A comunicação é de facto muito fascinante. Como num modelo cibernético cada crónica que é publicada nesta coluna de opinião, provoca reacções e feed-back, na forma de i–meils* no meu endereço electrónico.

A Associação Industrial Portuguesa e a sua congénere espanhola anunciaram ontem, 30 de Maio, a criação de um Observatório Empresarial Luso-Espanhol, o qual terá como objectivo acompanhar os indicadores económicos das regiões transfronteiriças dos dois países.
Foram entregues esta sexta-feira, 30 de Maio, no Terreiro do Paço, em Lisboa os prémios da iniciativa «Tree Parade’08». A Escola EB 2,3 do Sabugal conquistou o segundo lugar na «Categoria 2» e o Jardim de Infância do Soito ficou em terceiro na «Categoria 1».
Os alunos e professores do concelho do Sabugal estão de parabéns. No «Tree Parade’08» receberam dois dos nove prémios possíveis entre 178 candidaturas. A Escola EB 2,3 do Sabugal, representada por Carla Pereira e Tânia Alves, recebeu das mãos do ministro da Agricultura, Jaime Silva, o prémio correspondente ao segundo lugar na «Categoria 2» do «Tree Parade’08». As representantes do Jardim de Infância do Soito, Conceição Pelicano, Teresa Vaz e Teresa Peres Monteiro, receberam igualmente das mãos do governante o prémio correspondente ao terceiro lugar na «Categoria 1».
A responsável da Câmara Municipal do Sabugal pelas candidaturas, Carla Pereira, demonstrava no final grande satisfação pelos resultados alcançados. «Tivemos pouco tempo para organizar as candidaturas das nossas escolas. Apenas conseguimos entregar os 32 processos dois dias antes de terminar o prazo. Mas valeu a pena. Participaram na pintura das árvores entre 600 a 650 crianças. Estamos muito contentes com os dois prémios alcançados», declarou a representante da autarquia ao Capeia Arraiana no final da entrega dos prémios.
Durante a cerimónia foi ainda possível ouvir o ministro da Agricultura, Jaime Silva, destacar os dois prémios alcançados pelas escolas do concelho do Sabugal.
No âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI) a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) promoveu a iniciativa Tree Parade’08, tendo como público-alvo a população escolar. No concelho do Sabugal participaram todos os Jardins-de-Infância e EB1 no escalão «Categoria 1» e foram todos seleccionados para participarem. Para além dos mais pequenos, participam também na «Categoria 2» do concurso a EB23 do Sabugal e o Externato Secundário do Soito. Foram aprovadas para participar no concurso todas as 31 candidaturas sabugalenses. Foi, posteriormente, entregue a cada escola, uma árvore suporte com cerca de 1,50 m de altura, para que a população escolar a pintasse de forma a cumprir o lema «Floresta, Fonte de Recurso».
Em declarações ao Capeia Arraiana, Dina Ribeiro, da DGRF, salientou «a grande adesão das escolas ao desafio e em especial do concelho do Sabugal, um dos mais participativos a nível nacional, que resultou na conquista de dois dos nove prémios atribuídos».
Participaram cerca de oito mil alunos de 165 escolas com 178 trabalhos tendo resultado numa pré-selecção a escolha dos 60 melhores que foram avaliados por um júri convidado.
«Dividimos os trabalhos em três categorias e atribuímos três prémios a cada uma delas. Esta parceria entre a Direcção-Geral da Inovação e do Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação e a Direcção-Geral dos Recursos Florestais tem como objectivo sensibilizar a população escolar para a defesa da floresta contra incêndios através da criatividade abordando na escola os recursos e a floresta», afirmou ainda Dina Ribeiro.
jcl
E pronto!… Lá vamos, novamente, ao Campo Pequeno.
Aí está, a grande e desejada Capeia Arraiana no Campo Pequeno, que tem vindo a ser propalada nestes últimos tempos, com vários artigos e comentários dos muitos que nos contactam, seja por telefone, mail ou pessoalmente.
