GALERIA DE IMAGENS – 31-7-2009 |
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar |
As estradas municipais para as freguesias de Ruivós e Vale das Éguas estão a ser alcatroadas. Junto ao Salão de Festas e sede da Associação dos Amigos de Ruivós está a ser construído um parque infantil com cinco equipamentos de diversão.
O mês de Julho transformou algumas das aldeias do concelho do Sabugal. Os melhoramentos levados a cabo pela Câmara Municpal do Sabugal incluem estradas alcatroadas e novos equipamentos de diversão para miúdos e graúdos.
Estão a ser alcatroados esta sexta-feira, 31 de Julho, os cerca de 1800 metros da estrada que liga Ruivós à Ruvina. Os trabalhos tiveram início logo de manhã e devem estar terminados ao final do dia proporcionando aos automobilistas um silencioso e perfeito tapete negro de acesso à freguesia de Ruivós.
Igualmente por iniciativa da autarquia está a ser construído um parque infantil junto ao Salão de Festas e sede da Associação dos Amigos de Ruivós e muito próximo da praça onde terá lugar no sábado à noite, 8 de Agosto, pelo segundo ano consecutivo uma capeia arraiana organizada pela associação.
No dia anterior, quinta-feira, a estrada de ligação entre Vale das Éguas e o cruzamento da Quinta da Telhada foi também alcatroada, 30 de Julho, melhorando de forma significativa o acesso à aldeia e à praia fluvial da freguesia presidida por Fernando Proença.
Em final de mandato o actual executivo procura deixar a sua assinatura nos mais variados melhoramentos em diversas freguesias.
jcl
O blogue da candidatura de Joaquim Ricardo apresentou Luísa Sanches, de Alfaiates, como o sétimo elemento da lista.
«A nossa equipa está agora completa!» é o título da informação disponibilizada no blogue de Joaquim Ricardo, candidato independente nas listas do MPT-Partido da Terra.
A escolha recaiu em Luísa Sanches, natural e residente em Alfaiates, de 34 anos, empregada de escritório.
Recorde-se que o independente Joaquim Ricardo (natural de Aldeia de Santo António) já tinha apresentado António Freitas (Sabugal), Graça Gralha (Nave), Ana Luísa Gomes (Sortelha), José Joaquim Gonçalves (Ozendo), Daniel Vicente (Bendada) e Luísa Sanches (Alfaiates).
Como curiosidade registe-se que a lista de Joaquim Ricardo não integra nenhum elemento natural ou a residir na vila do Soito.
jcl
O actual vereador da Educação e Cultural e candidato à Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, é o convidado este sábado do programa «Hora Informativa» da Rádio Caria.
O candidato à Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, é o convidado do jornalista Sérgio Paulo Gomes, coordenador do programa «Hora Informativa» que vai para o ar este sábado entre o meio-dia e a uma hora da tarde na antena da Rádio Caria.
Fecha-se, assim, o conjunto de entrevistas iniciadas em Fevereiro aos três principais candidatos à Câmara Municipal Sabugal. Recorde-se que Joaquim Ricardo, em Fevereiro, e António Dionísio, em Março, estiveram neste mesmo programa a convite do jornalista Sérgio Paulo Gomes em parceria com o Capeia Arraiana.
Os candidatos e os seus apoiantes têm-se desdobrado nas últimas semanas em contactos e no fecho das listas para as Juntas de Freguesias e as praças e rotundas do concelho têm sido redecoradas com os placards das candidaturas de Joaquim Ricardo e António Dionísio.
Os previsões do tempo apontam para um mês de Agosto muito nervoso e politicamente a escaldar.
jcl
Capeia Arraiana soube que António Gata aceitou o convite de Joaquim Ricardo para encabeçar a lista de candidatos do Movimento Partido da Terra (MPT) à Assembleia Municipal do Sabugal nas eleições autárquicas de Outubro.
António Gata é natural de Vilar Maior, terra de onde foi presidente da Junta de Freguesia durante vários mandatos, mas que há alguns anos estava retirado da política activa. Desde sempre ligado ao PSD, o agora candidato pelo MPT, há muito que discordava das escolhas políticas do seu partido para o concelho do Sabugal, pelo que esse «divórcio» com os sociais-democratas culmina agora com a candidatura nas listas de Joaquim Ricardo.
