Um aluno da Escola EB2/3 do Sabugal foi acidentalmente cortado na mão com uma arma branca (borboleta) por outro colega. O incidente ocorreu na segunda-feira, 5 de Maio, durante uma brincadeira de mau gosto no início de uma aula da manhã e com a professora ainda ausente da sala.
Um aluno da escola EB2/3 do Sabugal foi ferido na mão por outro colega, esta segunda-feira, 5 de Maio, durante uma brincadeira de mau gosto com uma arma branca (borboleta) dentro da sala de aula. A professora encontrava-se ausente quando o incidente ocorreu.
Após telefonema do aluno ao encarregado de educação, este dirige-se à Escola onde vê o seu filho com um corte preocupante na mão esquerda.
Após passar pela GNR e pelo Centro de Saúde onde foi suturado com 6 pontos regressaram à Escola onde com a insistência natural de um pai preocupado, se procedeu a uma averiguação mais aprofundada do acontecimento, resultando então não uma mas sim duas apreensões de arma branca na mesma turma.
Sendo que comprovadamente esta não é uma turma «difícil» facilmente chegamos à conclusão através de uma simples aritmética do potêncial bélico existente em todo o recinto Escolar.
Ficou uma chamada de atenção às autoridades, sobre as quais recai um papel decididamente dissuasor.
O maior reparo que faço ao ambiente escolar é o conformismo transversal dos adultos que de uma forma totalmente irresponsável e com total falta de sensibilidade para os cargos que ocupam, actuando apenas quando empurrados pelas circunstâncias.
Fechando os olhos, desviando o olhar ou olhando para o chão é a fórmula encontrada para viverem esta vida. Que podemos esperar de jovens que crescem no meio destes adultos? Que tenham civismo?
Que tornem esta sociedade um pouco melhor? Não me parece…
António Moura
Amigo Ramiro
Em 2008 do século XXI não sei se é uma questão de honra andar com navalhas na escola.
Mas também é verdade que um corte de navalha dói sempre menos quando é feito na mão dos filhos dos outros.
Eu, como pai, estou completamente de acordo com o senhor Procurador-Geral da República, Fernando Pinto Monteiro, e considero gravíssimo que se levem pistolas ou navalhas para dentro dos estabelecimentos de ensino. No Sabugal ou em qualquer outra escola do País.
E se juntarmos a isto a violência doméstica a idosos que parte dos próprios familiares tinhamos pano para mangas.
Um abraço,
José Carlos Lages
Escrevo este comentário sabendo que não vou ter o apoio de muita gente…
Tenho 55 anos e ao contrário do Pinto Monteiro tenho de dizer que sempre fui com armas brancas para a Escola e para o Colégio. E com muita honra, pois quando eu era criança uma das provas de “ser crescido” era ter uma navalha, normalmente dada pelo avô…
E quem nunca jogou ao “triângulo” no recreio da Escola (agora já não é em terra batida porque os meninos se sujavam…), também nunca roubou facas à mãe… Eu roubei e ganhei alguns jogos com a ponta afiada de uma faca corticeira.
Também já não se lembram dos peões com bicos de prego para melhor “malhar nos outros”, mas que em si mesmo eram uma terrível arma branca…
E o meu amigo Zeca Carriço ainda se deve lembrar da tranca de porta que lhe mandei à cabeça, e que o levou ao hospital a sangrar abundantemente.
Crianças são crianças…
Eu sei que hoje a realidade é outra, os problemas são diferentes, mas não façamos de um incidente um crime que até já envolve os professores…
Ramiro Matos