Fundada no ano de 1118 e abolida em 1312, a ordem religioso-militar dos cavaleiros do Templo, com sede em Jerusalém, desempenhou um papel crucial na expansão e reconquista cristã, o que a levou a estender-se por vários países.

No início do século XIV foi movido contra a Ordem um processo politico e canónico, acusada de práticas secretas, acabando por ser extinta.
Em Portugal a Ordem dos Cavaleiros do Templo teve também especial relevância no apoio prestado aos primeiros reis na conquista e no povoamento do reino. Expressão disso foi a doação de numerosas terras aos Templários, de entre elas as do termo de Touro (actual Vila do Touro, concelho do Sabugal), cujo Mestre, Pedro Alvito, concedeu foral aquela nobre vila medieval.
Pinharanda Gomes, insigne polígrafo quadrazenho, editou em 1999 um livro intitulado «A Regra Primitiva dos Cavaleiros Templários», onde lança luz sobre a forma de vida dos cavaleiros do Templo. Era escrupuloso o cumprimento da Regra (regulamento, forma de vida), que obrigava os freires a viverem de forma ascética em práticas de humildade e fraternidade. Não se conhecendo outras normas que eventualmente tenham sido seguidas pelos Templários, forçoso é admitir que durante os dois séculos da sua existência dessem cumprimento rigoroso aos preceitos consignados na Regra primitiva. Para Pinharanda Gomes serão infundadas algumas acusações imputadas à Ordem do Templo, cujos cavaleiros freires terão vivido sem mácula.
O valioso livro explana a Regra no latim original e em português, e explica os seus mais importantes conceitos. Analisa a origem do nome da Ordem, o papel do Mestre, a recepção aos noviciados, a vida quotidiana imposta aos freires pela Regra. A pobreza, a modéstia, o silêncio, a castidade e a oração foram as traves mestras da forma de vida Templária. A sair disto, apenas o dever de dar combate ao leão (o infiel), em defesa de Cristo e dos lugares santos.
plb