À semelhança dos anos anteriores, a Recriação histórica do Cerco de Almeida evoca o cerco da fortaleza durante as invasões francesas no início do Século XIX. Este ano o evento ocorre nos dias 22, 23 e 24 de Agosto, merecendo especial destaque o seminário onde falará o bispo D. Manuel Felício, a Evocação da Batalha de Fuentes de Oñoro, dois worhshops e a recriação da rendição de Almeida às tropas napoleónicas.
No primeiro dia, 22 de Agosto, Sexta-feira, haverá um seminário dedicado ao tema: «Memória, Mito e História: O Sacrifício de Almeida», que terá lugar no Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida, nas Portas Exteriores de Santo António.
Falarão António de Sousa Júnior, sobre «Almeida, Fortaleza Mártir de Galharda Epopeia»; Teresa Cailloux de Almeida, sobre «O Cerco de Almeida na Memória dos Franceses de Então e de Agora»; José D´Encarnação, sobre «Sertório, General Romano – Guerrilheiro ou Mito?»; Adriano Vasco Rodrigues, sobre «A Legião Portuguesa no Período Napoleónico de Almeida»; Miguel Angel Martin, sobre «William Cox, un Hombre Solo»; Manuel Jorge Pereira de Carvalho, sobre «A Leal Legião Lusitana, Força de Cobertura do Exército de Portugal, e a Praça de Almeida como Ponto de Projecção, em 1809»; D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, sobre «O mito dos ideais da Revolução Francesa e a memória da invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, há dois séculos», Maria Helena Carvalho dos Santos, sobre «Os Mitos: entre a voz do povo e os sentimentos de honra»; Francisco Ribeiro da Silva, sobre «As respostas dos concelhos das três Províncias do Norte à imposição da Contribuição de Guerra de 1808».
Às 23 horas desse primeiro dia haverá uma reconstituição dos momentos de tensão de um cerco e da eminência do contacto com o inimigo, representando-se a ronda de sentinelas e patrulhas nas Portas de S. Francisco e Bastiões da Fortaleza, seguida de surtidas francesas à Vila, com resposta de fogo das baterias e fuzis a partir do Baluarte de S. Pedro.
No segundo dia, 23 de Agosto, Sábado, haverá a Evocação da Batalha de Fuentes de Oñoro, através da recriação do combate que, entre o dia 3 e 4 de Maio de 1811, opôs Anglo-Lusos e Franceses nas Ruas a Norte de Fuentes de Oñoro e da Ribeira de Dos Casas. Esta actividade ocorrerá na linha de fronteira, entre Vilar Formoso e Fuentes de Oñoro.
Destaque ainda para um Workshop, sobre «O Projecto do Município para a Regeneração da Zona do Castelo», onde se discutirão vários temas acerca do arranjo urbanístico do alto da cidadela de Almeida.
Num segundo Workshop falar-se-á sobre uma «escultura para o Concelho, que sirva de Memorial do Sacrifício de Almeida, a inaugurar por ocasião dos 200 Anos da Guerra Peninsular.
À noite haverá mais uma recriação, desta feita representando-se um combate nocturno com fogo de artilharia e de mosquete de Infantaria nas muralhas e baluartes da Praça-Forte, face a uma tentativa do inimigo em forçar a entrada na Praça.
No terceiro dia, 24 de Agosto, Domingo, recriar-se-á a Batalha do Cerco de Almeida, com combates nas Portas de Santo António, explosão do paiol e rendição da Praça. Trata-se de evocar a batalha final, demonstrativa de algumas tácticas de guerra da época. Tropas Anglo-Lusas, Milícias e Ordenanças Portuguesas e Tropas Napoleónicas defrontam-se ferozmente. Quando tudo parece apontar para um sucesso Nacional, o paiol do castelo explode destruindo a capacidade defensiva da Praça e levando à sua rendição, que será feita formalmente pelo Comando da guarnição da Praça e pelo Comando Francês, seguindo as leis e regras de honra de guerra da época.
plb
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