A reportagem televisiva sobre a Feira Franca do Largo do Castelo do Sabugal tem a assinatura da LocalVisãoTv um dos Media Partners da iniciativa da «Casa do Castelo», do CyberCafé «O Bardo» e do Município do Sabugal. A ideia de revitalizar o Largo do Castelo foi um enorme êxito e está aprovadíssima. A partir de agora – no último domingo de cada mês – visite e participe na Feira Franca do Sabugal.
Reportagens das diversas delegações regionais... (Aqui.)
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José Carlos Lages
Desvalorizar o que temos? Pelo contrário, valorizar o que temos, sem o misturar com fábulas, de que não precisamos.
Tinha ideia de que fazer bem era também fazer com rigor e seriedade…
Exmo(a) ilia
(ou devo dizer The Legend of Zelda: Twilight Princess ilia ou será antes Rhea Silvia (Rea Silvia), também conhecida como Ilia, a mãe mítica de Romulus e Remus).
Penso é que é precisamente o contrário. Vivemos todos num faz de conta de fadas e… padrinhos.
Tanto rigor teórico e tão pouco trabalho no terreno.
Venham as fábulas e valorizemos o que temos. Mas tão pouco tem sido feito nesse sentido.
Temos pena mas parece-me que vive num mundo que é apenas seu.
José Carlos Lages
Em nada do que disse relativamente à Judiaria do Sabugal, me permiti a veleidade de aplicar falta de rigor.
Em nada do que disse relativamente à judiaria do Sabugal, me permiti a qualquer falta de seriedade.
De tal modo que à minha custa fui procurar informação, indícios, provas, jeitos de ser que estão enraizados na cultura local, procurei e… encontrei! Encontrei o que me permitiu escrever o que escrevi, com a certeza de que não dizia algo que não fosse plausível.
Encontrei mais do que esperava, mas não fui só eu que encontrei, muito mais pessoas encontraram e muito falta encontrar. Felizmente que nesta demanda, em que eu sou um leigo, há gente muito competente e reconhecidamente consideradas autoridades na matéria, que estão de acordo com esta perspectiva de que a Judiaria do Sabugal foi uma das mais importantes da região.
E digo felizmente, não porque tenha qualquer interesse na matéria para além do interesse que qualquer Sabugalense deveria ter, o de valorizar o nosso património Histórico/Cultural.
Contudo não posso deixar de notar que há muito quem tenha uma perspectiva diferente, que consiste em desvalorizar e despromover o que de melhor temos na nossa terra, e para mim o seu comentário insere-se neste tipo de posicionamento.
Como tal estamos de lados opostos da barricada e eu jamais vou passar para o seu lado, eu estou do lado dos que fazem e promovem, você esta do outro lado.
É assim a democracia, cada um ocupa o lugar que entende ser o seu.
E essa judiaria era no largo de Sta Maria do Castelo?! Em que se funda o repórter para o afirmar? Ou terá bastado a descoberta de um presumível altar judeu, exlibris da chamada “casa do castelo”, promotora da Feira Franca, para fundamentar a existência de uma judiaria no Sabugal?
Não ponho em dúvida a presença judaica no Sabugal, ou em qualquer parte do território peninsular, onde, até D. Manuel I, cristãos e judeus viveram em relativa harmonia. O que questiono é a existência de um bairro dedicado, de uma judiaria, assim como de vestígios históricos substanciais dessa presença. Não precisa o Sabugal de alardear duvidosas e improvadas heranças para aumentar o seu valor patrimonial ou “acrescentar valor ao espaço”. E gostava de saber que documentos detém o Kim Tomé que atestem o que afirma. Entretanto, chamo a atenção para o 1º número da revista Sabucale, publicada pela CMS, onde Marcos Osório assina um artigo sobre “testemunhos do culto judaico” no Alto Côa.
ilia nao sei quem é!
eu todos sabem quem sou!
Não sou capaz de perceber essa sua preocupação em desvalorizar o que temos.
Deve ser algum ressabiamento adquirido ou então está a fazer um jeito a um amigo ou familiar.
Seja como for, para mim quem fala assim não quer o bem do Sabugal, está apenas interessado(a) em destruir o que temos.
Desculpe la mas eu sou mais do género de construir, está a ver a coisa?
Como tal deixe lá fazer quem faz bem e deixe-se de cenas inúteis que apenas tendem a destruir esta terra para isso já cá há muito ignorante.
E quanto á revista “SABUCALE” e ao que a este assunto diz respeito já disse o que tinha a dizer há muito tempo neste blog.
Existiu sim senhor. O censo de D. Manuel (1494? estou a citar de memória) aquando da expulsão dos judeus pelos reis católicos, dá conta de uma judiaria no Sabugal.
A feira que decorreu “na antiga judiaria” da cidade, diz-se na reportagem. Não há notícia de ter existido algum dia uma judiaria no Sabugal. Mas a rapidez com que se generaliza erroneamente e se debitam o chavões 🙁
Não há noticia?
Eu só por mim tenho algumas “noticias” (documentos) alguns com mais de 400 anos onde encontrei referencias a judeus do Sabugal e a essa importante judiaria que aqui existiu.
E quanto a debitar “chavões”, não percebo porque será a expressão “judiaria do Sabugal” um chavão, até porque só recentemente esta questão tem sido referida com mais frequência.
A judiaria do Sabugal existiu e era importante na época. Recusar este facto é recusar ver a realidade dos factos, pelo que não me parece despropositado e muito menos merecedor de escárnio a expressão utilizada pelo repórter que me parece ser correta.
A expressão utilizada cumpre os critérios de rigor e acrescenta valor ao espaço, causando interesse no espectador, o que irá traduzir em mais visitas e nas consequentes mais valias para o concelho.
Mais que recusar os factos devido a uma cegueira auto infligida, recusar a existência de uma judiaria no Sabugal, é desvalorizar deliberadamente os conteúdos históricos que acrescentam valor patrimonial ao Sabugal, como tal é uma atitude de “lesa património”.
P.S. – fartei-me de usar chavões neste post 🙂