SNS, mas tu vês nele apenas defeitos. Pois, são duas concepções de vida completamente diferentes. É assim a vida. Eu não volto atrás no que escrevi e imagino que tu também não, naquilo que escreveste. Portanto, estamos empatados.
    Volto a referir: honra a quem defende o SNS, nestes dias em que tão atacado ele é.

    • Avatar joao valente Responder
      Sexta-feira, 18 Dezembro, 2009 às 10:59

      É uma das angústias de fim de vida do Arnault; O mágua pelo ataque sistemático ao SNS pelo seu PS, e a perca da fé em Deus, corolário da gradual desilusão com os homens.

  3. Avatar António Antão Responder
    Quinta-feira, 17 Dezembro, 2009 às 18:22

    E por fim, o último fascista – Mário Crespo, que considera a democracia de Sócrates um circo onde só há palhaços.
    http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo

  4. João Aristides Duarte João Duarte Responder
    Quinta-feira, 17 Dezembro, 2009 às 14:36

    O António Antão, agora, quer (depois de ter escrito num comentário inserido no passado dia 15 onde disse que não queria nem podia fazer a apologia do regime do Estado Novo) misturar alhos e bugalhos e provar que antes é que era bom e , agora, é tudo mau.
    Isto começou por ser sobre a assistência hospitalar antes de depois da implementação do SNS. O António Antão já foi para as obras públicas e , agora, para a justiça e educação. Pouco faltará para escrever , também, sobre a segurança.
    Ó António Antão, explique aqui aos leitores porque é que o concelho do Sabugal perdeu 60% da sua população, nos anos 60, a grande maioria a salto, sem passaporte.
    Se não havia miséria, se a justiça funcionava tão bem, se havia grandes obras públicas (incluindo Hospitais com fartura), muita segurança (até havia a PIDE para nos salvar dos subversivos), educação a rodos(escolas secundárias não faltavam no distrito da Guarda- estudantes eram aos montes), se a gricultura era uma actividade que dava montes de dinheiro, porque seria que tantos e tantos habitantes do concelho do Sabugal (vejam bem- 60%) emigraram, sobretudo para França?
    Só se fosse naquela do aventureirismo, para passar umas férias.
    Bem sei que o passaporte que muitos pediam era de turista…
    Se há alguém que tem sofrido com alguma política educativa deste actual Governo sou eu. Já o escrevi neste blog. Já contei a minha história (com 20 anos de serviço fiquei a mais de 120 Km de casa). Nada disso me dá o direito de dizer que antes é que era bom. Em nome daqueles que nunca tiveram acesso à escola, durante anos e anos do Estado Novo, ou em nome daqueles que tiveram que emigrar a salto para França, por não terem no seu país condições dignas de vida, já para não falar nos que sofreram na pele anos ou meses de prisão, apenas porque discordavam do Regime ou daqueles que morreram por fazerem pequeno contrabando, como alguns no nosso concelho. Estou à vontade para escrever isto porque o meu pai, actualmente com 82 anos, emigrou para França (onde esteve durante 9 meses) com passaporte, não necessitando de o fazer a salto.
    Muita gente se esqueceu, já.
    O que escrevem o Barreto ou o Carreira nada tem que ver com aquilo que estamos a discutir.
    Explica lá, então, porque é que o Barreto estava exilado, quando se deu o 25 de Abril. Com a justiça a funcionar tão bem, precisou de se exilar?

  5. Avatar António Antão Responder
    Quinta-feira, 17 Dezembro, 2009 às 12:10

    “Tínhamos melhor justiça no regime anterior”.

