Seguindo o lema «APEES ao serviço da comunidade escolar», a Associação de Pais e Encarregados de Educação do Sabugal resolveu comemorar a revolução de 25 de Abril de 1974 através de uma exposição temática.
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A Câmara Municipal da Mêda assinala no sábado o 35.º Aniversário do 25 de Abril, dia da Liberdade, com um programa de cariz popular onde pretende o envolvimento da população da cidade e concelho.
O programa da Câmara Municipal da Mêda para as comemorações do 25 de Abril tem início com a alvorada e o lançamento de 35 morteiros alusivos aos 35 anos do «Movimento dos Capitães». Às 15 horas de sábado será inaugurada uma exposição sobre a freguesia de Longroiva sob o tema «Terra dos Templários & Termalismo», no posto de turismo da Mêda e sessão solene comemorativa nos paços do concelho. Às 21 horas actua o Grupo de Canto e Dança de Oeiras (Casa Municipal de Cultura).
O Presidente da Câmara Municipal, João Mourato, afirma a propósito destas celebrações que «é preciso cada vez mais relembrar o Movimento dos Capitães, o significado que tem para os portugueses que com ele viram restituídas as Liberdades Fundamentais dos cidadãos».
Desse modo, faz todo o sentido, num acto de grande dignidade, o Município de Mêda ter atribuído o topónimo “25 de Abril” a uma nova avenida da nova cidade de Mêda e que está interligada com modernidade do sistema urbano e de acessibilidades da Mêda e seu concelho
A inauguração neste dia da Exposição sobre a Freguesia de Longroiva representa também, para o Presidente da Câmara Municipal, «a força do Poder Local que no pós-25 de Abril se preocupou com o bem-estar, criação de riqueza da freguesia e concelho, ao encetar a construção e conclusão do novo Pólo Termal de Longroiva».
Entretanto foi empossada pelo Presidente da Assembleia-Geral, João Mourato, a nova Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mêda presidida por Paulo Amaral. Luís Gamboa para a presidência do Conselho Fiscal.
João Mourato, que desempenha também funções de Presidente do Município de Mêda, relembrou na tomada de posse, que «ser bombeiro, para além do acto voluntário, é também um acto solidário o que acarreta enormes responsabilidades para todos, tendo em conta que a comunidade espera sempre o apoio desta instituição nas horas de infortúnio, quer seja em casos de incêndios, doença ou sinistro/acidente».
aps
Esta semana comemora-se o 25 de Abril, o dia mágico, em que os Capitães de Abril, como foram celebrizados, devolveram a democracia ao povo, depois de 48 anos de ditadura, onde não havia liberdade de expressão, sendo a de opinião, cerceada, amiúde.
Já lá vão 35 anos de uma democracia, onde nem tudo foram rosas, principalmente, nos primeiros anos do PREC, Período Revolucionário Em Curso, onde a luta pelo poder foi muito acesa, cometendo-se muitos atropelos e excessos, não há como escondê-los, a história lá os foi desbravando, devido, sobretudo, a uma ânsia grande de poder e protagonismo, acrescido também de alguma falta de experiência e emoções exacerbadas, levando a tentativas de golpes e contra-golpes, atentados à bomba, quando isso convinha a quem os mandou executar, causando algumas baixas.
Durante este tempo, também se foi formando uma consciencialização positiva, com uma nova mentalidade, ajudando a compreender melhor a situação política, que acabava de dealbar.
A liberdade conquistou-se com a ajuda dos militares, foram determinantes no golpe dessa madrugada de 1974, alguns da nossa zona, como o amigo Natalino Fernandes, do Baraçal, que avançou com Salgueiro Maia, de Santarém, em direcção a Lisboa, ao Quartel do Carmo, porventura ainda alguns mais, nas diversas zonas fulcrais do Movimento dos Capitães, mas também com inúmeros outros, fora da esfera militar, que lutaram, abnegadamente, ao longo das suas vidas. A todos estes, também temos que estar agradecidos, pela sua luta e perseverança, em busca de um novo ideal.
Todo o movimento dos militares no Quartel do Carmo, a chegada do General Spínola, a entrada do Dr. Marcelo Caetano na chaimite da tropa, para ser protegido e levado ao aeroporto, as palavras de ordem que ali foram gritadas durante a tarde, tudo isto exerceu um fascínio difícil de descrever, em todos os que por lá permaneceram.
Uma semana depois, o espectacular primeiro, 1.º de Maio, passe a redundância, comemorado em liberdade e euforia, acompanhando a enorme manifestação, que decorreu desde o Martim Moniz, subindo a Av. Almirante Reis até ao Estádio 1.º de Maio, a abarrotar de gente, seguindo-se os discursos dos lideres, regressados do exílio, com destaque para Mário Soares e Álvaro Cunhal, entre outros.
O que me move, apenas, é recordar aqueles dois dias, plenos de simbolismo, que representaram uma nova vida, em termos de liberdade e democracia para a nossa geração, esta beleza singela, em directo, focando sobretudo, as explosões de alegria e as manifestações espontâneas de contentamento dos populares, vividas nas ruas de Lisboa, a que se seguiram as discussões de interesse politico e de poder, que por pouco, não descambaram em consequências desastrosas, como uma eventual guerra civil, estando próxima, deitando tudo a perder, depois de bastos esforços dos que se empenharam.
Parecia que nada se sabia, antes da tentativa do denominado golpe das Caldas da Rainha, um mês antes, dando a impressão de ignorância politica, fosse por cautela e medo da PIDE, ou porque razão fosse e, de repente, tudo se transformou, como por artes mágicas, toda gente passou a ser catedrática da democracia, num clic!…
Comemorar o 25 de Abril de 1974 é fundamental pelo que representa, independentemente do que a história registará, não adiantando muito, atirar-se o ónus das culpas que não convêm, para o vizinho do lado. Haverá, por certo, responsabilidades a repartir, seja pelo voto ou pela abstenção deliberada, deixando para outros, o que poderíamos ajudar a resolver, com mais e melhor participação.
«Ecos da Aldeia», opinião de Esteves Carreirinha
estevescarreirinha@gmail.com