Entretanto o blogue da candidatura de Joaquim Ricardo anunciou o sétimo e último elemento da lista de candidatos do MPT ao executivo camarário.
«Finalmente, temos o prazer de apresentar o número 7 da nossa lista à Câmara Municipal do Sabugal», diz-se na página oficial da candidatura, que apresenta Luísa Sanches, de 34 anos, natural e residente em Alfaiates, empregada de escritório.
Para o fecho da lista à Câmara o partido tem agora apenas de procurar três suplentes.
plb
O Centro de Negócios Transfronteiriço do Soito acolhe, entre os dias 1 e 23 de Agosto, uma Feira de Saldos e Velharias, destinada a divulgar e promover os produtos e artigos do concelho do Sabugal.
A iniciativa e a organização são da Câmara Municipal do Sabugal, da Associação Cultural e Desportiva do Soito e da Empresa Municipal Sabugal +, que assim contam dinamizar o equipamento raiano recentemente inaugurado. A feira pode ser também uma boa oportunidade para os interessados adquirirem velharias a um baixo preço.
No local haverá ainda exposições de artesanato e de produtos regionais, alguns deles também comercializáveis a preços convidativos.
Esta pode ser também uma oportunidade para se conhecer o Centro de Negócios Transfronteiriços, cujo espaço estará aberto de segunda a sexta-feira, entre as 10 e as 20 horas, com fecho das 13 às 14 para almoço. Aos fins-de-semana o horário é das 14h30 até às 20h00.
plb
O acontecido no Hospital de Sta Maria em Lisboa com seis cidadãos que, por razões que ainda desconheço, correm o risco de cegar, e os depoimentos que vejo e ouço, leva-me a escrever esta crónica.
Sou miope desde praticamente a infância e há dois anos o meu oftalmologista propôs-me ser operado. Confiando no médico, lá fui uma sexta-feira à tarde a uma Unidade de Saúde particular ser operado a um dos olhos, tendo regressado a casa no mesmo dia.
No dia seguinte, sábado, fui observado pelo médico, estando tudo bem e vendo eu da vista operada sem óculos, pela primeira vez desde há várias décadas.
Domingo de manhã acordo cego da vista. Contactei o médico que, de imediato, me levou para o Hospital onde estive internado e em tratamentos cerca de duas semanas, após o que fui de novo operado, tendo felizmente recuperado 70% da visão.
E conto isto, porque durante aquele grave momento e mesmo agora, nunca me passou pela cabeça nenhuma destas hipóteses: Contactar os órgãos de informação; pedir uma indemnização à Clínica; pedir uma indemnização ao médico; ou, ainda, mudar de médico.
Será que estou errado?
É que o sucedido em Santa Maria coloca-me questões importantes e que passo a enumerar.
Quem e com que intenção passou a notícia para os órgãos de informação? (e sabendo hoje como isto resultou numa guerra comercial entre fabricantes de medicamentos…)
Qual a relação que os doentes afectados tinham com os médicos que os operaram? E que reacção tiveram estes médicos quando isto aconteceu? (a minha relação com o meu oftalmologista não foi afectada pelo que me aconteceu, saiu aliás mais reforçada, porque ele não me abandonou e desde o primeiro momento, mesmo sendo domingo, ficou do meu lado, garantindo-me todo o apoio técnico e, sobretudo, moral.)
Quem empurra as pessoas afectadas e os seus familiares a falarem desde já em indemnizações? (é que há organizações em Portugal como em todo o mundo que recebem à percentagem do total da indemnização conseguida).
Porque vivi na carne o drama que estas pessoas estão a passar, desejo-lhes que tenham a sorte que eu tive e que recuperem, pelo menos, os 70% que eu recuperei.
Aos médicos que estiveram e estão envolvidos neste problema só lhes peço que sejam bons tecnicamente, mas que, sobretudo, se envolvam emocionalmente com aquelas pessoas, e que saibam tirar as devidas ilações do que aconteceu.
E deixemos as questões das indemnizações e das responsabilizações para depois. É que já ouvi um depoimento que mais parecia querer dizer, «cego mas rico…».
