Ouvi, mas não acreditei! Será verdade que o Município do Sabugal não integra a Parceria que, no âmbito do PROVERE prepara uma Estratégia e um Programa de Acção, denominado «BuY Nature – Turismo Sustentável em Áreas Classificadas»?
Aquando da elaboração de candidaturas ao PROVERE, o Município do Sabugal não integrou a Candidatura liderada pela Câmara Municipal da Guarda, com a participação de Celorico, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia, e denominada «PROVERE Serra da Estrela», nem a candidatura liderada pela Agência de Desenvolvimento Gardunha 21, denominada «BuY Nature – Turismo Sustentado em Áreas Classificadas», abrangendo a Serra da Estrela, o Parque Internacional do Douro Internacional, a Serra da Malcata, a Serra da Gardunha e o Tejo Internacional.
Na altura, o Município do Sabugal preferiu integrar uma candidatura liderada pela Associação dos Municípios do Vale do Côa, denominada «Turismo e Património do Vale do Côa».
As notícias que agora me chegam, deixam-me verdadeiramente preocupado. Como já o venho afirmando há uns tempos, para mim essa «coisa» do Vale do Côa não serve o Concelho do Sabugal.
Se dúvidas houvesse, (e suspeitando que, a haver dinheiro, o mesmo se vai esgotar em Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo e Pinhel), bastava atender às notícias mais recentes, de publicação de um Roteiro «Vale do Côa, uma paisagem de liberdade – entre a pré-história e as vilas medievais», o qual se limita às aldeias daqueles três concelhos, como se o Sabugal não pertencesse ao Vale do Côa…
Mas, ainda mais elucidativa é a pretensão do Município de Pinhel que quer «assumir um ‘verdadeiro papel’, de ‘porta sul’, do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC)», não se percebendo qual o papel que fica para o Sabugal.
Mas há outra novidade que me deixa mais preocupado.
É que, liderados agora pelo Instituto para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade (INCB), as duas candidaturas «PROVERE Serra da Estrela» e “«Buy Nature – Turismo Sustentado em Áreas Classificadas», se unificaram e estão a elaborar uma Estratégia e um Programa de Acção comuns para todas as Áreas Classificadas, denominado “Buy Nature – Turismo Sustentável em Áreas Classificadas», candidatando-se a um investimento público e privado que pode ascender aos 339 milhões de euros.
A Parceria constituída será liderada por aquele Instituto e terá a sua sede em Penamacor!
Esta é uma oportunidade que o Concelho do Sabugal não pode perder, e, a ser verdade a informação que recolhi, de que o Município do Sabugal não é um dos Parceiros Públicos, embora algumas empresas privadas sedeadas no Concelho o sejam, este é um mau momento para o presente e para o futuro das terras sabugalenses.
A Serra da Malcata não é só Penamacor, estes são os nossos parceiros naturais, e tem de se garantir que não ficamos de fora…
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ps. A melhor notícia que o Executivo Municipal podia dar aos sabugalenses era o desmentido desta crónica…
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
Que andam os nossos autarcas a fazer? Dormir? Porque não fazem ao menos uma parceria com os restantes concelhos de Riba-Côa para defenderem a nossa especificidade cultural e histórica? Porquê?
Já no passado uma outra sede, a da R.N.S.M., foi parar a Penamacor.
Parece que por estas bandas não existe potencial económico ligado ao ambiente e ao turismo da natureza. E no entanto a diversidade biológica é muito superior na vertente norte da Serra da Malcata.
Aqui não há gravuras, mas existe um rio repleto de moinhos em ruínas, diamantes por lapidar para um turismo da natureza que os pescadores á truta do rio (Truta Fario) conhecem bem.
Um rio que merece também ser melhor tratado, preservando a sua flora e fauna autoctone não introduzindo espécies exóticas como já foi feito no passado com achigãs e T. Salmonadas que a médio prazo acabarão definitivamente com a truta selvagem, mas infelizmente essa é outra
triste história de algumas das nossas gentes…