A notícia vem estampada na edição de hoje, 17 de Junho, do jornal Público, onde se refere que depois da vinda massiva de médicos espanhóis no final da década de 90, os mesmos estão a regressar progressivamente ao seu país, aliciados pelo governo espanhol que lhes oferece agora melhores condições para o exercício da profissão.
No Centro de Saúde do Sabugal trabalham actualmente dois médicos espanhóis e também estes poderão aceitar os incentivos, seguindo os passos de um outro colega que há pouco tempo regressou a Espanha.
A notícia do Público, que se reporta sobretudo à situação vivida no Norte, Alentejo e Algarve, originou uma outra, da Agência Lusa, que procurou saber junto da sub-região de saúde da Guarda qual o ponto da situação.
Apurou-se então que são actualmente 20 os médicos espanhóis que prestam serviço em unidades de saúde do distrito da Guarda, colmatando a falta de clínicos nacionais em várias áreas. Isabel Coelho, coordenadora da sub-região de saúde, referiu que ao nível dos centros de saúde, há 10 clínicos a prestar serviço no distrito: um em Almeida, um em Fornos de Algodres, dois no Sabugal, um em Seia, quatro na Guarda e um em Vila Nova de Foz Côa. Os outros 10 prestam serviço no Hospital Sousa Martins, na Guarda, nos serviços de medicina, cirurgia e pediatria.
Em Espanha a carência de médicos e enfermeiros nas unidades de saúde obrigou as autoridades a aliciar esses profissionais radicados em Portugal para regressarem a casa. Porém a responsável da sub-região de saúde não se manifesta muito preocupada com o alerta, uma vez que «a grande avalanche de saídas foi há mais de meio ano».
Nessa altura cinco clínicos regressaram a Espanha, «mas uma médica já regressou ao centro de saúde de Vilar Formoso». Os outros, que saíram definitivamente, prestavam serviço nos centros de saúde de Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Trancoso e Sabugal.
«Espero que a situação tenha estabilizado», admitiu a responsável à Lusa, esclarecendo que os médicos espanhóis que se mantêm ao serviço em centros de saúde do distrito são oriundos de Castilla y Léon e da Galiza.
Considerou que apesar de os médicos ainda não terem dado indicações de tencionarem abandonar Portugal, “são emigrantes e a qualquer momento podem querer regressar”.
Daí que Isabel Coelho tenha, neste momento, «uma preocupação relativa» em relação à presença dos clínicos espanhóis. «Há sempre um grau de preocupação, até porque são pessoas que, de um momento para o outro, podem decidir regressar à sua terra», concluiu.
plb
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