Depois de terminado o processo Reconhecimento Valorização e Certificado de Competências (RVCC), no âmbito do Programa Novas Oportunidades (PNO), chegou a hora da entrega dos diplomas de conclusão do 3.º Ciclo (9.º ano), cuja cerimónia de entrega decorreu na Sede da Junta de Freguesia de Rebolosa.
A propósito do lançamento do livro «Frias Madrugadas» da autora Amélia Rei, ocorrido no passado 22 de Junho, em Foios e ao qual o escritor Sérgio Paulo da Silva não pôde assistir, é com todo o orgulho e prazer que publicamos aqui o texto por ele enviado para a ocasião, cujo conteúdo, para além da riqueza de ideias e beleza literária, é digno de reflexão.
No próximo Domingo, 29 de Junho, o Arcebispo de Évora, D. José Sanches Alves, vai receber o pálio das mãos do Papa Bento XVI. Trata-se de insígnia litúrgica própria dos Arcebispos metropolitas.
Para além do arcebispo português, natural da Lageosa da Raia, concelho do Sabugal, estarão presentes no Vaticano outros arcebispos de todo o mundo para igualmente receberem a insígnia.
A imposição do Pálio terá lugar no altar da confissão da Basílica de São Pedro, sendo o mesmo uma faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda. Trata-se de uma insígnia litúrgica de «honra e jurisdição», que apenas pode ser envergada pelo próprio papa e pelos Arcebispos Metropolitas nas suas igrejas e nas da sua província eclesiástica.
A lã do palio é de dois cordeiros brancos benzidos pelos Papas na memória litúrgica de Santa Inês, a 21 de Janeiro. Simboliza o Bom Pastor que leva nos ombros o cordeiro.
O arcebispo metropolita preside a uma província eclesiástica constituída por diversas dioceses.
plb
Continuamos deambulando pelo «Manual Político do Cidadão Português», obra escrita por Trindade Coelho em 1906, altura em que o regime monárquico liberal dava os últimos suspiros, estando o Partido Republicano em plena ascensão. Nesta ocasião fazemos referência ao processo eleitoral então vigente.
A capacidade eleitoral era restrita aos cidadãos portugueses maiores de 21 anos, domiciliados no território nacional, que cumprissem uma de duas condições: soubessem ler e escrever ou fossem colectados em verba não inferior a 500 réis. Em consequência da reforma eleitoral de 1901, de autoria de Hinze Ribeiro, a democracia havia mesmo regredido, pois até aí também eram eleitores os cidadãos que fossem chefes de família, embora não soubessem ler e escrever.
As eleições legislativas disputavam-se em círculos uninominais (em que se elegia apenas um deputado) e plurinominais (onde cada lista continha vários nomes e eram eleitos vários deputados). O escrutínio era secreto. Aberta a mesa de voto, era feita a primeira chamada dos eleitores, votando os que estavam presentes. Após a votação destes, seguia-se uma segunda chamada, designada «chamada geral», dos que não tivessem votado. Duas horas depois da «chamada geral» o presidente da mesa perguntava se havia mais alguém que pretendesse votar. Após a votação seguia-se o escrutínio dos votos, o qual não poderia prosseguir após o sol-posto.
Curioso era o modelo de requerimento de quem pretendia recensear-se por saber ler e escrever:
Ex.mo Senhor Secretário Recenseador: – F. filho de fulano e de fulana, natural de… de tantos anos de idade, estado, profissão, morador há mais de seis meses na rua de…, n.º…, andar, freguesia de…, desejando a sua inscrição no recenseamento por saber ler e escrever, como prova com esta petição feita e assinada pelo seu próprio punho: P. a v. ex.ª se digne mandá-lo inscrever na relação dos eleitores da sua freguesia. – E.R.M. – Data – Assinatura.
O requerimento tinha que ser escrito e assinado pelo requerente, ou na presença de tabelião, que o certificava. Outra forma era redigi-lo na frente do pároco, que o atestava sob juramento, sendo depois a identidade do requerente corroborada pelo regedor da paróquia. Ao requerimento deveria juntar-se certificado de idade, passado pelo pároco, e atestado de residência na freguesia há mais de seis meses, passado pelo regedor.
Trindade Coelho, homem de ampla visão, tece fortes críticas ao facto de não existir ainda o sufrágio universal. Afirma-se apoiante de uma reclamação do Partido Republicano, que exige uma mudança:
«Os abaixo assinados, membros de todas as classes sociais e representantes de todas as opiniões políticas, reclamam uma reforma eleitoral que, baseada no sufrágio universal, e consignado na autonomia política das cidades e a proporcionalidade de representação, permita a intervenção de todos os agrupamentos partidários na gerência dos negócios públicos».
Passado um século, podemos observar, quanto a monarquia constitucional estava longe de proporcionar ao país um sistema eleitoral democrático.
plb
A Capeia da Festa de São Pedro ainda tem uma vida curta, visto ter início apenas em 2004, quando os Mordomos deste ano, resolveram implementar esta jovem tradição, regressando à velhinha praça, no centro da povoação.
