O conceito GNU (GNU is Not Unix) nasceu em 1984 da cabeça de Richard Stalman e tem-se revelado o motor dos principais avanços tecnológicos.

GNU são as iniciais de «GNU is Not Unix», numa época em que os criadores de software impunham restrições à copia, partilha, e alteração do software e em que um sistema UNIX custava o equivalente a milhares de euros Richard Stalman criou uma licença GPL (General Public Licence) aplicando o conceito GNU.
Ao contrário de outras licenças, a licença GPL permitia a cópia, partilha e alteração do software realizado e disponibilizado de acordo com essa licença.
É assim que nasce muito do software que hoje todos utilizamos, como por exemplo o sistema operativo GNU/Linux, o servidor Web Apache, o Joomla, o Mozilla (Firefox), o software que faz este blogue funcionar é software open source assim como milhões de programas que nos permitem fazer tudo o que à computação diz respeito.
A grande revolução desta ideia foi criar condições para que o software se passasse a desenvolver de forma livre e aberta, dando origem ao software open source ou de «código fonte aberta», o que permitiu que as pessoas, empresas ou instituições pudessem utilizar este software livremente sem terem de pagar milhares de Euros para utilizar os computadores e realizar o trabalho que necessitam.
Este grande avanço, para a humanidade é suportado por milhares de programadores que em todo o mundo colaboram no desenvolvimento e tradução de todo o tipo de software que é distribuído gratuitamente.
A filosofia que está por detrás deste grande movimento, defende que o acesso à informação e conhecimento deve ser livre e disponibilizado gratuitamente contribuindo assim para a evolução da humanidade.
Ao completar 25 anos sobre o nascimento desta ideia, e sabendo que a maior parte dos serviços da Internet e da Web funcionam com Software Open source, cabe-me deixar aqui ao Senhor Richard Stallman e à imensa comunidade Open Source espalhada por todo o mundo o meu grande bem-haja, pois todos somos mais ricos apenas por causa de uma ideia deste grande Senhor.
Leia mais sobre o GNU. Aqui.
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ps. No Cyber Café O BARDO no Castelo do Sabugal é utilizado, disponibilizado e divulgado software open source de forma livre e aberta, o que faz do espaço um ponto de referencia nacional e europeu no que à utilização e divulgação do software open source diz respeito, promovendo a inclusão digital apenas com recurso a software realizado sob licença GPL. Se necessitar de informação, ajuda ou quiser apenas tomar contacto com o GNU/Linux, é bem vindo a «O BARDO» eventualmente o único espaço aberto permanentemente ao público, em Portugal, onde isso é possível de forma livre, aberta e gratuita.
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«O Bardo», opinião de Kim Tomé
Oh mono…
Se o fizeres vem cá que eu ensino-te uns truques para recuperares o sistema sem muito esforço utilizando o GNU/Linux.
Diz lá que não sou um baril…
Buahhhh ahhahha
e isso era cá um problema…
para quem o fizesse 🙂
pois ia passar a vida a tratar de virus e spi wares etc. lolol
E acho que fazias bem, sempre eras mais um a pagar para enriquecer o senhor Bill dos portões 🙂
Isso vai ficar cada pc a quanto?
Prai a 2 ou 3 mil euros, mais uns joguitos e tal… 5mil euros.
Seria lindo, acontecia o mesmo que nos da câmara, estão ali mas nem ao mail se pode ir com medo dos virus. lololololololololololololol
Eu até ia lá assistir à formatação semanal dos discos só pelo LULZ
ehehheheh
Estou a pensar abrir no Sabugal um cibercafé só com Windows 7.
Eu estava mais virado para um cyber só com Mac’s. Os ratos vão ser da marca razer e o browser vai ser o firefox.
Mas vou fazer um jardim só com macieiras. Dentro do jardim vão passear felinos tipo: panteras, tigres, leopardos…
Pelo jardim vão poder encontrar algumas espécies de aranhas e de um lado para o outro vai andar uma raposa com a cauda a arder.
O Kim Tomé faz um jardim com Pinguins e Bufalos e tu Mono terás de arranjar uma janela com pernas para andar lá dum lado para o outro.
