O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, não validou as eleições realizadas na Santa Casa da Misericórdia de Alfaiates, decidindo antes nomear uma comissão administrativa, facto que provocou a ira dos irmãos, que não aceitam a nomeação e manifestam-se dispostos a fazer tudo para que a lista vencedora assuma funções.
A Misericórdia local é proprietária do lar de idosos, e é detentora de um importante património, para além de uma avultada conta bancária, factos que levam a que a população considere haver interesses obscuros que conduziram a esta situação.
Em 7 de Fevereiro deste ano houve eleições, das quais saiu vencedora, por larga maioria, a lista encabeçada por Joaquim Vaz. A 14 de Março as eleições repetiram-se e a mesma lista voltou a vencer. Porém o bispo da Guarda, a quem a lista derrotada apelou, não validou o resultado, por considerar que uma boa parte dos irmãos não estavam habilitados a votar por não terem jurado o compromisso ao provedor em exercício. Em consequência o prelado nomeou uma comissão administrativa, encabeçada pelo diácono António Lucas, de Vale de Espinho, e composta por elementos da lista derrotada, para dirigiu a instituição.
O povo de Alfaiates teima agora em não acatar a nomeação, afirmando-se disposto a não deixar que os seus membros tomem posse, facto que tem levado a que os nomeados também não se dirijam à instituição, por temerem represálias.
O impasse mantém-se, mas a população parece disposta a não deixar que se faça a vontade do prelado, por considerarem que a Misericórdia, já com 800 anos de existência, pertence em exclusivo a Alfaiates, por ter sido o seu povo que a edificou, sem a ajuda de ninguém.
O lar de idosos, que acolhe 50 idosos e presta apoio domiciliário a outros 10 utentes e emprega 12 funcionários, é a principal preocupação, pois não poderá aguentar-se em funcionamento sem uma direcção em plenas funções.
plb
Há “irmandades” e “irmandades”… Na de Vilar Maior não tem o cabido lnteresse… não há bens… nem contas bancárias…