    Não sou eu quem diz isto, como se pode depreender do uso da aspas. Mas outra coisa se pode já inferir: é que quem diz isto só pode ter um rótulo – fascista, tremendo fascista.
    Então ele pode lá haver alguém que diga esta coisa horrível e que possa passar sem o anátema de fascista?
    Quem diz isto é António Barreto.
    É pena que já pouca gente por aqui passe, presumo. É pena porque, se passasse por aqui muita gente, iria saber que aquele que foi uma das imagens da democracia restaurada em 25 de Abril (ver aqui http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Miguel_Morais_Barreto) se afirme agora um relapso fascista.
    Sim, digo bem, relapso, contumaz, impenitente. Este é mesmo dos perigosos porque tem andado escondido na calada da noite, como Catilina, quando conjurava contra o Senado Romano onde mantinha presença durante o dia, até que Cícero o desmascarou tão brilhante quanto contundentemente.
    Bem, ainda se podia dizer que esta afirmação está retirada do contexto. Mas não pode. É que ele diz esta alarvada e reconhece que pode ser mal interpretado. Quer dizer que não se incomoda de ser mal interpretado, e não retira uma palavra ao que disse. Ouçam-no em http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=401029, enquanto as suas palavras lá estiverem porque não acredito que estejam lá durante muito tempo. São mais de duas horas de reflexão, mas aqui aparece só uma síntese de 11:23 minutos. Mas, se não o conseguirem ouvir, leiam-no no Jornal de Negócios de hoje.
    Mas quanto ao perigo deste António Barreto para a democracia não nos ficamos por aqui. Já em tempos ele ousou dizer do grande líder o que Maomé não diria do presunto. Vejam o que este homem diz sobre o nosso Primeiro Ministro em http://cleptocraciaportuguesa.blogs.sapo.pt/25728.html.
    Este andou-nos a enganar durante trinta e cinco anos!
    De outro grande fascista, que é o Medina Carreira, já nem falo. Esse já cansa com o seu discurso, tão gasto ele está.
    Então se fosse a analisar a política educativa deste governo, em particular a desgraça das colocações de professores, no ano passado (realidade que há muito deixou de me afectar), os fascistas apareceriam às manadas a apoiar-me. Só em Lisboa, nas grandes manifestações de professores, foram mais de 120.000 fascistas!
    Isto é um pais de fascistas.

    • Avatar joao valente Responder
      Sexta-feira, 18 Dezembro, 2009 às 10:48

      Antão,
      Não tinhamos melhor justiça, não. Havia os tribunais plenários, a prisão, anos a fio, sem culpa formada e a tortura! Não havia era tanta litispendência (processos a entrar em tribunal). O que aconteceu foi que o aumento da litispendência não foi acomanhado com o aumento de meios. Para fazer reformas, desjuridicionalizar os processos, não dotando a justiça dos meios, mais vale estar quieto. è política “para “inglês ver”…

    • Avatar joao valente Responder
      Sexta-feira, 18 Dezembro, 2009 às 10:54

      Em tempo:
      A afirmação do António Barreto é preciso que seja devidamente contextualizada. A justiça não é pior, antes pelo contrário. Funciona é mal, por falta de meios e de reformas estúpidas!

  6. João Aristides Duarte João Duarte Responder
    Quarta-feira, 16 Dezembro, 2009 às 20:02

    Muito curioso o tal comentário referido pelo António Antão , que numa parte refere isto:
    “Quando alguém critica o SNS chove um chorrilho de críticas, ou da parte daqueles que de facto não vêm modo algum de ter alternativa por falta de recursos económicos, o que é compreensível ou da parte de outros farsantes que nunca lá põem os pés, bem como a suas querida famílias. Esses são os principais responsáveis do estado de coisas.”
    Pois eu , que também pertenço aos tais que fazem um chorrilho de críticas a quem ataca o SNS, não pertenço a nenhum desses dois grupos: não sou um farsante , que nunca lá pus os pés, nem sou dos tais indigentes que necessito mesmo do SNS. Por isto se pode ver que quem escreveu este comentário não sabe bem do que fala.
    A única coisa que sei é que , tendo a minha mãe necessitado de fazer uma série de exames no Hospital da Guarda (via SNS) , desde há 3 anos, lá tenho ido com ela. E o que eu vi foi toda a gente a trabalhar. Um dia estive lá desde as 9 da manhã até às 6 da tarde, para a minha mãe realizar vários exames e aquilo deixou-me admirado: afinal aqui trabalha-se e muito , foi o que eu pensei. Nem durante a hora de almoço os exames pararam. Ao contrário de outros que só sabem dizer mal, presto aqui a minha homenagem aos funcionários do SNS, mesmo com todos os defeitos qwue possa ter. Prefiro isso e pagar os meus impostos para que os tais indigentes sejam tratados a não pagar impostos e terminar o SNS e passe a ser o “salve-se quem puder”. Honra a António Arnaut e aos diversos responsáveis que mantiveram o SNS. Desonra total para os que querem acabar com o SNS.