No meio desta brincadeira tive a ideia de sugerir que o próximo sistema operativo da Apple se chamasse Lynx (em memória ao Lince da “Maucata”), dado que segue a tradição deles em dar nomes de felinos aos sistemas op. Mas vim a descobrir que esse já é o nome dado a um navegador web só de texto:|
lololol
eu por mim continuo com o GNU/Linux 🙂
Só mais uma achega 🙂
noticia fresquinha de dia 27 /10
“White House goes Open Source
The White House launched a new version of its website on Saturday. While little has changed on the surface, the underlying technology is now powered by the open source Drupal content management system. ”
Bem, se a Casa branca decidiu mudar para GNU/Linux …
Lá virá o tempo em que em Portugal se perceba que o comboio a vapor já não é a solução, e que o mundo já anda de TGV.
Bem vamos la a ver ou eu não expliquei bem ou então não sei.
Isto não é a discussão do “sexo dos anjos”, estamos a falar de ciência e do que mais à frente existe em termos tecnológicos.
Logo nunca pode ser uma discussão estéril.
Qual é o problema de mexer no kernel ou em qualquer outro código desde que se saiba o que se faz…
está ali disponível.
Essa das empresas quererem ver trabalho realizado… quando não tiveres exemplos eu apresento-te milhares de exemplos de sucesso, que não seja por esse argumento que se vai perder um contrato.
É evidente que há projectos que morrem, ou porque não tem interesse ou porque são redundantes, ou porque não são bem estruturados, agora diz-me só uma única área da ciência computacional onde não exista um software Open source que funcione.
Eu conheci muitos projectos que foram ultrapassados, descontinuados, etc.
Mas ainda hoje te posso mostrar maquinas a funcionar com software que tem anos, sem problemas e onde não tenho incompatibilidades.
Do lado do Software proprietário, queres mais descontinuidade que as incompatibilidades verificadas com as diversas versões do Windows ou do pacote de office da microsoft?
Ainda há 2 ou 3 dias um amigo, me pediu para abrir um file da microsoft que não conseguia abrir com o word, eu com o openoffice abri e salvei a situação, afinal de que lado está o problema da compatibilidade ou da descontinuidade?
Repara, se uma empresa gastar 2000 € com o software por ano, não será preferível gastar 0 € e com o restante contratar um técnico local para resolver um ou outro problema ou implementação que deseje fazer?
É que os Euros que vão para Redmond não ficam na economia local ou nacional.
Eu porque sei que o Software Open source tem capacidade para dar resposta às mais exigentes solicitações empresariais e pessoais, com mais segurança e fiabilidade, defendo a poupança de milhões de Euros com recurso a Software Open Source.
O governo da Extremadura, e muitas outras instituições perceberam isso há muito, como se pode constatar nos vídeos que apresentei.
Acredito que para as empresas do Sabugal a utilização de Software Open source seria uma mais valia, essa foi uma das motivações que me impeliu a criar este espaço no Sabugal, dar a conhecer este maravilhoso mundo do Open source 🙂
O que me faria ainda mais feliz, seria ver o Sabugal no mapa internacional do Open Source ao lado da NASA, do governo da EXTREMADURA, da NSA, do CERNE, etc. por algo mais do que apenas por ter um Cyber Café onde se usa GNU/Linux de forma livre e aberta. 🙂
Existe muito open source com provas dadas mas também há muito que não. Quando eu digo provas dadas, refiro-me a casos de sucesso. Uma pessoa vai vender uma solução open source não basta mostrar que funciona, um cliente procura saber se a solução já foi empregue quais foram os resultados. Imagina que eu fazia aviões e dava-te um. Tu pegavas no avião e ias voar? Sem saberes se eu já tinha feito mais algum? Sem saberes quantos aviões meus já caíram?
Mais uma vez repito, que isto não se aplica a todos, por exemplo o Linux já tem mais que provas dadas entre muitos outros. Eu percebo o que estás a dizer, mas o que quero deixar claro é que nem todo o software open source tem provas dadas.
Relativamente ao suporte técnico, mais uma vez não podemos generalizar… Em 1997 a comunidade Linux no geral, recebeu o prémio de melhor suporte técnico pela Infoworld. Mas infelizmente nem todos os programas de open source têm uma comunidade de suporte como a do Linux. Ao adquirir certos produtos open source não há garantia nenhuma que o produto não seja descontinuado no dia seguinte e ninguém querer saber mais do produto.