Ou será que estou errado?
ps1: Morreu um amigo e uma pessoa bem conhecida de todos os sabugalenses – o Toninho Carteiro. Conhecia-o desde criança e sempre tive por ele uma grande consideração. A forma como ele e a sua mulher, a Dona Edite, souberam, apesar da doença grave que o Toninho, apoiar a minha mãe nas suas deslocações a Coimbra, são a prova de estarmos perante pessoas boas. Por isso o seu desaparecimento é uma má notícia… À Dona Edite e à restante família, permitindo-me destacar a Adozinda minha vizinha na Póvoa de Sta Iria as minhas sentidas condolências.
ps2: Não foi notícia em lado nenhum, mas no início deste mês um membro do Corpo de Bombeiros do Sabugal foi atingido por um fogo que combatia tendo ficado com queimaduras de 2.º grau num dos braços. Ao Jorge reitero publicamente os desejos de rápidas melhoras.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
rmlmatos@gmail.com
O ministro do Ambiente, Nunes Correia e a sua homóloga espanhola, Elena Espinosa Mangana, assinaram em Penamacor esta terça-feira, 28 de Julho, Dia Nacional da Conservação da Natureza, um protocolo para a cedência de 20 linces nascidos em cativeiro em Espanha.
O presidente da Câmara Municipal de Penamacor, Domingos Torrão, foi o anfitrião da cerimónia de assinatura do protocolo para a introdução na Serra da Malcata de linces nascidos em Espanha. O Fado, o Eucalipto, a Espiga e a Erika são alguns dos 20 linces (14 machos e seis fêmeas) integrados no Plano de Acção para a Criação em Cativeiro do Lince Ibérico que prevê a implementação em Portugal, no prazo máximo de três anos, de um programa detalhado para a reintrodução dos animais nas zonas de habitat histórico da espécie.
O ministro Nunes Correia afirmou que «a Serra da Malcata é uma zona de eleição e será uma das primeiras regiões a receber o lince». O governante e a sua homóloga espanhola sublinharam a importância do esforço conjunto dos dois países para a recuperação da emblemática espécie ibérica.
O presidente da Câmara de Penamacor, Domingos Torrão manifestou na sessão de assinatura do protocolo a vontade de receber linces. «O que queremos é o lince, porque o lince é de cá», acrescentando para reforçar o desejo que o município já registou a marca «Terras do Lince».
A Reserva Natural da Malcata, criada em 1981, está a tentar aumentar a densidade média de coelho-bravo (que representa 80 por cento da alimentação do lince). Em algumas zonas conseguiu passar de um coelho por hectare para cinco, no período de 1997 a 2006. Para isso promoveu o refúgio ao abrir clareiras e plantar centeio, construiu 180 abrigos e, em 1994 e de 1997 a 2003, repovoou a zona com 1200 coelhos.
Actualmente, Espanha tem 77 linces nos seus centros de reprodução em cativeiro. Os 20 animais que foram cedidos a Portugal virão de El Acebuche (em Doñana), La Olivilla (Raen) e de Jerez de la Frontera.
Os registos indicam 1992 para o último lince avistado em liberdade na Serra da Malcata «penamacorense».
jcl
A cantora dos sapatos vermelhos, Rita Redshoes, que vai integrar o cartaz do concerto de abertura do Festival dos Oceanos, dia 1 de Agosto, nos Jardins de Belém, passa no dia anterior pelo Sabugal, onde actua na Festa da Europa.
O Sabugal marca o início de uma digressão de Rita Redshoes pelo País durante o mês de Agosto, onde apresentará temas do seu álbum «Golden Era». Depois do Sabugal e de Lisboa, estará no dia 2 de Agosto em Nisa, no dia 8 em Vila do Conde, dia 9 em Óbidos, dia 14 em Sines, dia 20 em Alcobaça, dia 22 em Alcains, dia 30 em Grândola.
Na actuação que fará no Festival dos Oceanos Rita Redshoes actuará com convidados especiais. Terá a seu lado, para cantarem em dueto, Daniel Bacelar, cantor que se tornou popular depois de se sagrar vencedor no concurso «Caloiros da Canção», da Rádio Renascença, sendo o prémio a gravação de dois singles. O artista gravou seis EPs e foi acompanhado ao vivo por grupos como os Siderais, Fliers e os Gentleman. Também integrará a formação no concerto de abertura do festival José Pino, o guitarrista de bandas como The Blue Jeans Band, Conjunto Mistério ou Soul Music.
