«A vida é feita de nadas. De grandes serras paradas à espera de movimento» (Miguel Torga).
GALERIA DE IMAGENS – 29 e 30-11-2008 |
Clique nas imagens para ampliar |
(Continua.)
jcl
Tras este pequeño gran viaje al norte de Portugal, casi a las puertas del invierno, hemos descubierto nuevos amigos de una calidad inenarrable, hemos oteado nuevos lugares repletos de sorprendentes paisajes y hemos podido comprobar, una vez más, la gran hospitalidad que nos profesan nuestros queridos amigos Porschistas de Portugal.
En la apretada agenda de este fin de semana que se nos aventuraba con meteorología adversa, hemos sido testigos de la magnífica organización de Porsche Fans cuyos miembros y simpatizantes han puesto mucho de su trabajo, de su empeño apasionado y de su infatigable entusiasmo para que tras muchas horas de dedicación redundase en nuestro disfrute.
Al llegar a Sabugal por la noche, superada la lluvia que nos acompañó hasta el mismo momento de nuestra entrada al hotel, cualquier contratiempo del viaje se disipó instantáneamente al zambullirnos en la mágica atmósfera y la expectación que generaba la alegría de encontrarnos con los que allí fuimos convocados.
Tras una excelente cena, nos sentimos embriagados por los acordes del fado que hizo nuestras delicias incorporando notas de gran sensibilidad para regalo de nuestros oídos. Una estupenda velada que será muy difícil olvidar por la hilaridad contagiosa en la sobremesa.
Al día siguiente nos sorprendió la nevada matutina del sábado que, en primera instancia, nos dejó boquiabiertos ante el inusitado momento en que vimos nuestros coches cubiertos bajo un manto blanco que se nos antojaba imposible imaginar. Recuperados del primer impacto visual, hay que felicitar a la organización de Porsche Fans por la entereza y flexibilidad mostrada para adecuar el programa a tan especiales circunstancias.
En la jornada del sábado y domingo, valles y castillos perdidos reclamaron nuestra atención; nos paseamos por sus almenas y contemplamos sus murallas lo que nos permitió atisbar ciertos retazos de la historia medieval de Sabugal y su comarca, otrora parte del Reino de León antes del nacimiento de Portugal como nación soberana.
Pueblos y ciudades nos abrieron sus puertas y tras ellas saboreamos su rica gastronomía y paladeamos sus caldos y ricos licores. Reconfortados y cargados de magníficos recuerdos de Portugal que perdurarán con nosotros para siempre, será un placer poder reencontrarnos nuevamente con José Jacob y todos los amigos de Porsche Fans con quienes nos congratulamos por compartir el gusto y la pasión por nuestros Porsches.
No es posible terminar esta pequeña crónica sin antes extender las más sinceras felicitaciones y agradecimiento a José Luis Jacob, a Jose Carlos que estuvo siempre pendiente de que no nos perdiésemos por el camino, a nuestros magníficos fotógrafos y en general a todos los que formamos parte de este inolvidable II Encuentro Internacional Porsche Fans.
Luis Alberto Cuerdo (lap)
A «Imagem do dia» e a «Imagem da Semana» são dois destaques em imagens sobre acontecimentos, momentos ou recordações relevantes. Ficamos à espera que nos envie a sua memória fotográfica para a caixa de correio electrónico: capeiaarraiana@gmail.com
Local: Largo do Castelo do Sabugal.
Legenda: Início da II Concentração Internacional Porsche Fans Portugal no concelho do Sabugal.
Autoria: Capeia Arraiana.
Clique na imagem para ampliar
A época da castanha conduz-me a uma reflexão sobre o papel que aquele fruto deve reassumir no processo de desenvolvimento do Concelho do Sabugal.
Ainda lembro, quando garoto e, mais tarde adolescente, a importância que a castanha tinha para os sabugalenses. Terra de castanheiros, ou não tivéssemos uma freguesia chamada Soito, chegado o Outono lá íamos, garotos, «roubar» alguns ouriços ainda verdes (as crianças do Sabugal ainda saberão como se abre um ouriço?), de onde retirávamos as castanhas ainda em leite, manjar divino…
No dia 1 de Novembro, lembro o meu avô a quem exigíamos, sem direito a um não, castanhas assadas ao lume; e quantas vezes não me metia a minha mãe castanhas assadas no bolso do bibe que saboreava durante a manhã ou a tarde nos recreios da escola.
A castanha fazia parte do Sabugal, como se não pudesse haver Outono se ela faltasse. Mobília boa era em castanho, muitas vezes feita de encomenda no sr. Fausto Baltazar.
Porém, a doença chamada «cancro-do-castanheiro», a saída de muitos dos nossos conterrâneos para França ou Lisboa, a procura, algumas vezes, de proveito mais rápido (um castanheiro demorava muitos anos a fazer-se…), conduziram, pouco a pouco, à diminuição da importância sócio-económica da castanha nas nossas terras e, durante parte do século XX, em muitas mais regiões do País.
Este é no entanto um cenário que foi alterado nas últimas décadas e, hoje, sobretudo em Trás-os-Montes, mas também na região de Viseu, a castanha começa a assumir um papel decisivo nos processos de desenvolvimento daquela Região.
Se não vejam-se as declarações recentes de, por exemplo, o Presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, na inauguração da «Feira Gastronómica do Cabrito e da Castanha»:
A castanha é a «ponta de lança» da unidade agro-industrial que vai escoar vários produtos rentáveis do mundo rural.
Referia-se o Presidente daquela Autarquia à existência de uma unidade fabril, denominada «AgroAguiar», que recebe a castanha do concelho e de outros concelhos vizinhos tendo escoado, no primeiro ano de actividade, mais de 450 toneladas, quer para o mercado nacional, quer para o mercado internacional.
Recebendo, tratando e seleccionando este fruto, a empresa prepara-se para dar o salto e passar da mera comercialização para a sua transformação, acrescentando valor ao produto final, processo que pretende estender a outros produtos, como a amêndoa, a noz ou a avelã.
Por outro lado, sabe-se que se pretende plantar na Beira Interior e em Trás-os-Montes mais 12.000 novos hectares de castanheiros, e reconverter mais 6.000, num investimento de 80 milhões de euros, colocando Portugal nos primeiros lugares mundiais de produção de castanha.
Em crónica publicada a 1 de Maio deste ano, identificava como projecto que considerava essencial para a promoção do desenvolvimento sustentável e sustentado, reforçando a inovação e a competitividade territorial concelhia, a «aposta no castanheiro e no carvalho».
Aliás, e de acordo a Estratégia Nacional da Floresta, aprovada em 2006, previa-se que a Beira Interior Norte tivesse em 2030, 20.000 hectares de castanheiro e 70 mil hectares de carvalho.
Sei que, por vezes, estas minhas crónicas são consideradas como anedotas.
Pena é que sejam os outros concelhos a rirem por último, pois hoje, não só não integramos essa corrente nacional de plantio de castanheiros, como ainda nos vemos na necessidade de importar a castanha que comemos no S. Martinho…
Não pensem que me satisfaz a situação e acredito que ainda vamos a tempo, pois terra disponível é o que não nos falta…
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
rmlmatos@gmail.com