“… se forem profissionais competentes e souberem o que estão a fazer como tem acesso ao código, porque é aberto podem introduzir as correcções e personalizações necessárias à constituição de um sistema sólido e funcional…” Oh Kim, aqui estavas a brincar, certo? Ou se tiveres um bug no Kernel do Linux vais fazer debug para resolver o problema? Como encontras o erro? Com o gdb? Acho um pouco difícil sem conhecer bem o código encontrar um bug no meio de 10 MILHÕES linhas de código. Além disso as empresas não adquirem software para andarem a fazer debug.
Concordo que os indianos são do melhor que há.
O exemplo paradigmático das licenças da Microsoft aplica-se a utilizadores comuns, quando uma empresa solicita um software por medida as coisas não são assim, há bastante cuidado de ambas as partes. Mais uma vez as empresas precisam de software para usar, não para lhe fazerem manutenção. Em media o valor da manutenção ronda os 80% do valor do produto de software, não vamos sugerir que seja a empresa a acarretar com essa fatia do bolo (fatia como quem diz, é quase o bolo todo).
Nos dias que correm já não existe grande problema com as imcompatibilidades, Mas sempre foi uma dor de cabeça para os developers open source, muitas vezes criada por empresas de software proprietário, mas também por empresas de Hardware. Há uns 2 anos tive o prazer de estar numa conferência onde o orador era o Sr. Andrew S. Tanenbaum (criador do Sistema operativo MIMIX, que foi como que um pai do Linux) e ele próprio admitiu que era um problema do caraças ter drivers para todo o hardware, o monopólio da microsoft chega ao ponto de fazer contratos com produtoras de hardware tentando eliminando a concorrência.
Google faz projectos open source, mas o motor de busca que foi a base para a fundação da empresa não é open soure. Tem é muitos serviços gratis, mas código “que é bom, está quieto”. Isto é um facto, não é confusão nenhuma.
P.S. O debate é sem duvida interessante e o problema é esse. Este tipo de discussões são sempre infindáveis :p
Bem comecemos pelo principio….
“O que eu quero dizer é que as grandes empresas preferem pagar bem quando se trata do negócio “core”. Quando empresas como a EDP optam por um ERP (Enterprise Resource Planning) como o SAP (não sei se usam SAP, mas devem usar), fazem-no porque não querem arriscar num software ainda sem provas dadas, como provavelmente aconteceria ao escolher um produto open source. ”
– Sem provas dadas?
Ora aqui está um conceito errado introduzido pelas empresas de software proprietário nos menos informados.
Sabendo que Governos como o da Extremadura, Municípios como o de Munique, empresas como a PIXAR, a IBM, a DELL, a SUN, Instituições como a NASA, agências de segurança como a NSA (a mais rigorosa agência de segurança do mundo), sabendo também que a maioria de servidores da Internet funcionam com Open Source, sabendo que a grande maioria de serviços a que se acedem como o GOOGLE, o HI5, o YOUTUBE, apenas para nomear alguns, utilizam soluções Open Source. Pergunto onde está a falta de provas?
Apenas nas campanhas de desinformação promovidas por empresas de software proprietário, se pode encontrar esse argumento de que não existem provas dadas pelo software Open Source.
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“Suporte técnico? Aquilo começa a rebentar por todos os lados, a empresa fica em stand-by e depois? Vamos ligar para o indiano que era chefe do projecto, mas que já não faz ideia do possível problema?”
– Suporte técnico, pois posso afirmar com toda a segurança que existe em Portugal suporte técnico para solucionar qualquer problema no que à assistência diz respeito.
“Aquilo” começa a rebentar por todos os lados quando os administradores não sabem o que fazem, porque como é fácil depreender, se forem profissionais competentes e souberem o que estão a fazer como tem acesso ao código, porque é aberto podem introduzir as correcções e personalizações necessárias à constituição de um sistema sólido e funcional.
Ao contrário no software proprietário, se houver um problema tem que se esperar que alguém em Redmond se lembre de dar atenção à coisa, quando dão.
A grande diferença e simultaneamente a grande vantagem do Software Open Source é mesmo essa, como o código fonte é aberto, ninguém está dependente de ninguém, um programador pode aceder ao código fonte e fazer as alterações necessárias.
Só para terminar, os Indianos representam actualmente no que à industria da computação diz respeito uma potencia mundial, estão presentes nas principais industrias e tem contribuído muito para os principais avanços tecnológicos.