Rita Redshoes, nome artístico de Rita Pereira, é uma cantora portuguesa, ex-vocalista dos Atomic Bees e que actualmente canta com David Fonseca. Ficou neste último trabalho especialmente conhecida por dar a voz na canção Hold Still. Em 2008 lançou o seu primeiro álbum a solo como Rita Redshoes, de nome «Golden Era».
plb
O tema de hoje é sobre o processo de Galileu porque é sempre actual e interessante, quanto mais não seja, pela controvérsia que suscita.
A verdade é que a Igreja não «condenou» Galileu Galilei por este acreditar na mobilidade da terra, e na centralidade e imobilidade do sol como se diz. Passo a explicar:
O sistema heliocêntrico, como hipótese astronómica baseada em cálculos matemáticos e observações reais, já havia sido formulado por Copérnico no seu De Revolutionibus orbium coelestium e há dois séculos e meio pelo Bispo de Lisieux, Nicolau de Oresme, e era aceite, como hipótese astronómica, por membros do clero como o cardeal Giovanni Ciampoli, o cardeal Maurizio da Savóia e o padre Orazio Grassi, grande adversário das «heresias» de Galileu.
Os motivos pelos quais estes membros do clero, embora o aceitando como hipótese, ainda não defendiam o heliocentrismo abertamente, eram dois: Prudência , pelo facto de não haver, até então, provas suficientes a tornar o heliocentrismo seguro (a completa superação do sistema tradicional Ptolemaico pelo heliocentrismo, atemorizava pela novidade revolucionária); e pela eficácia das medidas astronómicas baseadas no sistema geocêntrico (o sistema Ptolemaico baseava-se também em cálculos matemáticos e astronómicos a que se contrapunham os do heliocentrismo).
Esta reserva prudente explica-se também porque a Igreja, seguindo a «teoria da boa ciência» de Santo Alberto Magno entendia que a prova pelos sentidos [a indução] era a mais segura no estudo da filosofia natural, e situava-se acima da teoria sem observação (Meteoros 3, tr. 1, c. 21) e que a experiência, através de repetidas observações, é a melhor mestra no estudo da natureza (Sobre os animais 1. c. 19) competindo à ciência natural não aceitar simplesmente o que foi narrado. Cabendo-lhe, muito mais, a serviço da filosofia natural, buscar as causas das coisas naturais (Sobre os minerais 2, tr. 2, c. 1).
Resumindo: Para os membros da Igreja que já admitiam no tempo de Galileu a hipótese do heliocentrismo, este ainda não possuía observações que o comprovassem seguramente, nem experiências, com observações repetidas, e muito menos buscava a sua demonstração em causas naturais.
O Padre Cristophoro Grienberg, matemático jesuíta, interlocutor científico favorável a Galileu e seu contemporâneo, também admitia como hipótese científica o heliocentrismo, mas expressou algumas reservas, precisamente porque nenhuma experiência ou demonstração permitia tornar certa e segura a verdade copernicana (Apud. Pietro Redondi, Galileu Herético, Editora Schwarcz Ltda, São Paulo, p.18.).
Por isso se compreende que o próprio inquisidor de Galileu, São Roberto Bellarmino (cardeal), afirmasse numa carta ao padre Foscarini, que também havia publicado uma teoria sobre o heliocentrismo, o seguinte:
«[…] eu digo que se houvesse uma demonstração verdadeira de que o Sol está no centro do Mundo e a Terra no terceiro Céu, e que o Sol não circula a Terra, mas a Terra circula o Sol, então, ter-se-ia de proceder com grande cuidado em explicar as Escrituras, na qual aparece o contrário. E diria antes que nós não as entendemos, do que, o que é demonstrado é falso. Mas, eu não acreditarei que exista tal demonstração até que esta me seja mostrada.» (Carta do Cardeal São Roberto Bellarmino ao padre Foscarini, 12 de Abril de 1615).
Isto é; para São Roberto Bellarmino, a haver qualquer discordância entre o heliocentrismo e as Sagradas Escrituras, seria porque não as entendíamos e não porque estas fossem falsas. Contudo, admitindo-o como hipotético, não acreditava que o heliocentrismo estivesse provado, até que lhe fosse cabalmente demonstrado.