  7. Avatar António Antão Responder
    Quarta-feira, 16 Dezembro, 2009 às 19:32

    O presidente da câmara de Vila Real de Santo António (PSD), que teve um vitória esmagadora nas últimas autárquicas (71,09%), também deve ser um reaccionário inveterado, um perigoso fascista.
    É ele que hoje motiva esta noticia a TSF:

    “O presidente da câmara de Vila Real de Santo António mostrou-se, esta quarta-feira, preocupado com o facto de não ser prolongado o programa de intervenção em oftalmologia. Luís Gomes lamenta que o Governo [antifascista do PS, acrescento eu] se tenha limitado a uma resposta pontual para um problema tão vasto.
    O presidente da primeira autarquia a enviar doentes para Cuba para serem operados aos olhos lamenta que o programa de intervenção em oftalmologia lançado há um ano, altura em que várias autarquias enviaram doentes para Cuba, termine.
    […]
    Luís Campos disse ainda que é possível que a câmara de Vila Real de Santo António possa voltar a enviar doentes para Cuba se o Serviço Nacional de Saúde não for capaz de dar uma resposta «digna» a esses casos.”

    É este o grande sucesso do SNS. É por isto que vale a pena a sua instituição e é por isso que eu continuo a pagar impostos para ele, como que num cortejo de oferendas esteja a participar.
    É que, quando não havia SNS, não se podia ir a Cuba fazer operações. O ditador não o permitia. Agora que já temos SNS, já é possível ir a Cuba fazer cirurgias oftalmológicas e outras com toda a liberdade. E até são as Câmaras Municipais a patrocinar essas idas!…
    Viva, pois, o nosso SNS!

  8. João Aristides Duarte João Duarte Responder
    Quarta-feira, 16 Dezembro, 2009 às 17:25

    Em tempo: Em Junho de 2009 foi colocado neste blog uma crónica minha sobre a manifestação realizada em Maio de 1974 de apoio ao MFA (com fotografias vque não desmentem), menos de um mês após a Revolução.
    Eu estive nessa manifestação, onde as palavras de ordem nos cartazes eram:
    “Lambões, Acabaram-se presuntos e cabritos” (exibido pela representação dos Fóios), «Vivam as Forças Armadas», «Paz nas Colónias», «A Bendada saúda as Forças Armadas» , «Fora com os Fascistas», «Fóios também é Portugal» ,«Sindicato para os lavradores – Reforma aos 60 Anos», «Fim à exploração do Povo- As Receitas do Povo são para o Povo», «Queremos assistência na velhice», «Onde está o dinheiro dos impostos?» ou «Abaixo o capitalismo».
    Continuo a afirmar , como afirmei num comentário inserido, que NÃO ESTOU ARREPENDIDO de ter participado nessa manifestação.
    Se o Estado Novo tinha feito tanta coisa pelo Povo, porque seria que o Povo escreveu aquelas palavras de ordem?
    Ahh, já sei estavam todos manipulados. E então toca a escrever e gritar aquelas palavras de ordem.
    Não se compreende , realmente, que as pessoas fossem tão mal agradecidas para com um regime que tantas obras públicas tinha realizado. Aliás , há um site na net intitulado “O Obreiro da Pátria”, dedicado a Salazar. Está lá tudo o que o “obreiro” fez. Tudo, menos a PIDE.
    Ao ler certos comentários neste blog leva-me a crer que muitos estarão arrependidos de ter participado na manifestação.

  9. Avatar António Antão Responder
    Quarta-feira, 16 Dezembro, 2009 às 12:42

    Sobre o SNS, ler aqui o comentário 6. Não é Deus que fala, evidentemente, mas é alguém que deve saber da poda.
    http://blasfemias.net/2009/12/15/respeito-pelo-direito-de-propriedade-privada/#comments