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“E responsabilidades? De quem é a culpa? É da empresa que não celebrou um contracto à seria. Quando as organizações escolhem um pacote de software, estas precisam de ter a garantia de que alguém responderá legalmente no caso do software que adquiriram não funcionar correctamente, em última instância, as empresas que adquirem software, precisam de saber quem podem processar no caso do produto que adquiriram apresentar falhas críticas ou conduzir à corrupção de dados importantes para as organizações. ”
– Bem isto só pode ser afirmado por quem nunca leu as licenças da Microsoft apenas para citar um exemplo paradigmático de uma empresa.
Essas empresas de Software proprietário descartam-se de todas, mas mesmo todas, as responsabilidades nos danos que as falhas do software possam provocar, basta ler as licenças, coisa que ninguem faz.
Clicam em OK, dizem que está de acordo, mas ninguém lê.
Na verdade, até estou de acordo que a responsabilidade deve, em ultima instância, ser do administrador de sistemas, mas… Como pode alguém ser responsável por um sistema quando não sabe o que o código está a fazer, pois não tem acesso a ele?
É exactamente para isso que foi criado o Software Open Source, para possibilitar aos utilizadores um efectivo e eficaz controlo sobre o seu funcionamento, daí que o responsável seja o administrador de sistemas.
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“Mas há muitas situções onde se deveria usar mais open source. Os PC’s dos funcionários podiam muito bem rodar Linux (se os sistemas da empresa tiverem compatibilidade com ele), entre outros que são sem duvida produtos com provas dadas.”
– Quanto à questão da compatibilidade é outra questão falsa.
O Software Open Source tem resolvido todas as incompatibilidades criadas pelas empresas de software proprietário.
Na verdade têm sido as empresas de software proprietário que ao não respeitarem muitas das normas estabelecidas em termos internacionais , mais têm causado incompatibilidades.
No entanto, da parte do Software Open Source, todas as incompatibilidades têm sido resolvidas, como exemplo o Samba, ou a resolução do problema com o Sistema de Ficheiros FAT32 da Microsoft, as questões com formatos de ficheiros como os do Office da Microsoft ou da ADOBE.
Para o Software Open Source não há grandes problemas de compatibilidade.
Eu sou utilizador de Open Source há muitos anos e nunca sofri desse problema 🙂
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“Relativamente ao Google, eles têm desenvolvido muito open source e de excelente qualidade. Mas o sucesso da google deve-se ao excelente motor de busca e esse ninguém sabe o código dele. Sabe-se que usam um algoritmo chamado pageRank, sabe-se como processam os pedidos, mas o verdadeiro algoritmo ninguém sabe qual é. Porque é a alma do negócio deles, se o divulgassem perdiam muito. Além disso o Gmail tem uma versão profissional para empresas que é pago.”
-” UI JAZUZ”
Tanta confusão, para evitar alongar-me neste post vou apenas dizer que o GOOGLE como na maioria dos projectos Open Source tal como o UBUNTU, RED HAT, SUSE, etc. pode ter ou não assistência, o projecto é Open Source o código está disponível e livre, mas se quiser pode obter apoio e, por isso paga-se.
Ou seja quem tem unhas toca viola, quem não tem paga para tocarem por ele. 🙂
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“Interessante seria ver outras ciências criarem ideias semelhantes aos do open source. Projectos de construção civil open source, por exemplo. Uma pessoa chegava à câmara era só escolher um dos projectos disponíveis e pronto a construir.”
– Ora bem 🙂
Aí está a grande ideia do GNU e das licenças GPL, na verdade esta filosofia pode-se aplicar a todas as áreas do conhecimento e desenvolvimento, a ideia é que cada individuo contribua de forma aberta para um projecto.
O que se tem constatado é que se conseguem melhores resultados com este método, daí estar a ser adoptado em muitas áreas do conhecimento, essa é a razão de ser deste meu post, dar a conhecer uma outra maneira de encarar as coisas, mais participativa e mais responsável também.
P.S. – só para terminar oh xabugalense temos que continuar este debate 🙂 está interessante, por um lado porque me faz perceber algumas das duvidas e ideias que as pessoas têm, e por outro porque me dá também a oportunidade de desfazer muitos dos mitos que por aí andam. 🙂
Sem duvida que se encontram alternativas open source, e se não existem podem passar a existir num futuro próximo.
O que eu quero dizer é que as grandes empresas preferem pagar bem quando se trata do negócio “core”. Quando empresas como a EDP optam por um ERP (Enterprise Resource Planning) como o SAP (não sei se usam SAP, mas devem usar), fazem-no porque não querem arriscar num software ainda sem provas dadas, como provavelmente aconteceria ao escolher um produto open source. Mas existem outros problemas.