Esta doutrina do cardeal Bellarmino sobre a relação complementar e não necessariamente antagónica entre a ciência e a fé, viria a ser consagrada alguns séculos depois na seguinte passagem da encíclica Providentissimus Deus de Leão XIII:
«Nenhum desacordo real pode certamente existir entre a teologia e a física, desde que ambas se mantenham nos seus limites e segundo a palavra de Santo Agostinho, tomem cuidado de nada afirmarem ao acaso, nem tomarem o desconhecido pelo conhecido» e «Quanto a tudo o que, estribando-se em provas verdadeiras, nossos adversários nos puderem demonstrar a respeito da natureza, provemos-lhes que não há nada contrário a esses fatos nas nossas Santas Letras. Mas, quanto ao que eles tirarem de certos livros seus e que invocarem como estando em contradição com essas Santas Letras, ou seja, com a Fé católica, mostremos-lhes que se trata de hipóteses, ou que absolutamente não duvidamos da falsidade dessas afirmações.» (In Gen.op. imperf.,IX,30) (Documentos Pontifícios, Providentissimus Deus, pg.28).
Isto é; se alguma tese da ciência moderna contradiz as Sagradas Escrituras, isso abre duas possibilidades: ou a contradição é aparente, ou a ciência moderna errou.
Como vemos, é o próprio inquisidor de Galileu, muito antes de Leão XIII, que afirma que o heliocentrismo nunca porá em causa as Escrituras. Não foi portanto esse o motivo da condenação de Galileu.
A verdade é que as teorias de Galileu eram muito mais do que científicas; tinham um profundo misticismo com raízes cátaras e pagãs.
Para Galileu, havia um espírito que aquecia e fecundava todas as substâncias corpóreas, o qual partindo do corpo solar se propagaria com enorme velocidade pelo mundo inteiro.
Este espírito que aquece e fecunda é curiosamente a mesma Luz Primordial e agente criador, adoptado no simbolismo maçónico, que irradiando por todos os lados em simultâneo, emana de um centro que não está localizado em parte alguma, mas que cada ser pode encontrar em si. (Oswald Writh, O Simbolismo Hermético Na Sua Relação Com A Franco-Maçonaria; Hugin Editores Lda. 2004, pág.122).
Falando dessa mesma Luz, numa carta ao padre Pietro Dini (felizmente os sábios do renascimento trocavam correspondência entre si), dizia Galileu que era uma substância espiritualíssima, sutilíssima e velocíssima que difundindo-se pelo universo penetra tudo sem resistência, aquece, vivifica e torna fecunda todas as criaturas viventes. (Carta de Galileu a monsenhor Pietro Dini, 23 mar.1615, Opere, V, p.289).
A substância espiritualíssima de que fala Galileu é também curiosamente o Fogo Vital da simbologia maçónica, «inerente a toda a célula orgânica e a todos os átomos minerais», que «propaga indefinidamente os seus raios, de tal modo que de todos os seres individualizados desprende-se uma radiação luminosa difundida através do espaço.» (ainda Oswald Writh na obra citada, pág. 123). A substância espiritualíssima ou fogo vital, seriam o «sopro divino» que existe em todas as criaturas.
Galileu defendia portanto mais que o heliocentrismo. Defendia, exemplificando com este, uma metafísica do Sol como símbolo de Deus, um verdadeiro triunfo da Luz, com referências textuais ao livro do Génesis e aos salmos:
«No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo… Deus disse: Faça-se a luz. E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas…» (Génesis)
«Deus colocou no sol o seu tabernáculo (…). Ele tal qual esposo que sai do próprio tálamo, saltou como um gigante para escapar.» (Salmo XVIII).
É certo que, sob a escolta de Dionísio Areopagita, Galileu fez a concordância do Génesis e do Salmo XVIII com as ideias sobre a emanação da luz celeste e terrestre, baseada em Hermes Trimegisto, que via a Luz como um espírito emanado de uma fonte eterna; o Sol.
Mas de facto, para Galileu, o Sol simbolizava Deus; e contemplar a Luz era apreciar o «sopro divino» que emana de todas as criaturas.
A condenação de Galileu nunca foi portanto a negação do heliocentrismo como verdade científica, mas a forma de eliminar este simbolismo hermético, que ao difundir-se através de uma figura de prestígio, ameaçava tornar-se uma séria heresia pela semelhança com o pagão culto de Mitra (Deus-Sol).
Sendo assim, a Igreja condenou em Galileu as crenças esotéricas; nunca a teoria do heliocentrismo que ela própria já admitia com hipótese.
