Os grandes derbys do futebol luso não são uma questão de vida ou de morte. São muito mais importantes que isso… e agora podem ser acompanhados na pantalha do «Bravos’Bar» com 50 por cento de desconto desportivo em todas as bebidas.

O Sabugal tem muitas tertúlias, muitos grupos e muitos amigos que se juntam por defeito, por feitio, por afinidade ou por interesses nos cafés, tascas e vícios. O «Bravos’Bar» do Tó de Ruivós não foge à regra e tem, sempre, uma clientela muito especial. O dono orgulha-se de ter, provavelmente, a melhor Sagres Mini do Mundo sempre à temperatura ideal: gelada. É um bar sem publicidade exterior e por isso mesmo só para quem sabe. «Para os verdadeiros apreciadores da Mini. Aqui está sempre no ponto», costuma dizer um dos frequentadores habituais.
Mas passemos à linguagem do futebolês. Dizem os especialistas que o futebol é o desporto mais simples do Mundo: «quem tem a bola ataca; quem não tem defende.» E para chutar nada melhor do que usar o pé que estiver mais à mão porque o difícil, como todos sabemos, não é fácil.
Os jogadores de futebol demonstram sempre muita humildade quando ganham de forma categórica e aproveitam para utilizar chavões do género «ainda não ganhámos nada e sabemos que temos ainda muitos jogos pela frente».
E para quem quiser seguir a carreira de futebolista aqui deixamos algumas frases feitas para que possam ser usadas na ocasião mais propícia. «Esperamos fazer uma boa partida e sair daqui com um bom resultado» ou «agora é levantar a cabeça e pensar no próximo jogo» ou «respeitamos muito o nosso adversário mas temos consciência do nosso potencial» ou «todos sabemos que agora já não há jogos fáceis» ou…
Um dos melhores atacantes que vi jogar e passou pelo futebol português depois do Nené, do Manuel Fernandes e do Fernando Gomes foi o Jardel. Porquê? Porque sim! E aproveito para dizer que um dos melhor guarda-redes que pisou os relvados tugas dá pelo nome de Michel Preud’homme. Lembram-se. Um dos mais simpáticos e profissionais futebolistas que conheci até hoje.
E porque «clássico é clássico e… vice-versa» o próximo sábado é noite de estrelas. Jogam no derby dos derbys os grandes da capital: Benfica e Sporting. Sim! Claro que me lembro dos 7-1 a que assisti em Alvalade e claro que me lembro dos 6-3 que presenciei na Luz. Mas não é disso que quero falar. Nem daquele jogador que passou pelo futebol português mas que preferia o campeonato mexicano porque «lá a gente recebe semanalmente, de 15 em 15 dias». Ou aquele jovem brasileiro contratado pelo Belenenses que, deslumbrado, quando chegou ao aeroporto da Portela fez questão de ser simpático e declarar: «Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu…» Pois…
Scolari com «e o burro sou eu» e os árbitros ficam, de propósito, de fora desta conversa.
E para o jogo do próximo sábado à noite no Estádio da Luz? Sem dúvida que prognósticos só no fim.
E terminamos como começámos. A partir de sábado e durante a transmissão de todos os jogos televisivos do Sporting, Benfica e FC Porto a contar para a SuperLiga Portuguesa de Futebol as bebidas no «Bravos’Bar» do Tó de Ruivós são a 50 por cento, ou seja, estão em promoção desportiva a metade do preço.
Apesar de ter prometido a mim mesmo tentar não falar de futebol aqui no Capeia Arraiana lá teve que ser. E já agora para sábado mesmo sabendo das tendências verde-brancas do Tó arrisco o resultado de 2-0 a favor do «glorioso». Se perder prometo que lhe pago uma mini a metade do preço!
«A Cidade e as Terras», opinião de José Carlos Lages
jcglages@gmail.com
Caro José Carlos
Vê agora, como é complicado viver na cidade de Sabugal quando de algum modo se está atento aos problemas e à vida social e se chama a atenção para isso?
Sabe como se chama a esta postura e como se reage a ela?
Pois posso dizer-lhe que se é olhado com indiferença e a pessoa é considerada um elemento de pressão.
Na sua reacção ao último comentário, nota-se que está a lidar com questões de ética jornalística, e neste sentido, não tenho a pretensão de comentar.
Só gostaria de comentar no sentido de que qualquer artigo escrito por jornalistas do “nosso” blogue, capeiaarraiana, será muito difícil de escrever, pois a população é tão pouca, os eventos são tão poucos, que haverá sempre uma íntima ligação entre material escrito e entidades particulares, como se conseguirá separar os intervenientes?
Com a hipótese de se deixar de falar de assuntos considerados de índole particular, não se estará a prejudicar todos aqueles que tiveram a coragem de investir neste nosso Concelho e que uma “mãozinha” na publicidade será sempre bem vinda?
Será que a ética jornalística não deixará que recebamos esta pequena-grande ajuda?
Será que João Tadeia dará essa oportunidade a todos aqueles que queiram falar do Concelho, mesmo que particularizem certos casos?
Saberá até que ponto a nossa divulgação é importante?