Suporte técnico? Aquilo começa a rebentar por todos os lados, a empresa fica em stand-by e depois? Vamos ligar para o indiano que era chefe do projecto, mas que já não faz ideia do possível problema? Existe ainda a possibilidade de o projecto ter sido descontinuado e já ninguém quer saber daquilo. Seria o caos da empresa. E responsabilidades? De quem é a culpa? É da empresa que não celebrou um contracto à seria. Quando as organizações escolhem um pacote de software, estas precisam de ter a garantia de que alguém responderá legalmente no caso do software que adquiriram não funcionar correctamente, em última instância, as empresas que adquirem software, precisam de saber quem podem processar no caso do produto que adquiriram apresentar falhas críticas ou conduzir à corrupção de dados importantes para as organizações. (não sei se o Sr João Valente teve em mãos algum caso destes, mas isto acontece bastante).
Mas há muitas situções onde se deveria usar mais open source. Os PC’s dos funcionários podiam muito bem rodar Linux (se os sistemas da empresa tiverem compatibilidade com ele), entre outros que são sem duvida produtos com provas dadas.
Relativamente ao Google, eles têm desenvolvido muito open source e de excelente qualidade. Mas o sucesso da google deve-se ao excelente motor de busca e esse ninguém sabe o código dele. Sabe-se que usam um algoritmo chamado pageRank, sabe-se como processam os pedidos, mas o verdadeiro algoritmo ninguém sabe qual é. Porque é a alma do negócio deles, se o divulgassem perdiam muito. Além disso o Gmail tem uma versão profissional para empresas que é pago.
Na minha opinião a Google é um excelente exemplo de como crescer em GRANDE sem levar dinheiro dos utilizadores comuns (quando digo comuns, são aqueles que não pagam anúncios, nem compram soluções empresariais). Aprecio mesmo muito o trabalho deles.
Em ralação ao que o Sr. João Valente disse, não conhecia o projecto, mas pelo que mostrou o Kim Tomé, foi mais um sucesso e confesso que a ideia é muito positiva.
Interessante seria ver outras ciências criarem ideias semelhantes aos do open source. Projectos de construção civil open source, por exemplo. Uma pessoa chegava à câmara era só escolher um dos projectos disponíveis e pronto a construir.
Desculpem-me mas tinha que partilhar este vídeo com todos.
Aqui podem obter uma visão interessante sobre a história do GNU/Linux, onde se pode perceber facilmente o caminho percorrido.
João Valente é verdade 🙂
Mais que uma experiência
O Governo da Extremadura em Espanha criou o GNU/Linex uma distribuição GNU/Linux que foi adaptada às especificidades da região utilizada em todas as escolas.
O projecto mantém-se vivo e a crescer com o alto patrocínio do Governo Regional, tendo desenvolvido uma distribuição destinada às empresas, onde se pode encontrar todo o software necessário à gestão empresarial.
Para quem quiser conhecer esta aqui o link
http://www.linex.org/
Aqui está uma reportagem feita sobre o assunto
Caro Kim Tomé,
1. Eu defendo e apoio quem produz software open source, porque me tem trazido muitas vantagens, principalmente no mundo académico. Longe de mim querer limitar as vantagens dessa maneira. É óbvio que o open sorce tem aplicações para muita coisa. Embora a sua raiz seja o mundo académico, dado que foi lá que foi criado (Richard Stalman – investigador do MIT).
2. Um dos grandes problemas das empresas, não é gastarem rios de dinheiro em software que não responde ás necessidades, mas sim a aplicação desmedida de software standard. As empresas optam por soluções padrão tipo SAP’s e afins e depois passam o tempo a “apertar parafusos” aqui e ali para ver se a coisa marcha. E quando isso não acontece, ou seja, quando se procuram soluções á medida, não há preocupação com levantamento de processos de negócio, a engenharia de requisitos é deficiente e o resultado é um produto errado. Outra das razões é o facto de se tratar de uma ciência muito tenra, encontra-se na infância… é tudo muito experimental ainda.