Esta Capeia de Lisboa é de todo o Concelho, sendo programada e estudada o melhor possível, apesar de algum atraso, reflectindo-se no tempo desejado para se preparar convenientemente, embora tudo fosse feito a pensar em si, amigo conterrâneo do Sabugal.
Tem sido uma correria contra o tempo, com a adrenalina a subir, a cada dia que passa, para que tudo esteja operacional neste sábado, que se deseja uma grande jornada de convívio e emoção sabugalense, cá para estas bandas da Capital, nada que já não tivéssemos vivido desde o longínquo ano de 1978, conforme a grande reportagem fotográfica do nosso saudoso amigo João Leitão assim o atesta, neste Blogue.
Os conselhos são os mesmos de sempre, para os mais afoitos com os touros, toda a cautela é pouca, com o pé ligeiro sempre à mão de semear, não vá o diabo do touro fazer das suas. Apesar de tudo, temos de confessar a confiança nos nossos rapazes, ou não estivessem eles bem habituados a estas lides, lá para os nossos lados.
O que é mais importante, em todas as Capeias, para além da ousadia da rapaziada, é chegarmos ao fim do espectáculo, sem que tenhamos algo a lamentar, aliás, o aviso no Cartaz é bem explicito, mas como a nossa rapaziada é solidária, auguramos uma boa jornada, como não podia deixar de ser.
Com imensas Capeias vividas, acrescidas de responsabilidades directas, vive-se a 200 à hora, o coração palpita, para aí, o triplo, o desgaste é tremendo, esperando o final das ditas, respirando um alívio retemperador, como é bom senti-lo, ao encerrar o último touro. A confiança e a serenidade habituais servem de tónico especial, para que tudo decorra dentro da normalidade, assim o desejamos e, melhor, o esperamos.
A Casa do Concelho de Sabugal não regateará esforços, como sempre, para que tudo decorra dentro da bitola habitual a que nos habituámos nos últimos tempos, pedindo alguma compreensão e boa vontade a todo o pessoal, embora não descaracterizando nunca os hábitos da raia, antes servindo para os reavivar cada vez mais.
O desejo de todos será o nosso também, uma boa jornada de propaganda do cantinho de todos nós, que mexe com as nossas entranhas, quer lá estejamos, quer cirandemos por aqui e ali, mas que sempre lá regressamos, tantas vezes, quantas as desejamos, desfrutando do que melhor nos proporciona a nossa terra.
O Sabugal não é só Capeias, é bem verdade, antes é um misto de todo um manancial de usos, costumes, boa gastronomia, bons ares, boa gente e tudo o mais, que por lá existe, que não é tão pouco como isso, apesar dos pesares, bem entendido.
Quem lá vive, sabe melhor que ninguém, aos outros, à distância, resta-lhes suspirar! …
«Ecos da Aldeia», opinião de Esteves Carreirinha
estevescarreirinha@gmail.com
Realiza-se hoje, 30 de Maio, e prolonga-se pelos próximos dois dias, a segunda edição da Feira das artes e da Cultura, também designada por Festa do Bacalhau, em Almeida.
O fiel amigo vai ser o rei da gastronomia nos restaurantes de Almeida e o grande chamariz de pessoas à vila amuralhada durante este fim-de-semana. Esperam-se sobretudo espanhóis, que virão chamados pelo sabor divinal do bacalhau português, e que certamente aproveitarão para observarem a feira e visitarem a vila e os povos vizinhos.
A iniciativa é da Câmara Municipal de Almeida, que preparou um programa repleto de actividades nos três dias do certame. Ao nível musical realça-se a actuação de Quim Barreiros, às 23 horas de sábado. Na noite de sexta o espectáculo será por conta do grupo espanhol Malibu e no domingo por conta do grupo nacional Êxitos do Passado.
