A direcção da ADES-Associação Desenvolvimento Sabugal emitiu um comunicado sobre o artesanato no concelho do Sabugal que publicamos na íntegra.
«E porque o ARTESANATO DO CONCELHO DO SABUGAL não está desapoiado!!!
Em 2008 a ADES – Associação Desenvolvimento Sabugal e a Câmara Municipal do Sabugal, por delegação de competências para a associação decidiram para a sustentabilidade e promoção do Artesanato de todo o Concelho do Sabugal, elaborar um levantamento dos artesãos e do artesanato no Concelho, e à posteriori identificar; Quem são ?; quantos são ?; o que produzem ?, O que pretendem ?; para assim se proceder a uma Actualização da Base de Dados dos Artesãos, e assim se aspirar a um segundo nível, a legalização e profissionalização de cada um dos artesãos deste Concelho, na perspectiva da definição de uma congregação de artesãos representativos das artes e ofícios do Sabugal.
Na óptica do apoio, a Associação promoveu no dia 22 de Abril de 2008, no Auditório da Câmara Municipal do Sabugal, uma Sessão de Esclarecimento aos Artesãos do Concelho do Sabugal, com convite individualizado a todos os representantes da área do artesanato do Concelho, contando com a presença do PPART – Programa para a Promoção dos Ofícios e das Micro-empresas Artesanais, o CEARTE – Centro de Formação Profissional do Artesanato, e a Associação de Artesãos da Serra da Estrela. O objectivo deste evento foi informar os Artesãos do Concelho com a apresentação dos programas de apoio aos artesãos e da promoção de um espaço para apresentação de questões/dúvidas aos representantes das Entidades presentes, de modo a garantir os esclarecimentos solicitados, e suscitar o desenvolvimento de itinerários e metas, para poder assim aspirar-se a profissionalização e legalização dos Artesãos do nosso Concelho, e também ao aprofundar de informações sobre possíveis apoios institucionais para a promoção e sustentabilidade do Artesanato local.
Para isso, e visto ser importante proceder-se a um levantamento exaustivo em todas as Localidades do Concelho do Sabugal, considerando que os participantes no referido evento não representaram todos os artesãos ou especificidade do artesanato local, a ADES decidiu pedir a colaboração de um Artesão local com experiência e conhecimentos amplos na área, o Sr. Virgílio Cruz, assumindo a Ades o ónus financeiro das diligências por este realizadas, para que fossem efectuados contactos individualizados, aspirando-se à transmissão das informações e à promoção da motivação dos destinatários, no que se refere à obtenção da Carta de Artesão ou Carta de Unidade Produtiva Artesanal, pelas razões já enunciadas e a participação conjunta, no objectivo da promoção do artesanato local.
A direcção da Associação sublinha o voluntarismo e dedicação do Sr. Virgílio Cruz, nesta tarefa. Estando nesta fase a agendar e a perspectivar desenvolver com o mesmo a referenciação dos artesãos e a possibilidade da realização de candidaturas nas várias vertentes de apoio.
Desde cedo foi ponto assente que o Município e a ADES em função das directivas traçadas, não iriam este ano apoiar só alguns Artesãos, relativo à participação dos mesmos em feiras Nacionais ou Regionais, como foi o caso da presença na Fia e estremoz em anos anteriores.
O apoio ao Artesanato do Concelho não pode ser reduzido apenas a um grupo restrito, mas sim à tentativa da congregação, do rejuvenescimento e da promoção equitável de todas as áreas representativas das Artes e Oficios locais, assim como dos produtos endógenos, para que as nossas tradições/costumes e saberes se repliquem e perdurem.
Os primeiros passos foram dados, identificámos novos Artesãos e actualizamos dados relativos aos já referenciados, constituindo-se uma base de dados dos Artesãos, contabilizando-se 54, estando assim a proceder-se à organização dos processos conducentes à legalização daqueles que ainda não possuem este estatuto e que manifestarem interesse em fazer parte deste processo.
Ainda e na organização da Festa da Europa e das Associações de 25/07 a 03/08, a ADES com a colaboração do Município do Sabugal promoveu uma Feira de Artesanato local, em frente ao Palácio de Justiça, cedendo gratuitamente espaços de exposição e comercialização de produtos artesanais locais, a todos os Artesãos que o solicitassem, já que também para este Evento foram convidados todos os artesãos referenciados, e porque o Concelho do Sabugal e as suas especificidades artesanais também se podem promover localmente, lamentamos o facto de muitos dos Artesãos não terem participado, optando alguns por participarem na Guarda em idêntico certame, considerando que os participantes ficaram bastante satisfeitos, quer com a realização da feira, quer com o sucesso das vendas a nível do seu Artesanato, sublinhando o grande numero de visitantes do Evento, e assim conferida a possibilidade de promoção das suas artes e produtos.
