Zikomo kwambiri, muito obrigado! Foram estas as palavras do Padre Carlos, vindas com certeza do fundo do coração, em reacção à celebração dos 25 anos de ordenação sacerdotal, acontecida em Lusaka, na Zâmbia, onde permanece como missionário.
Três das candidaturas conhecidas à Câmara Municipal do Sabugal têm já sedes de campanha, todas elas no centro da cidade do Sabugal e relativamente perto umas das outras.
A primeira candidatura a assinalar a sede foi a do MPT, cujo cabeça de lista é Joaquim Ricardo. Está num local de fácil acesso, na Avenida Ismael Mota, defronte à agência do banco Millenium. Trata-se de uma vivenda isolada, em local bem visível, cujas grandes janelas do rés-do-chão exibem cartazes com o candidato, a sigla do partido que suporta a candidatura e com os slogans da campanha. De resto a candidatura de Joaquim Ricardo há muito que está em movimento, contendo cartazes em todas as freguesias, sob o lema: «Um presidente a sério e igual para todos.»
Outra sede já ao serviço é a do PS, cuja lista de candidatos é encimada por António Dionísio. Trata-se de uma casa na Rua Florbela Espanca, junto ao Largo da Fonte, nas instalações da antiga oficina de António Chapeira. Embora sita no centro da cidade, esta sede está algo escondida, e pouco visível para quem passa, sendo porém avistada do Largo da Fonte, na rua cujo gaveto é a Ourivesaria Confiança do Senhor Margato. Também aqui os cartazes estão já nas paredes fronteiras da sede, assinalando o local, e contendo a face ampliada do candidato, ladeado com o lema de campanha: «Sabugal concelho com futuro.»
Esta candidatura saiu também já para a rua e os cartazes de campanha cobrem já uma boa parte das freguesias do concelho.
António Robalo, candidato do PSD, foi o último a assinalar a sede de campanha, no Largo da Fonte, junto à escola primária, mas foi quem há mais tempo garantiu o local. Foi no mesmo edifício que a campanha do PSD se centrou há quatro anos e desde logo o ficou garantido que serviria de sede também neste ano.
As paredes fronteiras e laterais contêm cartazes com a imagem do candidato e com os lemas de campanha: «Saber fazer bem» e «As pessoas primeiro».
As três sedes estão relativamente próximas e adivinha-se uma grande azáfama, desde logo no chamado período de pré-campanha, que já se iniciou, mas sobretudo no momento da campanha autárquica, daqui a dois meses, altura em que cada candidatura dará tudo para garantir os votos necessários para a vitória.
plb
José Manuel Monteiro, de 48 anos, natural do Sabugal, economista e chefe do Departamento de Administração e Finanças do Município de Palmela, é o candidato da Coligação Democrática Unitária (CDU) à Câmara Municipal do Sabugal.
O candidato agora conhecido disse ao Capeia Arraiana que aceitou o convite que lhe foi dirigido por entender tratar-se de um desafio interessante, na medida em que poderá ajudar no debate acerca do futuro do concelho do Sabugal: «apresentaremos projectos alternativos como contribuição para repensar o que o concelho é e o que pode vir a ser», disse o novo candidato autárquico.
José Manuel Monteiro saiu do Sabugal ainda muito jovem, para estudar, tendo depois fixado residência em Loures, de cuja Câmara Municipal é técnico superior, agora em comissão de serviço em Palmela, onde exerce um cargo dirigente na administração autárquica. Licenciou-se em Organização e Gestão de Empresas no ISCTE e fez uma pós-graduação em Contabilidade e Administração Pública.
A CDU apresenta desta forma aquele que é o quarto candidato conhecido no Sabugal, juntando-se a António Robalo, António Dionísio e Joaquim Ricardo, que há muito estão na corrida.
Como candidato à Assembleia Municipal a CDU mantém a candidatura do actual deputado municipal João Manata, do Sabugal.
Segundo a expressão curiosa de um militante comunista do concelho, o tradicional candidato da CDU «zitaseabrou», pelo que não irá nas listas deste ano da coligação, que de qualquer forma decidira já renovar os nomes, não o convidando para encabeçar a Lista. De facto, Geraldo Mendes, natural de Sortelha, que foi o cabeça de lista da CDU nos últimos actos eleitorais, resolveu candidatar-se pelo PSD à Junta de Freguesia da sua terra.
plb
No dia 25 de Julho a Rua dos Pontões, no Sabugal, vai estar fechada ao trânsito para a realização da segunda edição da «Garraiada dos Pontões». A noite de 8 de Agosto vai ser preenchida com a música e a dança de um grupo de sevilhanas.
