A edição n.º 5 da revista A23, apresenta uma extensa e muito colorida reportagem sobre a capeia arraiana dos Fóios.
Decorre em Ciudad Rodrigo, de 25 a 29 de Agosto, a 12.ª Edição da Feira de Teatro.
Segundo o Livro Branco das Feiras de Teatro do Estado Español (Bilbao 2006), «As feiras de artes cénicas são concebidas como espaços que dinamizam a indústria do teatro, ao possibilitar a expansão deste sector considerando que se incrementam os intercâmbios comerciais, aumentando as vendas. Assim, as feiras cumprem três funções, em primeiro lugar são um espaço de exibição, em segundo lugar possibilita a relação entre produtores e consumidores, entendendo estes últimos como os programadores que assistem para comprar e configurar assim a programação de seus teatros o projectar as suas programações culturais, e por último servem como canal de distribuição das artes cénicas».
«Se ha conseguido a través del proyecto de feria, irradiar cultura, turismo y economía a todo su entorno.»
Estes trechos de texto citados levam-nos a saber os princípios básicos que estão por de trás de mais uma edição desta importante feira.
Percebe-se também a existência de uma profunda consciência em todas as entidades envolvidas das mais valias obtidas com o evento.
Esta é uma oportunidade a não perder aqui mesmo ao lado.
E, como seria bom que em Portugal houvesse pessoas nos lugares de decisão a pensar e a agir assim.
Página web com toda a informação. Aqui.
Consultar o programa. Aqui.
Kim Tomé (Tutatux)
Nos passados dias 25, 26, 27, 28, 29, 30, e 31 de Julho, em Valongo do Côa, realizou-se a segunda edição da «Semana da Farra». Segunda edição, porque já no ano passado se realizou, ainda que com menos algazarra e força.
Começo por explicar o porquê e como se realizou a «Semana da Farra» em Valongo do Côa.
A Freguesia, administrada por um plenário, sendo Alberto Pires Monteiro o presidente, Ricardo Alves o secretário e Joaquim António Alves o tesoureiro, chegou ao consenso de que é necessário «segurar» as pessoas que aqui se deslocam no Verão, época por si só de grande agitação, calor e muita vontade de fazer de tudo um pouco, e nada melhor do que festejar isso diariamente com um convivio motivado por «comes e bebes» e muito bom som regional. E todos me perguntam quem paga? Ora, qualquer bom economista e gestor saberá que se bem aplicado o dinheiro, este gera frutos e Valongo é exemplo no concelho de uma boa gestão de todos os «dinheiros» e fundos que adquire e nada melhor que usar em prol de todos os que aqui vivem e visitam permanentemente.
Nestes anos de governança pelo actual plenário com mais anos de presença pelo presidente Alberto Pires Monteiro, Valongo sofreu enormes melhoramentos a todos os níveis com a mais recente actualização em disponibilização de Internet a todos os que aqui se deslocam através de um sistema de wireless, logo porque nao usar também dinheiros em convívios, e noites alegres?!
Valongo tem tido uma excelente gestão, e a prova disso é que neste momento nao falta aqui nada, estão reunidas todas as condições para a feitura destas actividades. Sendo que fica um cheiro já no ar de que no próximo ano haverá a 3.ª edição desta «Semana da Farra» e possivelmente mais um local de lazer (piscinas), mas apenas é este último um projecto mental nada ainda de concreto.
Mas, continuando com esta semana…
Este ano, convidámos a participar aquilo que de melhor temos na nossa região, tendo começado logo pelos «Bombos de Badamalos», um grupo muito jovem e dinâmico que consegue fazer bom som, e animar quem os vê passar pela nossa aldeia. Estes percorreram a aldeia toda e espalharam notas musicais… De seguida houve churrascada com a habitual e bem apreciada entremeada e para os que nao prescindem de um bom peixinho, as deliciosas e reluzentes sardinhas assadas.
Terminando a noite com o acordeonista Aurélio Coelho e outros, que nos deliciou com dedilhados e movimentos dos foles, e de onde saltaram notas e notas de bom som.
No segundo e terceiro dia houve dois grupos de cantares distintos que nos proporcionaram cantigas dos tempos de antigamente e algumas bem recordadas pela plateia que ouvia e escutava em silêncio de memória. E após estes cantares houve nestes dois dias churrascada precedida de actuação de grupo de concertinas e acordeonistas.
No quarto dia por volta das 20:00h chegou o rancho folclórico de Vila Boa que actuou, bateu o pé, dançou e a todos encantou. De seguida mais uma valente churrascada na brasa e por fim actuação do grupo de concertinas de Figueira de Castelo Rodrigo que de simples amontoado de caricas nos pulsos um dos artistas fez bom e original som.
No dia 29, em defesa da saúde e manutenção houve uma caminhada à ponte sequeiros (ir e vir são cerca de sete quilómetros), onde participaram cerca de 150 pessoas desta aldeia, motivada pela boa disposição, todos com equipamento a rigor fornecido pelo Presidente 10 minutos antes do inicio desta (t-shirts, bonés, mochilas de ombro e águas).
