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Página Principal  /  Passeio pelo Côa • Tradições  /  A tradição
03 Março 2009

A tradição

Por António Emídio
Passeio pelo Côa, Tradições antónio emídio 13 Comentários

Está patente ao público no Museu do Sabugal (sala de exposições temporárias), uma exposição intitulada «Sabores da Nossa Terra». Visitei-a, gostei, e enquanto a visitava, ela ia-me mostrando com toda a clareza e evidência que a tradição é algo que está na nossa memória colectiva como povo, é algo que nos identifica culturalmente.

Tradições - Grupo Etnográfico do Sabugal
Tradições – Grupo Etnográfico do Sabugal

Se verificarmos, tem-se assistido nos últimos anos a um grande renascimento da tradição, e porquê? Será que a modernidade é que trouxe este movimento até ao passado? Pessoalmente acredito que tenha sido a Globalização Neoliberal, senão vejamos: se o leitor(a) passear por uma rua de São Francisco, Lisboa, Cairo, ou Camberra, encontrará os mesmos automóveis, os mesmos telemóveis com os mesmos toques, as montras mostrando os mesmos artigos das mesmas marcas, e até a mesma publicidade aos mesmos produtos. Vive-se num Clima de «igualdade», as tecnologias estão ao alcance de todos, a comunicação social «iguala-nos», o pobre vê os mesmos programas de televisão que vê o rico, o culto lê os mesmos jornais que lê o não culto, etc. etc.

Numa «igualdade» destas os povos necessitam de se diferenciar entre eles, vão então procurar essa diferença ao passado, às suas tradições. Que significado tem um encerro e uma capeia da nossa terra para um sueco? Penso que nenhum.

Com razão ou sem ela digo que é esta Globalização Neoliberal que obriga a uma resistência dos povos na tentativa de não lhes destruírem a sua cultura e a sua religião. A globalização não tem, nem lhe interessa, a Cultura, a Tradição, a Religião, a Família, a História, e os Valores, não tem espírito, tudo mercantiliza.

Não é preciso pôr de parte por completo a tradição para se ser moderno. A modernização equilibrada e sustentável, nasce de uma reinterpretação da tradição.

:: ::
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008.)

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António Emídio

Origens: Sabugal :: :: Crónica: «Passeio pelo Côa» :: ::

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13 Comments

  1. Zé Morgado Responder
    Terça-feira, 10 Março, 2009 às 0:39

    Gostei do optimismo do ultimo comentarista. Visito também diariamente o Blog »Sabugal Tarrento», até para dar muitas vezes possibilidades de ler o contraditório.
    Ainda me lembro que não concordaram com o meu ultimo comentário no Post «Dois ilustres fiscalistas», mas não é por isso, que deixo de o consultar. O pluralismo, na prática é isso mesmo e às vezes até concordo. com o espirito da sua critica humoristica, por alguns considerada irreverente, injusta a meu ver, porque o que eu disse sobre «Os Guardiães da Lua”–(ridendo castigat mores) aplica-se perfeitamente.

  2. Mono Responder
    Quinta-feira, 5 Março, 2009 às 12:29

    E há lá coisa melhor?
    É uma questão de lhes mostrarem isso de forma a que verifiquem que a nossa realidade é bem mais interessante que a floresta de betão do Algarve.
    Quer dizer, ainda não é assim tão interessante, mas com o tempo e vontade chegamos lá.
    Até já.

  3. António Emídio Responder
    Quinta-feira, 5 Março, 2009 às 9:37

    As suecas gostam mais do Algarve, mas se para aqui viessem passar as férias encontrariam um Sol bem quente, refrescante cerveja, a água do Côa e das várias praias fluviais para se banharem, a comida tradicional para se reconfortarem, monumentos históricos para visitarem, cafés para frequentarem, e Machos Latinos…
    Adeus, Mono.

  4. Mono Responder
    Quinta-feira, 5 Março, 2009 às 9:15

    Claro que pode dizer o que bem lhe apeteça, mas o que disse equivale mais ou menos a eu dizer que você não consegue somar 1+1 porque é de letras, o que é uma perfeita parvoíce. Mas pode dizer o que lhe apeteça.

  5. João Duarte Responder
    Quarta-feira, 4 Março, 2009 às 22:44

    Seja de um simplismo confrangedor, mas eu digo o que me apetecer e não o que os “modernos” querem que eu diga

  6. Mono Responder
    Quarta-feira, 4 Março, 2009 às 10:40

    Concordo em parte com o artigo.
    Pode-se evoluir e manter as tradições, e este equilíbrio é necessário e vital à sobrevivência do Sabugal. Apenas diferenciando-nos com qualidade conseguimos atrair pessoas para a nossa terra e aí as tradições únicas sabugalenses são um trunfo, mesmo para atrair suecos (de preferência suecas).
    Vendo bem, concordo com o artigo quase na totalidade, de facto a globalização tem trazido um regresso às tradições e à ancestralidade, talvez como um factor de diferenciação, o que não é mau de todo.
    Agora, dizer que os arautos do modernismo detestam história e memórias e eu porque fui de letras gosto de história, é de um simplismo confrangedor.

