Este artigo é apenas a declaração pública da indignação e ultraje que neste momento nós os comerciantes da zona do Castelo do Sabugal sentimos.
Nós comerciantes, conscientes do nosso dever, trabalhamos duro para:
– Apoiar os turistas e visitantes da área histórica do Castelo do Castelo dando as informações necessárias e motivando-os a permanecer no concelho, procurando trazer mais valias para todos;
– Promover, criar e apoiar às nossas custas eventos que tragam beneficio para o concelho, tentando dinamizar culturalmente a cidade, recuperando tradições perdidas;
– Prestar um evidente serviço publico ao disponibilizar as instalações sanitárias aos visitantes do castelo, com os consequentes custos económicos que deste facto resulta, isto porque castelo não há sanitários a funcionar;
– Manter o negócio com sacrifício, lutando contra as dificuldades impostas pela crise chegando a trabalhar mais de 18 horas por dia.
Do lado das instituições recebemos, boicotes, dificuldades, desconsideração, perseguições despropositadas e para cumulo, a instalação de uma rulote à nossa porta a vender exactamente os mesmos produtos que nós vendemos, numa clara e evidente atitude de concorrência desleal a nós, os que diariamente aqui exercemos a nossa actividade e nos esforçamos por vencer as dificuldades tentando com todo o nosso empenho e saber prestar um bom serviço aos da terra e aos que nos visitam.
Lamentavelmente, estamos sujeitos a estas atitudes que para alem de nos dificultarem os negócios nos destroem a nós como a muitos outros antes de nós, a vontade de continuar a investir os nossos bens, o nosso saber e o nosso trabalho nesta terra de onde vejo todos os dias partir gente com as lágrimas nos olhos, por ser impossível aqui viver devido às perseguições e ou atitudes como estas de quem detem o poder.
O Sabugal, foi considerado o pior concelho para viver num estudo independente recentemente publicado. Depois de tudo o que tenho passado e o que vi outros passar, já percebo onde se podem encontrar as razões para este resultado, razões que levaram um conterrâneo meu a dizer com as lágrimas nos olhos: «Sou obrigado a partir porque eu amo o Sabugal mas o Sabugal não me ama».
Até quando vamos continuar a aguentar estes actos de quem devia defender a nossa terra e faz exactamente o contrário?
Quantos mais filhos da terra, vão ter que partir com as lágrimas nos olhos por ser impossível viver nesta terra?
Quantas mais empresas vão ter que encerrar as suas portas ou partir para outros locais devido a estas atitudes que beneficiam alguém, que não os que aqui procuram honestamente fazer a sua vida e contribuir para o desenvolvimento do Concelho.
Responda quem quiser…
obs: As imagens provam que eles estavam a vender os mesmos produtos até a tabela de preços é visível e quanto ao local também não há dúvida.
Um comerciante sabugalense
(com conhecimento da identidade por parte da administração do Capeia Arraiana)
Começo por louvar a iniciativa BMWX Experence, que incluiu o Sabugal no seu roteiro.
A visita ao Castelo deu possibilidades aos participantes de conhecerem esta “jóia da coroa”sabugalense,sem desprimor por toda a Sortelha.
A area circundante ao Castelo,demonstra bom gosto na recuperação encetada por serviços publicos e privados, que criaram condições e infraestruturas,que não ferem o ambiente histórico do sitio.
Mas como é possivel que nesta zona que deveria ser ultra-protegida,se permitiram, ainda que por pouco tempo, deixar montar “roulotes de feira”?
Se não houvesse alternativas..enfim.Mas elas estão lá todo o ano ,graças ao esforço de uns quantos, que em periodos altos e baixos estão ao dispor dos visitantes.
Admito que no redondel dos modernos estádios desportivos,onde não existem meios para o fluxo dos adeptos isso aconteça.Junto do Castelo mil vezes não.
Termino com o dito mais que rebatido ao longo da História.Não sabemos quem e como foi autorizado, na certeza, porém,de que não foram salvaguardados os legitimos interesses de quem ali investiu dinheiro e amor á terra”À mulher de César, não basta sê-lo, é preciso parecê-lo”
Meu amigo, deixe-me tratálo assim. Compreendo a sua indignação, a minha seria idêntica, mas eu sei que presentemente no meu País há uma luta de todos contra todos (e qualquer concorrência serve, principalmente a desleal) é um Darwinismo social, vencerão os mais fortes e os mais espertos. O sistema económico assim o quer.
Segundo a minha perspectiva, seria proibido na zona histórica da Cidade, qualquer venda ambulante, qualquer casa tipo loja dos trezentos, loja chinesa, ou restaurante tipo fast-food. A qualidade e o respeito da zona assim o exigem. Ou será que o sistema politico/ económico não o permite, alegando que isso seria descriminação?