Chegados à ponte, parámos 10 minutos, para que os fotógrafos de serviço tirassem as memóráveis fotos de grupo e os que menos habituados ao passo pedestre descansassem um pouco.
De seguida houve direito a sopa, mas nao uma das sopas habituais, mas sim a chamada «Sopa dos cornos» que a todos soube bem feita pelo exímio cozinheiro Sr. Sanches. Foi uma sopa confeccionada num panelão de ferro que deu pra 200 pessoas ali presentes que muito a apreciaram, pois houve quem repetisse 4 e 5 vezes e mesmo assim ainda sobrou.
De seguida actuou o grupo etnográfico Rancho Folclórico do Sabugal, onde surpreendeu todos, pois era-nos desconhecida tamanha perícia e este, foi a primeira vez que aqui se deslocou.
No penúltimo dia, fomos presenteados com o grupo de cantares do Sabugal, onde também o publico reconheceu alguns dos cantares e aplaudiu fortemente. Sendo que também este grupo foi companhia no jantar e pelo resto da noite.
No último dia, deslocou-se à nossa terra o grupo de Cantares da Senhora do Mosteiro do Fundão, um grupo bastante apetrechado de equipamentos de sons e outros instrumentos dos tempos do antigamente, digamos que foi um grupo muito animador.
Houve neste dia direito a mais uma segunda versão da «Canja de cornos» mais picante e apurada mas muito saborosa, sardinhada e aba de vitela.
Finalizando com um grupo de acordeonistas muito jovens (o artista mais novo tinha 15 anos) que tocavam e dançavam tudo ao mesmo tempo.
Foi uma semana muito intensa, um pouco cansativa para quem organizou mas muito compensada pela assídua presença de Valonguenses e situações caricatas, como por exemplo a presença de pessoas de fora que já se questionam e pensam aqui comprar casa e se estabelecerem durante as próximas férias.
Tome-se nota que o objectivo foi cumprido, as pessoas por aqui permanceram, conviveram, ficaram, dançaram, comeram, beberam e ainda riram de contentes de tanta animação ter havido numa terra que passa o Inverno com 50 a 60 pessoas.
O presidente da Freguesia, Alberto Pires Monteiro agradece a adesão de todos, principalmente às pessoas persistentes que ali estiveram dia após dia, e aos 21 grupos que aqui se deslocaram.
Eu, como habitante desta aldeia, tenho apenas como último comentário, que gostei, amei e adorei. Dou os parabéns ao actual executivo e espero que no próximo ano haja mais e o dobro de gente.
Dina Cristina Pinto Monteiro
A equipa da Rapoula do Côa venceu o 4.º Torneio de Futsal de Rendo organizado pela ACDR Rendo (Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Rendo) no polidesportivo da localidade nos passados dias 21, 22 e 23 de Agosto. Este evento teve como fim promover a prática desportiva, o fair-play e a competição saudável, o convívio e a própria aldeia.
O torneio de futsal teve na equipa da Rapoula do Côa um justo vencedor.
Nos dois primeiros dias realizou-se a fase de grupos, onde as 16 equipas, divididas em quatro, competiram entre si, apurando os dois melhores de cada grupo. No domingo, o último dia, disputaram-se os quartos-de-final, as meias-finais e a final do torneio.
Rapoula do Côa e Amoreira foram os finalistas deste torneio e ambas as equipas se bateram aguerridamente pela vitória. Pode dizer-se que foi uma
final emotiva com bastantes espectadores nas bancadas, num jogo bastante equilibrado, que acabou com o resultado de 4-2 favorável à equipa da Rapoula
do Côa.
Na luta pelo 3.º e 4.º lugares opuseram-se as equipas de Vila Boa e Rebolosa, saindo vencedores os vilaboenses por 3-1 e conquistando, assim, o terceiro lugar do
torneio.
De lamentar, durante alguns jogos deste torneio, a falta de algum fair-play demonstrado por algumas equipas, o que de alguma forma veio
afectar o sucesso deste evento.
No final foram atribuídos prémios especiais aos três primeiros e de participação aos restantes. A organização atribui, ainda os seguintes prémios:
«Prémio Fair-Play», Leiria; «Melhor Guarda-Redes»: Pedro Rosário (Rebolosa); e «Melhor Marcador»: Ricardo (Amoreira).
De realçar a participação de equipas neste torneio oriundas, do distrito de Lisboa e de Leiria, para além de equipas do concelho do Sabugal, Guarda e Almeida.
A ACDR Rendo agradece a todas as equipas participantes, às equipas de arbitragem, à Junta de Freguesia de Rendo e a todos aqueles que tornaram possível a realização deste evento, pois sem eles seria impossível realizá-lo.
A todos o nosso «Muito Obrigado».
Fotos do Torneio. Aqui.
Luís Marcos