Imagina os encargos económicos que os empresários têm?
Concerteza que não, e claro que não é obrigado a saber isso, posso confessar-lhe, que nem eu imaginava o quanto um espaço comercial tem de compromissos que têm que se cumprir, por isso, não o levo a mal.
Só para acabar e para não dar a ideia de que me afastei do tema, queria dizer ao José Carlos e aqueles que porventura leiam este comentário, que devíamos entre nós falar e escrever livremente dos assuntos, sem termos medo de ferir susceptibilidades. Será que isso é possível?
Está na hora de se ouvirem todas as ideias e quando as pessoas intervêm em assuntos que por vezes são bem simples, não havia de haver indiferença.
São ideias simples, mas que também fazem parte do desenvolvimento de que tanto se fala!
Natália Bispo
Casa do Castelo
Caro João Tadeia
Aceitando que não seja evidente a separação entre notícia pura e todos os outros géneros jornalísticos utilizados no texto em referência aceito a sua sugestão e vou transformá-lo na minha rúbrica de opinião denominada «A Cidade e as Terras» e igualmente assinada por mim.
Bem-haja por nos deixar as suas opiniões.
Cumprimentos raianos,
José Carlos Lages
Começo pelo fim, não o conheço e não fazia a mínima ideia que o Tó era seu familiar, e nem sei porque é que haveria de saber, como supõe no seu comentário.
Respeito o Capeia Arraiana como uma fonte informativa de grande valor, mas não acho justo que meta tudo no mesmo saco e lhe chame “jornalismo”, como se nada fosse. Este artigo é claramente um caso de publicidade e encapota-lo com outros maus casos, não o faz melhor ou diferente. Assuma-o como tal. Não tenho problema nenhum em que o senhor o faça, admiro-me é que tenha um código de conduta e, neste caso, o seu espaço de opinião não seja distinguível de qualquer outro artigo tal como o do campeonato de pesca, por exemplo.
Quanto à Viúva Monteiro, que eu saiba, é a única empresa do seu ramo e o destaque que lhe deram foi completamente merecido, pois a actividade em causa é de relevância para o concelho.
Depois, nestes tempos de crise, o que as pessoas menos precisam é de Minis, mas sim de poupar o dinheiro que gastam nessas porcarias e evitar os cafés e não incentivar as pessoas a irem lá.
Caro João Tadeia
Vamos então falar de géneros jornalisticos.
1- Pode inseri-lo na informação. Se quiser posso enviar-lhe para o seu email suficientes casos de informação em diários generalistas de âmbito nacional sobre informação a produtos. Já alguma vez folheou uma revista da área automóvel? Ou da dita área feminina? São do princípio ao fim a divulgação de produtos com o formato informativo.
2 – Pode inseri-lo na opinião. Como pode perceber da leitura do texto utilizo por diversas vezes a primeira pessoa do singular. Significa que estou a ter uma opinião, identificada e assumida.
3 – Pode inseri-lo no comentário. Tenho ao longo do texto vários comentários pessoais. A escrita desportiva tem uma forma muito especial. E o apoio desportivo também.
4 – E neste caso concreto dou também uma notícia, porque é uma notícia. É sempre bom nestes tempos de crise sabermos onde adquirir os mesmos produtos mais baratos. Não lhe parece?
5 – Quando a comunicação social noticia que a gasolina na Galp subiu ou baixou dá imagens das marcas e indica os preços parece-lhe que as estações televisivas não têm estatuto editorial? Têm. Claro que têm.
6 – Noticiámos recentemente uma viagem da Casa do Benfica a Lisboa. Possivelmente não o deviamos ter feito.
7 – Noticiamos sempre que possível notícias e promovemos almoços na Casa do Concelho do Sabugal. Possivelmente não o deviamos fazer.
8 – Noticiamos e destacamos casas culturais e comerciais do Sabugal que têm tido iniciativas louváveis de promoção do concelho. Possivelmente não o deviamos ter feito.
9 – Noticiamos a promoção da Viúva Monteiro no seu programa «Vá à Praia». Possivelmente não o deviamos ter feito.
Claro que o deviamos ter feito e continuaremos a fazer no caso a que faz referência ou em outros que nos seja solicitado. E se no seu caso também tem algum estabelecimento comercial estamos disponíveis para divulgar as suas iniciativas.
Mas para terminar digo-lhe aquilo que possivelmente já sabe. O Tó é meu familiar e é com todo o gosto e sem manchar a ética que assino na primeira pessoa uma crónica onde misturo futebol, cerveja e… agora reparo só faltaram as gajas. Fica para uma próxima oportunidade.
Cumprimentos raianos,
José Carlos Lages
Para quem tem um estatuto editorial, do qual recordo apenas o ponto 3:
3 – Enquanto órgão informativo distingue, muito claramente, a informação da opinião ou do comentário, não sendo seu propósito promover, especialmente, a análise e a discussão político-partidária, nem intuitos de índole particular.
onde poderemos inserir este post? Na informação, opinião ou comentário? Publicidade encapotada?
Ó Zé Carlos… Ali estavas muito mais novo?
How many years?