  10. João Aristides Duarte João Duarte Responder
    Quarta-feira, 16 Dezembro, 2009 às 9:32

    Na revista Visão, de 13 de Agosto de 2009, há uma reportagem sobre a gripe de Hong Kong, em 1968 , onde uma mulher (actualmente com 69 anos) refere o seguinte:
    “Não tinha Caixa, não havia Centro de Saúde e o Hospital era velho”- isto em Almada. Nem sequer era no Distrito da Guarda. Era às portas de Lisboa.
    Mais à frente refere-se que em Aldeia Nova (concelho de Trancoso) morreram 5 pessoas, todas na casa dos 70 anos. Ficaram bloqueados em casa, com a neve, e os médicos não conseguiram tratá-los. Imagino o que diria , hoje, o amigo António Antão, se se verificasse a mesma situação. Só que , nessa época, não apareceu a televisão, nem os jornais para fazerem a cobertura da situação.
    E as pessoas não andaram nos cafés a falar contra o Governo da época, por não haver Caixa, não haver Centro de Saúde e se deixarem morrer 5 pessoas. Porque seria? Diga lá, amigo Antão. Por favor.
    Pois , entre essas obras públicas que referes, eatava a minha escola primária, no Soito. Sem aquecimento, com Invernos daqueles (dos tais), sem casas de banho, com os telhados a cair. Ainda hoje penso como conseguiamos escrever, com tanto frio.
    Porque será que , hoje, se falta o aquecimento, os pais protestam logo? Será só por serem outros tempos, ou haverá alguma coisa mais política, por detrás disso?

  11. Avatar JP Responder
    Quarta-feira, 16 Dezembro, 2009 às 0:09

    O SNS pode ter muitos defeitos, mas é das melhores coisas que este país tem, nisso podem crer!
    Quanto aos “passa-papéis”… não conhece a realidade da maioria dos hospitais de certeza absoluta. Maus profissionais existem em todas as áreas e, a medicina não é excepção. Dizer bem do privado é muito fácil, mas não mo gabem! Se tem uma complicação decorrente de uma cirurgia no privado, já sabe onde vai parar… SNS. Tirando as clínicas milionárias e, que só alguns podem pagar, a grande maioria não possui os equipamentos adequados para actuar em situações de urgência. O privado é feito para dar lucro, o SNS é feito para tratar das pessoas e, isso, tem que dar uma enorme despesa, por mais voltas que se dê! Não se deve olhar aos lucros em questões de saúde.
    Não me imagino a viver num país sem um SNS, que tenta dar resposta a toda a gente a que ele acorre.

  12. Avatar António Antão Responder
    Terça-feira, 15 Dezembro, 2009 às 23:19

    Neste link
    http://www.ensp.unl.pt/lgraca/textos143.html
    e, em particular, no Quadro 6, pode-se fazer uma ideia do que foi a obra do Estado Novo em termos de construções e/ou remodelações hostipalares, só na região Norte.
    Aliás se há realizações neste país, em termos de obras públicas, é ao Estado Novo que se devem. E nem tenho, nem quero fazer a apologia do regime, mas elas estão aí, ainda estão aí, imponentes.