Relativamente ao facto de as empresas usarem open source, acho muito bem. No entanto, o que o open source pode oferecer ao mundo empresarial, são produtos como o open office, sistemas operativos e por ai vai… Mas onde as grandes empresas gastam a grande parte do dinheiro não é em licenças windows. Mas sim em grandes soluções empresariais: workflows, CMS, B2B , C2C … – sistemas de informação de suporte ao negócio e que dão a vantagem competitiva que todos procuram. Neste mercado o open source não consegue entrar.
A segurança não é um dado adquirido quando se usa open source. A segurança É e NÃO É uma vantagem quando se usa open source. Disponibilizar o código fonte podemos fazer com que as falhas se tornem mais evidentes.
Não podemos generalizar open source evoluiu muito e já existe muita coisa, mas não têm solução para tudo.
3. Concordo completamente consigo, a pirataria é a maior causador. Ainda assim, na minha opinião, o open source não ajuda a essa valorização.
4. Expliquei-me mal, mas o que eu queria dizer era o seguinte: Imagine que queria construir uma Web aplication para vender. Nas camadas superiores iria usar tecnologia .NET (por exemplo) e por baixo queria usar um SGBD open source. Nesta situação não vai poder usar nenhum produto GPL como o MySQL. No entanto, já lhe é possível usar o Postgres (também ele open source) cujo a licença é BSD. E com isto queria dizer que mesmo dentro do open source há licenças que são mais restritivas que outras. Sendo que o GPL é sem duvida a mais usada.
Para finalizar, só queria deixar claro que não há bela sem senão e o open source não foge á regra. Tem muitas vantagens, é verdade. Mas também tem muitas desvantagens. Numas coisas é melhor, noutras não. Tipo anuncio da ZON: Se eu podia viver só com o open source? Podia! Mas não era a mesma coisa…..
Ainda assim espero que continuem durante muitos e muitos anos, dado que prestam um serviço à comunidade.
oh xabugalense…
trata-me la por tu 🙂
detesto essa coisa do você, somos todos pessoas e como tal não percebo essa coisa de tratar uma pessoa por algo que esteja num patamar que não seja de igualdade. 🙂
Quanto ao que dizes, parece-me que estas demasiado imbuído desses conceitos induzidos pelo marketing das empresas de software proprietário.
Não vejo nada, mas mesmo nada que não possa ser realizado com Software Open Source no que à ciência da computação, ou às soluções empresariais diz respeito.
E quanto às soluções por medida, nenhum software proprietário permite tanta personalização ou adaptação às necessidades empresariais.
O caso do “evaristo” que é um software de contabilidade completamente livre e grátis, produzido em Portugal por Portugueses, ou o software de Posto de Venda para as empresas de retalho, são exemplos de soluções empresariais livres e abertas.
Há de tudo para todas as situações o problema é a informação, como o software O.S. não está sujeito à agressividade das campanhas de marketing o conhecimento que as pessoas têm dessas soluções é nulo ou quase nulo.
Só como achega final, olha o caso do Google, não há duvidas que produz soluções excelentes e é tudo O.S.
eu nessas coisas confesso a minha completa ignorância. Mas penso que aqui há uns anos fizeram uma experiência pioneira na extremadura espanhola com base no softwere livre. Foi um sucesso na iniciação de toda a população às novas tecnologias.
Sou um grande defensor e apoio quem produz software open source, as vantagens são imensas, principalmente no mundo académico. Na minha opinião, deveriam existir mais incentivos e esforços para que as investigações sejam sempre feitas em open source, permitindo uma evolução continua e facilitada de certos projectos.
No entanto, não considero este mundo como um mar de rosas. Digo isto por varias razões. Por um lado, pelo facto de existem muitos defensores do open source que são autênticos radicais, que consideram o software patenteado um crime, o que é ridiculo. Cada um é livre de aplicar a licença que bem entender ao que produz. Além disso, não se pode banalizar o esforço despendido na criação de certos produtos de software. Nos dias que correm as pessoas não têm a mínima noção dos custos de produção de um bom produto de software, muito por culpa da elevada quantidade de software open source disponível. Não é por o hardware ser caro e o software ser um bem imaterial que não tem o devido valor. Hoje em dias, as pessoas compram um PC e acham que aquilo tem de vir “recheadinho” de software para tudo e mais alguma coisa.
Relativamente ás licenças, acho que o GPL tem um restrição errada que é o facto de não “permitir” misturas com software proprietário. Ou seja, se usar vários componentes GPL não tenho de pagar, mas se quiser usar um componente com licença GPL e o outro proprietário, já tenho de pagar os 2. A licença BSD, já não impõe este tipo de restrição o que , na minha opinião, a favorece mais.