(Clique nas imagens para ampliar.)
O Bravo’s Bar (Tó de Ruivós) e o Coyote Bar (Danilo) organizam no dia 25 de Julho a segunda edição da «Garraiada dos Pontões».
As duas garraiadas, com três toiros e duas bezerras do ganadero José Manuel Fininho, estão marcadas para as 16.00 e para as 21.00 horas na calçada que liga os dois estabelecimentos sabugalenses. A supervisão médica estará a cargo do veterinário António Carlos Morgado
A primeira edição decorreu com lotação esgotada em cima dos reboques e nas bancadas improvisadas ao longo da rua. As imponentes árvores serviram de salva-vidas e para o jogo da rabia entre os toiros e os mais afoitos.
A aposta dos organizadores nas «Garraiada dos Pontões» tem a particularidade de trazer à freguesia do Sabugal o espectáculo e a tradição dos toiros e dos aficionados mais habituais nas aldeias raianas do concelho.
A música, o colorido dos vestidos e a beleza das bailarinas sevilhanas vão animar a esplanada ao ar livre do Bravo’s Bar na noite de 8 de Agosto.
jcl
Uma das coisas boas das reposições de Verão é a possibilidade de ver ou rever alguns dos melhores filmes estreados nos últimos meses. Em Lisboa todos os verões a Medeia o faz, voltando a mostrar nas suas salas as fitas que estrearam nos seus cinemas.
Este tipo de iniciativas, que infelizmente não é muito comum e podia ser aproveitada inclusive para mostrar cinema clássico ou levar estes filmes a localidades mais pequenas, é bem vinda para quem não consegue ter tempo para ver tudo que estreia. Um dos filmes que passou nesta espécie de ciclo foi Tempestade Tropical, uma perspicaz sátira sobre o mundo de Hollywood realizada por Ben Stiller, que também protagoniza ao lado de um elenco de luxo.
O argumento do filme, que contou com a colaboração de Ethan Coen, gira à volta da rodagem de um filme, baseado num livro escrito por um veterano da Guerra do Vietname. A partir daqui o espectador parte para a selva com um conjunto de actores mimados, cada um com o seu cliché próprio: desde o viciado em drogas à estrela de filmes de acção caída em desgraça, passando pelo actor que tanto segue os princípios do Método que às tantas já não sabe quem é.
É sobretudo no campo da interpretação que «Tempestade Tropical» consegue vingar, sendo a personagem de Robert Downey Jr. a que mais desponta no grupo, ao interpretar um australiano que para entrar no papel de um soldado negro fez uma operação para mudar de cor de pele. É este o tal que às tantas já não sabe quem é, num excelente diálogo com a personagem de Ben Stiller, o actor caído em desgraça.
Quem também surpreende é Tom Cruise, que está irreconhecível em todos os aspectos, ao interpretar um produtor que não olha aos meios para atingir os fins. Não é só a caracterização, pois Tom Cruise surge em «Tempestade Tropical» gordo e careca, mas também na própria personagem, completamente diferente do que aquilo que os fãs do ex-marido de Nicole Kidman estavam habituados a ver.
Como sátira ao mundo de Hollywood talvez este «Tempestade Tropical» não seja dos melhores. Mas como comédia, comparando com o que tem sido lançado nos últimos anos, o mais recente filme de Ben Stiller na cadeira de realizador acaba por ser um bela surpresa.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes
pedrompfernandes@sapo.pt
Para prevenir a disseminação do vírus H1N1, conhecido como gripe A, a Pastoral Nacional da Saúde da Igreja Católica portuguesa vai distribuir pelas paróquias, durante o mês de Agosto, milhares de folhetos informativos com orientações e medidas de higiene e desinfecção para as celebrações litúrgicas. Entre outras medidas é sugerido que nas missas a Comunhão seja tomada na mão e que o abraço da paz exclua o contacto físico.
Todos os dias há notícias sobre novos casos de gripe A em Portugal. A missão da Igreja, através da Pastoral da Saúde, consiste em assistir os doentes mas também em prevenir as doenças aconselhando formas de vida saudável a todos os católicos.
O papel dos sacerdotes e dos restantes agentes pastorais passa, também, por colaborar com a sociedade na prevenção das doenças.
As medidas «religiosas» de combate à gripe A foram debatidas e acordadas entre Vítor Feytor Pinto, coordenador da Pastoral Nacional da Saúde e o Ministério de Ana Jorge e aprovadas pela Conferência Episcopal Portuguesa, órgão máximo da Igreja Católica.
Durante o mês de Agosto vão ser distribuídos pelas paróquias portuguesas milhares de panfletos com regras comportamentais para prevenir o contágio da população tanto na rotina diária como nas participações eucarísticas.