  13. João Aristides Duarte João Duarte Responder
    Terça-feira, 15 Dezembro, 2009 às 18:21

    Concordo com o que diz o João Valente: realmente, eu queria, também, dizer que para se fazer o Hospital foi necessário fazer o Cortejo de Oferendas, porque o poder central da época (Estado Novo) nada queria saber disso. Mas quis dizer mais: comparar aqueles tempos , em termos de assistência médica, com os de hoje é comparar o dia com a noite. Por mais defeitos que o SNS tenha.
    E se há alguém do PS que eu respeito (e muito) é o António Arnaut , o pai do SNS.
    Nem vale a pena falar do que eram esses tempos. Compare-se as estatísticas sobre a esperança de vida ou a mortalidade infantil.
    Agora, querer apagar tudo o que se passou nesses tempos, só porque algo não funciona bem , no SNS , hoje, é que me parece uma verdadeira desonestidade intelectual.
    E atenção que é preciso referir que não tinha a ver com os tempos, mas sim com o regime político que existia em Portugal , na época.
    O tal regime que estava com muito , muito ouro guardado no Banco de Portugal, mas em que a grande maioria da sua população (principalmente a rural do nosso concelho e concelhos semelhantes) vivia na miséria , sem assistência médica . O que havia de assistência médica , nessa época, no Sabugal? Onde estavam os tais idosos de que fala o António Antão?
    Por favor , não apaguem a memória, como querem fazer com a sede da PIDE, em Lisboa, agora um condomínio de luxo, de onde retiraram a placa que tinha escrito o nome dos quatro cidadãos que essa polícia política matou no próprio dia 25 de Abril de 1974.
    Houve um regime em Portugal que não se preocupava com a assistência médica aos seus cidadãos, nessa época. Esse regime tinha um rosto e era Salazar. Isto é polémico, caro Antão?
    Pois que seja, mas não convém esquecer. Se volta ou não sob o mesmo estilo, não sei, mas como diz o António Emídio o capitalismo selvagem ( ou neoliberalismo) também não se preocupa com nada disso e é a doutrina dominante em boa parte dos políticos actuais.
    Por isso convém estar alerta e não deixar de ter os pés assentes na terra , não deixando que eles destruam tudo aquilo que de bom ainda há (como o SNS) , mesmo que tenha defeitos.
    Se depender de mim podes ter a certeza, caro Antão, que não são eleitos deputados que queiram destruir o SNS. Ai , isso não!!!
    Eu gosto de pagar os meus impostos para serem usufruidos pela comunidade, como no caso do SNS. Não acho que haja direito a que um cidadão, só porque não tem dinheiro, não seja assistido num Hospital. Outros acham que os impostos deles são sempre mal aplicados. Muitos dos que estão sempre com essa conversa até são daqueles que pagam poucos impostos. Não será o caso do amigo Antão, porque sendo professor, os impostos lhe são logo descontados.

  14. Avatar António Antão Responder
    Terça-feira, 15 Dezembro, 2009 às 15:56

    Então falta também “dias” para que fique “há dois dias, ouvi”.
    O homem disse bem. Que o SNS seja essa tal “reserva” e “almofada”, como pretende. Mas eu não estou a ver, pelo caso particular, que essas pessoas da aldeia dele que tinham dificuldades em aceder à medicina privada, se entendo bem o que ele diz, resolvam os seus problemas no actual estado da medicina pública. Pergunte-se aos idosos que residem nos lares da nossa região que consideração têm sobre os médicos que os assistem. “Passa-papéis” é a designação por que os têm.
    Institua-se um SNS, mas um SNS válido, que resolva com eficácia os problemas de saúde de todos os cidadãos, incluindo aqueles que o sustêm com os impostos a que a sua instituição obriga.

  15. Avatar Mono Responder
    Terça-feira, 15 Dezembro, 2009 às 1:24

    Brilhante!

  16. João Aristides Duarte João Duarte Responder
    Segunda-feira, 14 Dezembro, 2009 às 20:14

    Pois é , caro Antão:
    Continuo na mesma. Não mudo uma vírgula ao que escrevi.
    Até parece que não se está a passar nada nos Estados Unidos com a reforma do sistema de saúde que o Obama quer e as seguradoras não querem. E o filme “Sicko” de Michael Moore, sobre a relação entre a saúde e as seguradoras nos Estados Unidos da América?
    Pois é… Por mais defeitos que tenha o nosso Serviço Nacional de Saúde, não deixa ninguém de fora. Isso é uma evidência.
    Eu próprio marquei uma consulta, no Hospital da Guarda, em Julho passado por causa de um quisto sebáceo que me apareceu num ombro. Pois, entretanto , não sei porquê (porque já tenho o quisto há 3 anos) este infectou, há duas semanas. Na semana em que infectou recebi uma carta do Hospital da Guarda a informar-me que a consulta para a cirurgia é em 3 de Fevereiro de 2010. Eu sei bem que há casos muito mais graves à minha frente.
    O problema, caro amigo Antão, é que tu tinhas dinheiro para ires à clínica privada. Os outros têm que se sujeitar ao Serviço Nacional de Saúde. Mas, claro que o teu filho seria atendido, de certeza. Podia ser às 8 da manhã, mas não ficaria por atender. No tempo da “Outra Senhora”, no tempo dos Cortejos de Oferendas é que não seria atendido.
    O que eu sei é que um amigo meu , que nem Segurança Social tinha, foi operado na Guarda (vieram médicos propositadamente de Coimbra) e esteve internado quase um ano. O que é certo é que ele se curou. Não é rico, antes pelo contrário. Uma coisa é certa: se fosse antes da implementação do Serviço Nacional de Saúde não estaria já entre nós.
    Eu tenho os pés bem assentes no chão, por isso é que eu escrevi o que escrevi. É verdade que eu gosto de música Rock (e não só) e até me considero , digamnos um “expert”. Mas nada disso me faz deixar de pensar, tal como diz a letra de “Rockolagem” de João Moutinho, editado em 1981:

