«Um Milhão de Sementes para o Vale do Côa» é o nome de uma iniciativa promovida pela ATN, Organização Não Governamental da área do ambiente, sedeada em Figueira de Castelo Rodrigo. A iniciativa está a ser desenvolvida, no âmbito do projecto «Bosques da Faia Brava».

Segundo a agência Lusa, a associação tem como missão trabalhar para a conservação do património natural de Riba Côa. Com esta iniciativa espera recuperar e conservar o «bosque mediterrânico aberto», numa acção que depende em grande parte do apoio de voluntários.
A ATN conta já com 500 hectares de propriedades na Zona de Protecção Especial do Vale do Côa, que foi adquirindo junto às margens do Côa. A esta reserva deu a designação de Faia Brava, nome que a população local dá às zonas de arribas e rochedos em declive.
A exercer o estágio profissional nesta associação encontra-se o técnico florestal Filipe Figueiredo, coordenador desta campanha de reflorestação, que pretende recuperar as extensas áreas e as linhas de águas que foram destruídas pelos fogos dos últimos anos.
O projecto de reflorestação da ATN, tem tido como parceiros municípios, escolas, a Reserva Natural da Serra da Malcata e outras associações como o Colectivo Germinal, uma associação cultural e de protecção do ambiente sediada na Lousã, que desde 2005 já ajudou a ATN a plantar 15 mil árvores.
No último fim-de-semana chegaram à Reserva da Faia Brava 15 jovens voluntários de vários pontos do país, para trabalhar nas acções de reflorestação.
A grande meta desta iniciativa é recolher e semear um milhão de sementes de árvores autóctones nos próximos cinco anos, repondo a flora de antigamente.
Para ajudar à corrida, é ainda possível, desde 2005, uma maior facilidade de acesso a subsídios florestais, com a candidatura efectuada por parte da ATN a uma Zona de Intervenção Florestal – ZIF, que agrupou praticamente todos os proprietários desta zona.
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«Direito por linhas tortas», por Ana Paula Sousa
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