«Arroz com Todos», opinião de João Valente
joaovalenteadvogado@gmail.com
Autoria: Fredo Soito
Os DVD’s do Fredo do Soito podem encomendados:
pelo email: fredosoito@hotmail.fr, pelo telefone: +33 6 74 90 55 38,
ou pessoalmente na maioria das Capeias do mês de Agosto nas aldeias da raia sabugalense
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«Festa Brava Raiana», por Fred do Soito
A sala de exposições temporárias do Museu do Sabugal exibe, entre 30 de Julho e 14 de Setembro, a colecção «Jogar a tradição» da Associação de Jogos Tradicionais da Guarda.
A empresa municipal «Sabugal+» em colaboração com a Associação de Jogos Tradicionais da Guarda (AJTG) apresentam a exposição «Jogar a Tradição» na sala de exposições temporárias do Museu do Sabugal.
A exposição é constituída por cerca de 500 peças que fazem parte de uma colecção composta por mais de duas mil recolhidas ao longo dos 26 anos de existência da AJTG.
Objectos que preencheram o imaginário e as brincadeiras de tempos passados como bonecas de trapos, marionetas, fisgas, jogos de tabuleiro, aviões e carrinhos de madeira e metal, cavalos de pau foram recolhidos e catalogados por todo o distrito da Guarda, pelo País e pelo mundo. As linhas do jogo da macaca, a luta de tracção com a corda, o rapa, o salto à corda, jogo das linhas e a malha podem também ser recordados nesta mostra.
A Associação de Jogos Tradicionais da Guarda é uma colectividade com mais de um quarto de século de existência. Desde 1979 que recolhe, sistematiza e incentiva a prática de jogos tradicionais. Apesar ter um âmbito distrital, a sua acção tem-se desenvolvido, pontualmente, pelo país e também no estrangeiro.
Os promotores da exposição recordam que a AJTG participou, desde a sua criação, em vários projectos «perspectivando salvaguardar a cultura lúdica tradicional salientando as actividades de recolha e filmagem, realização de encontros de jogos tradicionais e a participação na 17.ª Exposição de Arte, Ciência e Cultura».
O historial da AJTG inclui as publicações de diversos estudos ligados à temática dos jogos e do seu papel na sociedade e as publicações «A Capeia Raiana, uma Mostra de Força Colectiva», «O Jogo do Galo por Terras da Beira» e «O Magusto da velha em Aldeia Viçosa».
A inauguração da exposição, aberta ao público até 14 de Setembro, decorrerá no dia 30 de Julho de 2009, pelas 18h00, no Museu Municipal.
jcl
Li num jornal que o líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, quer que se proíba constitucionalmente o comunismo. Ao vir de quem vem a proposta, não é de levar muito a sério, todos nós portugueses sabemos que ele governa há muitos e muitos anos, numa ilha onde há uma grande produção de bananas, e é um político com uma acentuada personalidade folclórica.
Mas o pior de tudo, é que ele diz em voz alta o que muitos pensam em silêncio. Há uma explicação para isto tudo. O sistema, o neoliberalismo, agita o espantalho do totalitarismo, seja ele de esquerda, ou de direita, para criminalizar qualquer atitude de revolta, e até de descontentamento, o que acontece presentemente.
Quer fazer-nos ver também, que fora da «democracia neoliberal» só há regimes tirânicos. Mas se por acaso se abrir a janela das proibições e perseguições políticas, nem que seja só uma pequena fisga, o ar gelado da idade das trevas e da intolerância vão encher toda a casa. Se tivermos que proibir, que sejam crimes, nunca ideias.
O gulag estava no pensamento de Marx? A inquisição estava no pensamento de Cristo? O terrorismo está no Corão? O gulag foi obra de intolerantes e fanáticos, o terrorismo islâmico é obra de intolerantes e fanáticos, a inquisição foi obra de intolerantes e fanáticos. E os crimes que se cometeram e cometem em nome da Democracia? O que vão pensar dela aqueles povos que foram invadidos e massacrados, e ainda estão a sê-lo, em nome da Democracia e da Liberdade? E será que a Democracia é um regime tirânico? Não é o mais perfeito dos regimes políticos? Não é tolerante?
Já Mahatema Gandhi dizia dos que andavam a «democratizar»: Que lhes importa os mortos, os órfãos, e os que perderam as casas? Se a destruição sem sentido se levar a cabo no santo nome da liberdade e da democracia?