    O Rock também é riso

    Que faço com muito gozo

    Mas não perco é o juízo

    Por causa do Rui Veloso

    Por mais defeitos que encontrem no SNS é que nos vai valendo, caro amigo. Imagina o que seria se não existisse e fosse tudo a pagar. “Queres saúde , paga-a!!” ainda não chegou, e muito bem, a Portugal.
    Agora que há gente com muita falta de memória é uma realidade indesmentível. Onde andariam essas pessoas que , agora, são contra o SNS, antes da sua implementação. Porque não andavam nos cafés e nas ruas a dizer que o serviço de saúde não era bom, nessa época? Ahh, já sei, não diziam nada porque o sistema funcionava muito bem.. Ora, tretas…

    • Avatar joao valente Responder
      Terça-feira, 15 Dezembro, 2009 às 12:15

      Há uns dois da boca do António Arnault, o pai do nosso SNS, que a filosofia subjacente é de reserva e almofada ao sistema privado. A ideia surgiu-lhe porque via a dificuldade que as pessoas pobres da sua aldeia (nos arredores de Coimbra) tinham no acesso aos cuidados de saúde, apesar de viverem perto de uma cidade com execelentes médicos e em abundância. O direito à saúde é um dos direitos básicos, tal como o à educação e vida condigna. Acabar com SNS é mais um revez na conquista dos direitos básicos.

      • Avatar António Antão Responder
        Terça-feira, 15 Dezembro, 2009 às 13:24

        Há qualquer lapso na primeira afirmação que impossibilita o seu entendimento.

      • Avatar joao valente Responder
        Terça-feira, 15 Dezembro, 2009 às 14:29

        Pois há. Falta o “ouvi”… “Cadelas apressadas…”

  17. Avatar António Antão Responder
    Segunda-feira, 14 Dezembro, 2009 às 13:51

    Claro que o João Duarte quer levantar polémica. Eu sei que quer polémica. Tem aqui apresentado um excelente trabalho sobre esta matéria, como já tive a oportunidade de comentar noutra ocasião, mas agora, quer, sem o conseguir esconder, levantar polémica.
    E faz muito bem em querer porque a polémica é muita da vitalidade destes foruns (não digo a foleirice intelectural de “fora”, como que se forum não deixasse de ser um termo latino para ser adoptado pelo português corrente).
    Pois eu digo-te apenas que um filho meu, a estudar fora da residência, fez uma entorse num pé. Coisa passageira, admitiu e admiti eu, pelo que me disse. Não há que ter grandes cuidados.
    Mas a coisa foi muito mais grave do que parecia. O pé inchou e começou a ficar preocupantemente negro, disse-me por telefone.
    – Trata-me já dessa porra – gritei eu – o teu irmão (que também estuda nessa cidade e já tem um carrito com 11 anos, mas que ainda anda, tenha ele gasolina…) que vá contigo ao centro de saúde e vê-me lá isso imediatamente.
    Pois, no centro de saúde, o esperado de um não especialista na doença e da ausência de oferendas como as dos cortejos do Sabugal e de Aguiar da Beira, em 1947. Um olhar fugidio, uma caneta e um papel:
    – Olhe, vá fazer uma radiografia a tal sítio (sítio de saúde pública que agora, no pensar e no dizer do Duarte, há em abundância).
    E a radiografia ficou marcada para 10 (dez) dias depois, que havia muita gente em lista de espera!
    Entretanto o raio do pé piorava e já nem às aulas podia ir, em altura forte de prestação de provas de fim de semestre, segundo me informavam.
    – Vai às urgências e trata-me disso com todo o cuidado, não arranjes aí um problema mais complicado.
    E, na noite da passada Quarta-feira, lá foram às urgências de Aveiro (que é onde frequentam o mesmo curso).
    Triagem… preenchimento dos formulários… pagamento da taxa moderadora (€8,00) e:
    – Olhe, como já é doença e não é urgência, espere aí, mas olhe que antes das 3 ou 4 da manhã (eram 10 da noite) dificilmente será atendido.
    Claro que o rapaz não esteve para esperar:
    – Ó pai, então ia ficar ali a passar a noite sem saber se iria ser atendido? É que estavam a chegar pessoas com problemas aparentemente mais complicados do que o meu… até já havia sururu… a polícia teve mesmo que intervir… Mas os 8 euros ficaram lá, claro. Foi uma oferenda como as de 1947.
    Entretanto, soube por interpostos amigos que havia uma boa clínica privada em Aveiro.
    – Ide à Clirria e não olheis a despesas.
    Ó palavras milagrosas! Ó desígnios dos deuses! Imediatamente foi atendido por um especialista, imediatamente fez os exames necessários, imediatamente um enfermeiro lhe ligou o pé (não necessitou de gesso) e imediatamente o mandaram para casa estar parado durante 10 dias. E que voltasse lá para analisar os resultados.
    Claro, foram só €128,00 (cento e vinte e oito euros).
    Ó Duarte, ainda não calhou conhecermo-nos pessoalmente, mas eu já sei que és bom rapaz, tens boas ideias, tens muito bom humor, sabes muito de história da música rock portuguesa. Mas deixa de ser romântico. Põe os pés na terra, que é na terra que eles devem estar… com cuidado para não acontecerem as entorses. Porque, se acontecerem, não há serviço nacional de saúde instituído nem antes, nem depois do 25d de Abril que nos valha, rapaz.

