O programa da «Semana das Farras» em Valongo do Côa, incluiu na noite de quarta-feira uma caminhada até à Ponte de Sequeiros e a exibição do Grupo Etnográfico do Sabugal.

A Junta de Freguesia de Valongo do Côa organizou entre os dias 25 e 31 de Julho a «Semana das Farras» com um programa cultural variado elaborado dinâmico autarca Alberto Pires Monteiro, por muitos conhecido como o Beto de Valongo.
O bem cuidado recinto de festas um bar, um palco para actuações, um recinto em cimento de boas dimensões rodeado de bancos para a assistência, um grelhador gigante em forma de casinha de pedra e pistas para o jogo da petanca que os nossos emigrantes importaram de França.
A população e os visitantes puderam assistir ao longo das noites às actuações da Ronda do Jarmelo, do Rancho Folclórico de Vila Boa, de grupos de bombos, de cantares, de concertinas e acordeonistas.
O programa de quarta-feira, dia 29, convidou a uma caminhada de ida e volta até à emblemática Ponte de Sequeiros, seguida da brilhante actuação do Grupo Etnográfico do Sabugal. O grupo, com os seus elementos sempre muito certinhos e afinados, apresenta-se com trajes que recordam e preservam ofícios e tarefas das nossas terras raianas que já acabaram ou cairam em desuso.
«Vamos tendo cada vez mais solicitações para actuar no concelho e fora», disse-nos um dos responsáveis do grupo acrescentando que «têm levado om orgulho o nome do Sabugal e sido bem recebidos em todos os lados onde actuam.»
No final da actuação do Grupo Etnográfico do Sabugal a organização convidou todos os presentes para um convívio que incluiu carne grelhada e uma saborosa sopa de cornos confeccionada numa enorme panela de ferro.
O presidente de Valongo do Côa, Alberto Pires Monteiro, mostrou-se muito satisfeito com a adesão popular à «Semana das Farras». «Antecipamos o mês de Agosto com esta semana e depois continuamos com as tradicionais festas em honra de São Sebastião», explicando-nos, depois, que «tanta actividade tem como objectivo fixar os nossos emigrantes cerca de duas semanas na aldeia evitando assim que se concentrem apenas durante dois ou três dias e se dispersem durante os restantes dias de férias».
«Tudo temos feito para inverter o abandono das nossas casas. Felizmente têm sido feitas algumas recuperações e sentimos nos descendentes dos antigos proprietários vontade de manter os bens herdados», esclareceu-nos o autarca.
«Em Valongo do Côa temos qualidade de vida e, claro, a emblemática ponte de Sequeiros que faz a diferença. Contudo o povo tem um conflito colectivo contra um proprietário que é dono de mais de metade das terras do nosso limite e que decidiu fechar com cancelas caminhos que sempre foram públicos. Vamos todos a tribunal em Setembro e acredito que temos a razão pelo nosso lado», concluiu Alberto Pires Monteiro.
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José Carlos Lages
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