Para concluir, deixo aqui também o meu agradecimento aos geek’s que desenvolvem open source pois têm contribuído muito para a evolução destas coisas.
Deixo também os meus parabéns ao Sr. Kim Tomé pela iniciativa, pelo conceito do Cyber Coffee sem blue screens :p
Sr. Xabugalense (faz-me lembrar o quinados eheheh)
vamos la então clarificar algumas coisas dos seus conceitos sobre o software Open Source.
– “Sou um grande defensor e apoio quem produz software open source, as vantagens são imensas, principalmente no mundo académico.”
Na verdade para alem do mundo académico o Software Open Source (O.S.) é utilizado em todas as outras áreas da computação, seja nas empresas ou nos PCs pessoais, eu por exemplo uso GNU/Linux em todos os meus computadores e são muitos :), e utilizo Sofware O.S. para tudo desde a produção gráfica a qualquer outra tarefa seja ela privada ou empresarial, pelo que dizer que é principalmente para o mundo académico é redutor.
– “Por um lado, pelo facto de existem muitos defensores do open source que são autênticos radicais, que consideram o software patenteado um crime, o que é ridiculo.”
O facto de se defender a utilização de Software Open Source tem muitas razões, desde logo a questão da liberdade de utilização, mas também se pode considerar a utilização de Software proprietário como um crime na medida em que todos os dias são gastos milhões de Euros com software inseguro, se fosse utilizado Software Open Source o que se pouparia seria suficiente para construir o TGV, por exemplo. Como tal estar a pagar a uma empresa milhares de Euros quando se poderia utilizar Software Open Source e investir essas verbas em outras coisas mais úteis e necessárias, sim pode ser considerado um crime.
– “Nos dias que correm as pessoas não têm a mínima noção dos custos de produção de um bom produto de software, muito por culpa da elevada quantidade de software open source disponível.”
As pessoas não tem essa noção por causa da pirataria, não por causa do O.S., na verdade eu sei de professores que facultam aos seus alunos software pirateado, quando a educação é assim…
O Software Open Source é produzido, também por profissionais muito bem pagos, veja-se o caso do Open Office, ou do UBUNTU, só a titulo de exemplo, são produzidos por excelentes profissionais muitos deles pagos a peso de ouro.
– “Hoje em dias, as pessoas compram um PC e acham que aquilo tem de vir “recheadinho” de software para tudo e mais alguma coisa.”
É uma ambição legitima dos utilizadores, tirar o maximo partido do hardware, e para isso existe o Software Open Source que lhes permite fazer isso mesmo, sem custos.
– “Relativamente ás licenças, acho que o GPL tem um restrição errada que é o facto de não “permitir” misturas com software proprietário. Ou seja, se usar vários componentes GPL não tenho de pagar, mas se quiser usar um componente com licença GPL e o outro proprietário, já tenho de pagar os 2.”
Isto não corresponde à verdade, podemos utilizar Software Open Source grátis e em conjunto utilizar Software proprietário pago, isso não causa nenhuma ilegalidade em termos de licenças. Esta é mais uma confusão que tem tendência a ser induzida nas pessoas pelos departamentos de marketing de algumas empresas de software proprietário.
Para terminar terei muito gosto em esclarecer qualquer duvida que surja sobre este assunto, aqui ou pessoalmente, pois estou em querer que o problema está mais do lado das campanhas de desinformação promovidas por empresas de software proprietário, que do lado do Software Open Source.
Eu sou utilizador de O.S. há muitos anos e não me sinto limitado em nada no que à utilização das TIC diz respeito, e não faço pirataria, como por aí se faz na maior parte das escolas ou até organismos governamentais.
Só tenho a acrescentar uns pontos:
O software livre não faz dele automaticamente grátis, a custo 0, há software livre em que é cobrado a compra dele, mas não é impedida a alteração do código e sua distribuição, permitindo às empresas que melhorem o que compraram sem estarem PRESOS sempre à mesma empresa que lhes forneceu o software e que pode até recusar alterações ou atrasá-las já que mais ninguém tem acesso ao código fonte.
Felizmente devido a estes ideais muito do software livre que está hoje em dia disponivel é grátis, a custo 0, pois não faz sentido certo tipo de software ser vendido ele é construido de forma grátis por milhoes de pessoas em todo o mundo para todos usufruirem dele.