    • Avatar joao valente Responder
      Terça-feira, 15 Dezembro, 2009 às 10:15

      Amigo Antão
      julgo que o Duarte quer dizer com estas crónicas, é que, se quisemos ter um hospital, tivemos que ser nós a construí-lo por que o poder central não queria saber. A união entre todos os Sabugalenses tornou esse sonho do passado, realidade. A lição é que as coisas são possíveis, se houver vontade e união.
      Um abraço Arraiano.

      • Avatar António Antão Responder
        Terça-feira, 15 Dezembro, 2009 às 11:11

        Honra-me o tratamento, que retribuo com maior gosto ainda.
        Pois, amigo Valente. Outrora construiu-se um hospital com oferendas dadas em ambiente de festa, como o Duarte tão bem documenta. Hoje constroem-se outros hospitais com dinheiros amargamente pagos pelos contribuintes, porque extorquidos por um erário público insaciável. E, como estes dinheiros ainda não chegam, tem de se recorrer a outros dinheiros ainda, com as consequências no endividamento público que todos conhecemos, as quais, por sua vez, são pretexto para novas arrecadações fiscais dos dinheiros privados, que tantas angústias e tantos suores provocam para ganhar.
        Claro que não se deseja o regresso a tempos passados, jamais esse regresso é possível sequer, tudo tem o seu tempo, mas que o momento político que vivemos nos obriga a fazer comparações com esse passado, lá isso obriga. E não é só no sector da saúde, lamentavelmente.

  18. Avatar Fernando Latote Responder
    Segunda-feira, 14 Dezembro, 2009 às 11:23

    Em relação à participação dos Forcalhos no cortejo de oferendas, contactei um tio meu (José Luís Veloso) que na juventude dos seus 81 anos se recorda de entrar nesse cortejo e me disse que a participação dos Forcalhos foi organizada por duas filhas do “professor velho”* (Adélia e Julieta)
    Além dele participaram no desfile, entre outras, as moças Normélia, Ester, Maria “Reina” e a “Joginha” e os moços Manuel Alberto, Tonho Caria e o Domingos da Normélia.
    O tamborileiro que se vê na foto da participação dos Forcalhos era o ti Bernardino Cebolo, que eu recordo com saúdade e nos anos 60/70 do século passado tinha fama de melhor tamborileiro da raia.
    O par do meu tio foi a Maria “Reina”, que segundo ele, era a que melhor bailava.
    Recorda-se duma quadra que cantavam:
    Somos uma aldeia pequena
    Mas vimos ao Sabugal
    Trazer nossas ofertas
    Para a construção do Hospital.
    * O “professor velho” era assim conhecido porque um genro do mesmo (Professor Silvio) também exerceu nos Forcalhos.

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