?? Deverá considerar-se apoio aos Artesãos apenas o apoio financeiro a conceder aos que o solicitam??? ou em vez disso, motivarem-se, apoiarem-se e incentivarem-se, também os restantes rumo à profissionalização e à legalização, para depois sim, apoiar equitativamente as participações nos diferentes certames, e em outros Projectos sustentatórios e promotores do tão famigerado Artesanato Local duma forma organizada de maneira a que os recursos financeiros sejam optimizados, pois estamos a falar de dinheiro que é de todos?
A Direcção da ADES – Associação Desenvolvimento Sabugal»
O Capeia Arraiana aproveita para divulgar quem são os artesãos sabugalenses associados na ADES:
– Carlos Manuel de Oliveira
– Centro Social «Padre José Miguel»
– Francisco Gonçalves
– Maria Adosinda Cunha da Cruz
– Maria da Conceição Andrade Machadeiro
– Maria da Glória Gonçalves Saldanha Ferreira
– Virgilio de Lemos da Cruz
Fonte: documento «pdf» na remodelada página na Internet da ADES (5-9-2008).
Capeia Arraiana
Em Agosto fui visitar a Feira de Artesanato de Vila do Conde. Todos os anos reservo um dia para passar por lá. O Sabugal já tem sido lá muito bem representado(por ex: com os bares e mesas construidos com madeira de castanheiro…). Este ano um dos pavilhões mostrava várias associações que apoiam o artesão e o seu trabalho. A ADES também lá esteve presente. Claro que fiquei contente ao apreciar duas peças que o rectângulo de acrílico guardava. Mas fiquei triste e espantado porque havia uma terceira peça. Sim, ela constava na legenda da caixa. E onde estava? Simplesmente não estava a casinha. Continuei a minha visita à feira e quer queiram quer não, este ano o Sabugal ficou mal na fotografia, mal na organização, faltou ao respeito ao autor do trabalho. Será que ele foi informado? Eu sou sócio da Ades. Tenho que pagar a minha cota, mas desde esse episódio tenho andado a adiar.
O Sabugal e as suas gentes necessitam de ser apoiados e não é pelo facto de existir uma associação que está tudo feito. A ADES tem que estar ao serviço do concelho do Sabugal e com os apoios que recebe tem o dever de mostrar trabalho realizado e aquele que pensa realizar. Os seus dirigentes têm que pensar, planear, realizar e verificar tudo o que querem mostrar ao público e enaltecer, engrandecer o património, a arte, as tradições das nossas gentes.
Não sei até que ponto positivo nos levará este tipo de queixas e justificações entre artesãos e ADES.
Uma coisa é certa o Artesanato tem que ser visto como uma imagem do típico da nossa zona, mas que deve evoluir também para uma imagem cultural. E isso é possível, mas sozinhos é difícil.
Os tempos mudam e para tudo é preciso ter uma certa preparação e formação!
Claro que a muitos artesãos da nossa zona, que desde sempre nos representaram bem, porque das suas mãos saíram peças que deixam a suas marcas e das quais nos devemos orgulhar, já se mostram indisponíveis ou pela idade ou pela doença, não devemos exigir essa formação, mas a todos que a partir de agora queiram fazer parte dos Artesãos que representem o Concelho de Sabugal temos que nos mentalizar que temos procurar fontes de inspiração para inovarmos o nosso artesanato e aí a ADES pode ter um papel muito importante!
Não basta, darem os Stands e depois as pessoas “dependurarem” as suas peças para verem se se vendem!
Na minha opinião uma exposição de artesanato tem que ser mais do que isso.
Na Casa do Castelo, já há uma certa preocupação no Artesanato que apresenta, e há coisas bem simples, que até parecem ser obras de arte e feitas aqui nas nossas aldeias ( falo de algumas peças como exemplo).
Fiquei admirada de não ver a Casa do Castelo na lista que a ADES apresentou como ligadas ou Artesanato, teria sido um lapso ou falta ainda provar todo o esforço que a Casa do Castelo está a fazer em prol do Artesanato do nosso Concelho?
Gostava que quem tem responsabilidades nesta área visitasse a Casa do Castelo. Daqui fica o convite para falar seriamente de um assunto que interessa a todos, pois também faz parte do tal esforço de desenvolvimento de que tanto se fala!
Natália Bispo
Esta comunicação só por si é perigosa. Vejamos a ADES que já existe sabe-se lá desde quando. mais a camara do sabugal que tambem já existe desde sabe-se lá desde quando. Vão proceder a um levantamento exaustivo ” Debaixo das Pedras ” dos artesões do conselho para mais tarde efectuarem um base de dados ?????!!!!! Apesar das pessoas pedirem apoio e da região estar a ficar dezerta ( podiamos ter ficado com os camelos ) e de terem feito uma renião dia 22 de Abril com os “Artesões” que não conhecem nem sabem que existem , nem sabem o que querem nem sequer o que produzem . Francamente como dizia este blogue será um erro aquilo que somos obrigados a passar ? melhor aquilo com que temos que aprender a sobreviver para não abandonarmos este sitio lindo é pena as pessoas que os estragam .