O ideal de Democracia também está a se deturpado, como foram todos os outros ao longo da história.
Vamos deixar este recado ao Alberto João Jardim e aos que pensam como ele: a verdadeira constituição de um povo está na sua cultura política e na ética (moral) de cada um dos cidadãos que compõem esse povo.
E agora um aparte leitor(a), um desabafo…Porque é que o homem sempre teve e continua a ter, a maldita tendência de se destruir a ele próprio e destruir os outros? Alguém dirá que isso não é verdade, passem os olhos então pela história da humanidade e verão que esta não passa quase exclusivamente da crónica dos crimes do homem ao longo dos séculos.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
A União de Associações de Caça e Pesca do Sabugal (Côacaça), pretende recrutar um jovem para trabalhar na área do concelho do Sabugal.
O perfil da pessoa pretendida pela associação é o seguinte: homem ou mulher com idade inferior a 30 anos, que tenha como habilitações mínimas o 12.º ano de escolaridade, possua conhecimentos de Informática, carta de condução, tenha boa apresentação e seja uma personalidade ambiciosa, proactiva e dinâmica. O candidato terá ainda que revelar vocação na área comercial.
A Côacaça pediu ao Capeia Arraiana a divulgação desta oportunidade de emprego para um jovem no concelho, informando ainda que os interessados deverão enviar os seus curriculum vitae até 20 de Agosto para a seguinte morada:
Rua de Santa Catarina nº 2, 6320-271 Rebolosa.
Para qualquer esclarecimento adicional poderá contactar-se a associação pelo telefone: 969559935.
plb
Na semana passada, de 20 a 26 de Julho, o Comando Territorial da GNR da Guarda registou 67 ocorrências criminais e efectuou 14 detenções a maior parte das quais em flagrante delito.
Segundo o comunicado semanal da GNR do distrito da Guarda, dentre os 67 crimes destracam-se 21 que foram furtos, nomeadamente de veículos, residências, e estabelecimentos comerciais.
Quantos às detenções, 13 foram em flagrante delito: uma por condução sem habilitação legal, quatro por condução sob o efeito do álcool, quatro por furto de cobre, uma por furto de veiculo, uma por posse ilegal de estupefacientes, uma por ameaças e coação à patrulha da GNR, uma por desobediência (condução de veiculo apreendido). Os militares da GNR detiveram ainda um indivíduo no cumprimento de mandado judicial.
Na mesma semana foram ainda elaborados 313 autos de contra-ordenação, pelas seguintes infracções: 282 à Legislação Rodoviária, 25 à Legislação da Natureza e Ambiente e seis à Legislação Policial.
No dia 24 de Julho, o Comando Territorial levou a efeito uma operação distrital, direccionada
para fiscalização de trânsito e prevenção geral da criminalidade. Na acção foi detido um indivíduo de 31 anos de idade por posse ilegal de estupefacientes (3,8 gramas de cogumelos alucinogeneos e 0,3 gramas de haxixe). Foi ainda notificado um outro para comparecer na GNR do Porto, por posse de 0,7 gramas de haxixe e 0,5 gramas de cocaína. Foram ainda elaborados cinco autos de contra-ordenação por infracção à legislação rodoviária.
No mesmo dia 24 de Julho, militares dos Postos Territoriais de Seia e Paranhos da Beira, detiveram em flagrante quatro indivíduos de 31, 22, 18 e 17 anos de idade, residentes em Canas de Senhorim, por crime de furto de cobre. Na ocasião foram-lhes apreendidos 28,6 quilos de material furtado.
Ainda no dia 24 de Julho, militares do Posto Territorial de Almeida detiveram durante a madrugada, em flagrante delito um individuo estrangeiro, de 29 anos pelo crime de furto de veiculo, o suspeito foi constituído arguido e sujeito a Termo de Identidade e Residência.
No período em referência foram realizadas sete operações no âmbito da fitossanidade florestal, na zona de fronteira com Espanha, direccionadas para a fiscalização do Nemátodo do Pinheiro, tendo sido fiscalizados 240 veículos e elaborados cinco autos de contra-ordenação.
No que respeita a acidentes rodoviários, registaram-se 31, sendo: 16 por colisão, 14 por despiste e um por atropelamento. Dos sinistros resultaram um morto, um ferido grave e 14 feridos leves.
plb