• O Primeiro…
  • A Cidade e as Terras
  • Contraponto
  • Cronistas
  • Documentários
  • Ficção
  • História
  • Personalidade Ano
  • Ficha Técnica

Menu
  • O Primeiro…
  • A Cidade e as Terras
  • Contraponto
  • Cronistas
  • Documentários
  • Ficção
  • História
  • Personalidade Ano
  • Ficha Técnica
Página Principal  /  Páginas Interiores • Ruvina  /  Não é momento para preocupações com o défice
25 Outubro 2008

Não é momento para preocupações com o défice

Por José Robalo
José Robalo
Páginas Interiores, Ruvina Daniel Cohn-Bendit, josé robalo, keynes, nanterre, paul krugman 1 Comentário

Daniel Cohn-Bendit, foi estudante de Sociologia na Universidade de Nanterre, anarquista e revolucionário, tendo liderado o Maio de 68, o movimento estudantil mais marcante do séc. XX.

Daniel Cohn-Bendit foi um dos líderes da revolta dos estudantes em 1968
Daniel Cohn-Bendit foi um dos líderes da revolta dos estudantes franceses em 1968

Hoje é um homem acomodado na vida, eleito eurodeputado pelo partido ecologista, com posições políticas muito moderadas, comprovando assim a veracidade da afirmação de Willy Brandt, quando dizia: «Quem aos 18 anos não é marxista-leninista não tem coração e quem, aos 30, ainda se mantém marxista-leninista não tem cabeça.»

Numa entrevista recente a uma rádio de língua francesa era ouvi-lo acérrimo defensor das políticas financeiras implementadas pelos líderes ocidentais com a compra de activos poluídos, defendendo no entanto o pensamento económico de John Maynard Keynes.

Confesso que as teorias de Keynes sempre me fascinaram, com a defesa da intervenção do Estado na economia, onde o desenvolvimento económico é visto na perspectiva da despesa, com o consequente efeito multiplicador: ao comprar, o consumidor está a dar ordens ao produtor e assim sucessivamente…

Sendo um leigo nesta ciência que é a economia, admiro os pensadores que desdobrando e desmontando os seus conhecimentos conseguem fazer com que qualquer iniciado possa aceder com facilidade a teorias que à partida são por natureza complexas, o que o novo Prémio Nobel da Economia Paul Krugman, professor na Universidade de Princeton, consegue traduzir com naturalidade.

Apoiante de Obama, Paul Krugman é partidário das teorias de Keynes defendendo uma intervenção do Estado na economia como seu regulador e estimulador.
Paulo Krugman

No último artigo da sua autoria publicado no The New York Times, este economista deixa estas sugestões maravilhosas: «Em contrapartida há muita coisa que o Governo pode fazer pela economia. Pode aumentar as pensões dos desempregados, o que ajudará as famílias a resolver os seus problemas ao mesmo tempo que põe dinheiro nos bolsos de gente que o irá gastar… É chegado o momento de realizar infra-estruturas importantes e de que o país necessita: estradas, pontes, linhas de caminho de ferro… O que se necessita neste momento é mais despesa pública… Uma política responsável, neste momento deve dar à economia o que esta necessita. Não é o momento de nos preocuparmos com o défice.»

Vivendo em profunda recessão económica, nada melhor do que pôr o Estado a investir e a injectar energias na economia, para que num efeito multiplicador como ensinou Keynes, se combata o pessimismo, com aumento da procura e a consequente resposta da produção. O desenvolvimento económico gera-se incrementando a despesa.

Como o caro leitor pode concluir o nosso Governo tem feito o contrário, com sobrecarga de impostos, aumentando as receitas fiscais, mas diminuindo os rendimentos das famílias, encerrando serviços públicos e congelando salários e pensões.

Nas suas palavras sábias o Nobel da Economia defende precisamente o contrário, quando escreve: «Não é o momento de nos preocuparmos com o défice.»

:: :: :: :: ::

>> Para Ler…
«The conscience of a liberal», Paul Krugman.

>> Para Ouvir…
«Joseph Haydn, Die Schöpfung, The creation», Berliner Philharmoniker, Herbert Von Karajan, Deutsche Grammophon.

«Best Of», Angelo Branduardi.

:: ::
«Páginas Interiores», opinião de José Robalo

Partilhar:

  • Tweet
  • Email
  • Print
José Robalo
José Robalo

Origens: Ruvina :: :: Rubrica: Páginas Interiores :: ::

 Artigo Anterior José Albano ganhou eleições no PS Guarda
Artigo Seguinte   Guarda Digital apresenta o Portal de Turismo

Artigos relacionados

  • Francisco António Robalo – agradecimento

    Sexta-feira, 6 Julho, 2012
  • Burocracia ministerial nega apoios à agricultura

    Sábado, 17 Janeiro, 2009
  • Viver no Sabugal é um acto heróico

    Domingo, 28 Dezembro, 2008

1 Comentário

  1. Avatar Pedro Pereira Responder
    Sábado, 25 Outubro, 2008 às 23:15

    Podemos escolher de entre mil economistas para defender as nossas teorias. E porque não Friedrich Hayek? Este também recebeu o prémio nobel da economia, tendo influenciado a criação de uma linha de pensamento da economia, a escola austríaca. Ou Adam Smith, outro colosso do liberalismo que influenciou positivamente o fim de várias aberrações sociais, e cujas ideias continuam (claro que de forma imperfeita, quem tem a resposta para tudo?) a explicar e a influenciar a forma de ver e organizar o mundo.

    Não basta ter conhecimento sobre este ou aquele. Não basta ter ideologia. Tirar conclusões baseando-nos em um ou dois autores, como faz o comunismo com Marx e Engels, é simplesmente totalitarista.

    A frase de Willy Brandt é deveras acertada. Churchill não disse algo parecido?

Leave a Reply Cancel reply

Social Media

  • Conectar-se no Facebook
  • Conectar-se no Twitter

RSS

  • RSS - Posts
  • RSS - Comments
© Copyright 2021. Powered to capeiaarraiana.pt by BloomPixel.
loading Cancel
Post was not sent - check your email addresses!
Email check failed, please try again
Sorry, your blog cannot share posts by email.