A Conferência Episcopal refere em comunicado que «as medidas aprovadas vão ser transmitidas pelos padres no final das cerimónias como uma mensagem de educação para a saúde dos cristãos» e estão definidas em três pontos.
1 – Seguir as orientações dadas pela Direcção-Geral da Saúde:
– Lavar as mãos com água e sabão com muita frequência;
– Se tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel que deve ser deitado fora de imediato;
– Se ficar doente, permanecer em casa;
– Evitar o contacto com pessoas com gripe.
2 – Nas celebrações litúrgicas, recomenda-se:
– Aos Ministros da Comunhão, Sacerdotes e Ministros Extraordinários, que purifiquem as mãos com solução anti-séptica, antes da distribuição da comunhão;
– Aos fiéis, que quanto possível, recebam a Comunhão na mão e não na boca, aliás segundo prática secular na Igreja;
– A todos, que reduzam o abraço da paz a um pequeno sinal ou inclinação da cabeça sem o contacto físico;
– Caso se sintam doentes os fiéis são aconselhados a não ir à igreja, para evitar o contágio, podendo assistir à celebração dominical através da televisão;
– A Igreja aplicará medidas ajustadas às recomendações gerais das autoridades nacionais. Se não houver jogos de futebol, grandes concentrações ou as escolas forem obrigadas a fechar também não haverá missas.
3 – Nos templos pede-se também para:
– Manter vazias as «pias de água benta» às portas da igreja, para não as tornar um foco de transmissão do vírus;
– Ter a Igreja suficientemente arejada, sobretudo em atenção ao número de fiéis nas celebrações dominicais.
A Conferência Episcopal esclarece ainda que as orientações não são normas litúrgicas mas apenas sugestões suficientemente claras para prevenir desde já a expansão da pandemia porque são «conselhos úteis e provisórios para o tempo de difusão da Gripe A, devendo evitar-se o alarmismo, mas reconhecendo que é da maior importância que a Igreja colabore nos programas de prevenção».
Ver artigo (Abril de 2009) de Vera Villanova sobre a Gripe H1N1. Aqui.
jcl
No domingo, 19 de Julho, a tarde esteve animada na Praça de Touros de Aldeia da Ponte, onde se realizaram as variedades taurinas, espectáculo organizado pela associação de jovens da freguesia.
A praça esteve pouco composta, pois nem metade da lotação se encontrava preenchida, mas, em contrapartida, a tarde esteve cheia de emoções.
Os jovens artistas tauromáquicos corresponderam às expectativas e o público assistiu a uma interessante tourada, onde houve de tudo um pouco em termos de actuação.
Os cavaleiros praticantes Nelson Lavajo e Gonçalo Fernandes deram bem conta do recado, tirante um ou outro percalço, próprio de quem ainda está em fase de aprendizagem. Também as cavaleiras amadoras, Sofia Almeida e Sónia Cabaço, deram um ar da sua graça, o mesmo sucedendo com o jovem novilheiro amador Tiago dos Santos.
Quem mostrou valentia foram os forcados amadores de Coruche. Os rapazes ribatejanos evidenciaram coragem e muita garra, com realce para a imagem de esforço do forcado que pegou o segundo toiro. Tendo sofrido logo na primeira investida um ferimento na cabeça, todos notaram que o jovem estava algo desequilibrado e os colegas deram-lhe o devido conforto, mas mesmo assim não desistiu e conseguiu consumar, à quarta vez, uma pega que se revelava difícil devido à força que o toiro colocava na investida. Recebeu um merecido troféu no final do espectáculo, por ter conseguido efectuar a melhor pega da tarde.
Também o jovem novilheiro Nelson Santos viveu momentos de percalço, mas mostrou que domina a arte e que tem futuro como toureiro.
Um espectáculo diferente, a que a organização chamou «Novidades Taurinas», pelo qual se exibiram jovens artistas que estão ainda em fase de aprendizagem e que sonham vir a ter grandes tardes de glória nas arenas. Como forma de motivação a Associação Juventude Pontense atribuiu troféus às melhores lides da tarde.
Uma experiência nova e extremamente interessante que importa repetir, mas a que também importa dar maior apoio através da deslocação à praça de touros, porque vale a pena passar uma tarde a admirar o valor dos jovens que lutam por ter um lugar de destaque na arte tauromáquica.
plb
A fotografia reproduzida nessa crónica foi tirada em meados da década de 1950. Nela podemos ver o Ti João Rito, do Soito, com a boina basca na cabeça, e o João Pereira (no Soito conhecido como João Russo), ambos junto ao carro de aluguer, propriedade do primeiro.