  7. António Moura Responder
    Quarta-feira, 4 Março, 2009 às 0:19

    Concordo que essa busca pela diferenciação por parte de comunidades que se sentem cada vez mais iguais a todas as outras, esteja a acontecer, mas não nos esqueçamos que esse é um mecanismo natural subconsciente e comum a todos os seres vivos. A diversidade da vida na terra é disso prova. Em termos puramente materiais ela releva a essência dos seres para aproveitarem da forma mais economicamente rentável as energias ao seu dispor, tecendo uma rede de aproveitamento energético cada vez mais eficiente através de uma multiplicidade de formas e estratagemas representados na diversidade da vida, como se fosse um único organismo.

  8. João Duarte Responder
    Terça-feira, 3 Março, 2009 às 21:02

    A tradição é muito importante, mas a memória também o é. Os arautos do “modernismo” detestam História e Memórias.
    Eu , como sempre fui da secção de Letras gosto de História (sobretudo contemporânea) e Memórias.

  9. Ars Responder
    Terça-feira, 3 Março, 2009 às 19:27

    Concordo com o Ramiro Matos.
    Ainda bem que evoluímos.

  10. António Emídio Responder
    Terça-feira, 3 Março, 2009 às 17:45

    Amigo Ramiro:
    tens razão naquilo que dizes, mas lembra-te de uma coisa: temos que recordar o passado, para compreender o presente e preparar o futuro. Renegar o esforço heróico de tantos sabugalenses e habitantes do Concelho que tanto fizeram por ele, seria crime. O que eu desejava era uma modernização para o nosso Concelho, equilibrada e sustentável, no campo económico, político, ambiental e social. uma utopia? A longo prazo, a vida sem utopia torna-se irrespirável.

  11. Kim Tomé Responder
    Terça-feira, 3 Março, 2009 às 17:10

    De facto era assim.
    Mas, o que me parece errado foi não ser ter evoluído mantendo as pessoas na sua terra.
    Obrigaram-nas a fugir e agora restam memórias, nos que estão vivos, das coisas boas.
    Morre todos os dias o “Saber Fazer” e matam o que resta com leis absurdas.
    Como tantas vezes digo.
    Há ruas calcetadas, à agua IMPROPRIA PARA CONSUMO” nas torneiras, há muitas coisas materiais, mas não ha pessoas!
    E ja nem galos há para cumprir as tradições.
    Coitados de nós e dos gansos, que por força das circunstancias são galos de ocasião.

    Aqui ao lado nuestros hermanos tem garra suficiente para manter o que é bom sem recusarem a modernidade.

  12. Ramiro Matos Responder
    Terça-feira, 3 Março, 2009 às 12:22

    Também visitei a exposição patente no Museu e, gostando muito, tive em relação à mesma um sentimento contraditório.
    É que quando hoje vemos aquelas peças, de que todos nos lembramos e a que se chama “Tradição”, esuqecemos quase sempre o ambiente social em que as mesmas tinham cabimento.
    E ao olhar para aquelas peças recordei o Sabugal dos anjos 50, 60 e não posso deixar de dizer “ainda bem que tudo mudou!”.
    É que o que eu lembro é as casas sem água canalizada (os meus avós em pleno Sabugal só tiveram água canalizada na década de setenta…), sem electricidade, sem esgotos, sem casas de banho ( a primeira vez que tive casa de banho foi em 1960…), sem ruas alcatroadas, sem televisão (lembro-me quando as crianças eram autorizadas a ir à Sede do Sporting, domingo à tarde para ver os bonecos animados…), sem frigorífico, sem máquina de lavar roupa, quanto mais louça.
    Lembro uma população maioritariamente analfabeta, trabalhando duramente de sol a sol.
    Lembro as casas em granito, sem nada por baixo da telha, convivendo com os animais que habitavam a mesma casa.
    Lembro a salgadeira, onde se guardava a carne de porco, pois vaca nem vê-la… e galinhas eram para os doentes ou para os dias de festa.
    Lembro metade da população a “fugir” para França, Alemanha, Lisboa, etc.
    Lembro as crianças da miñha idade a sairem da escola para irem a correr ajudar os pais na lavoura.
    Claro que também lembro as coisas boas que as havia.
    Mas quando peso nos pratos da balança, não posso deixar de dizer “ainda bem que esses tempos passaram!…”

    Uma última reflexão. Não podemos deixar morrer as tradições que são a âncora da nossa identidade. E a exposição no Museu é um contributo para a preservação desta memória colectiva.
    Ms não eudeusemos o passado como se ele tivesse sido melhor que o presente, pois isso seria também renegarmos o esforço heróico de tantos sabugalenses, que tanto fizeram para melhorar a sua vida e para melhorar a vida das nossas aldeias…

    Ramiro Matos

  13. joao valente Responder
    Terça-feira, 3 Março, 2009 às 10:19

    É na diferença que está o interesse…

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