Há actividades de pintura, com a designação «Pintar Almeida», uma concentração de autocaravanistas, exposições de pintura, lançamento de um livro, animação de rua, e actuação de grupos folclóricos. Também haverá um encontro gastronómico promovido pela «Confraria dos Aromas e Sabores Raianos», cuja entronização está agendada para a hora de almoço de sábado. Depois realiza-se uma palestra sobre o bacalhau, com a presença do professor Reis Torcal.
Valerá a pena dar uma saltada a Almeida no fim-de-semana, para provar as variadas ementas do fiel amigo.
plb
Estivemos no Soito, à conversa com o presidente da Junta de Freguesia, José António Mendes Matias. Com 41 anos de idade sente o peso da responsabilidade por ter ascendido ao lugar de presidente da Junta em consequência do pedido de demissão do presidente eleito. Porém manifesta-se decidido a fazer obra em prol do Soito e dos soitenses no ano e quatro meses que tem pela frente até ao final do mandato.
A revolta do povo do Soito face à antevisão de encerramento da estação de correios, trouxe o jovem autarca para a ribalta, cabendo-lhe liderar as difíceis negociações com a Administração dos CTT. Os contactos que estabeleceu e as posições que aí defendeu, levam-no a acreditar numa solução digna e justa para o Soito. E nisto sente que não está só. Todo o povo da vila raiana, o presidente da câmara e os eleitos da assembleia de freguesia, têm-no apoiado nos dias difíceis que tem vivido.
– Como correram as negociações com a administração dos CTT?
– As negociações correram bem, tendo sido muito importante o apoio que o povo deu com a exigência de manter o posto aberto. A Dra Manuela de Portugal, em representação da administração dos CTT, colocou os seus pontos de vista e nós colocámos os nossos, abertamente. Por enquanto o horário diário fica com menos duas horas, mas garantimos que a estação abre de manhã e de tarde. A empresa vai realizar um estudo acerca do serviço prestado e se o tráfico de correspondência e os demais serviços o justificarem ficou a promessa de no final de Junho se regressar ao horário normal. Agradeço muito à população a mobilização e a luta, assim como o apoio da Câmara Municipal, pois só assim houve condições para se fazer a negociação.
– Como tem vivido a nova, e certamente inesperada, missão de presidir à Junta de Freguesia?
– Tem sido uma boa experiência. Tenho mantido um diálogo permanente com a população e tenho contado com o apoio de muita gente, mesmo da parte dos membros da Assembleia de Freguesia, que são muito exigentes, mas também demonstram compreensão. Esta manifestação recente do povo do Soito contra o encerramento dos correios ajudou a deixar claro que somos um povo unido, capaz de lutar a uma só voz pelas causas justas e de levar a água ao moinho.
– Quais os projectos que tem para a freguesia neste período de pouco mais de um ano para o termo do seu mandato?
– Queremos construir um parque de merendas. Já temos o projecto concluído e contamos lançar a obra dentro de pouco tempo. Também esperamos construir um ringue para a prática desportiva num terreno da Junta de Freguesia, tendo já propostas e orçamentos que estão em análise. Em Agosto iremos receber aqui o Festival do Forcão, pois já garantimos que a iniciativa vai passar a realizar-se alternadamente entre Aldeia da Ponte e o Soito, compromisso que ficará registado na acta da reunião de preparação do Festival. Também queremos divulgar mais o Soito para que mais pessoas o visitem. No próximo fim-de-semana vamos receber aqui 60 franceses, vindos de Le Porge, cidade com que nos geminámos há uns anos. Vêm aqui para conhecer o Soito e nós vamos mostrar-lhes também todo o concelho do Sabugal, tendo já preparado um roteiro. Aproveitando a ocasião convidámos também para virem ao Soito os alcaldes de Navasfrias e de Hoyos, bem como o presidente da associação de Coria, tendo eles confirmado já a sua presença. Isto é muito importante para o diálogo transfronteiriço que queremos promover.
– Tem mantido contactos com esses autarcas espanhóis?
– Conheci essa gente de Espanha aqui há umas semanas e de uma forma muito curiosa. Estive em Hoyos com o professor Zé Manel, presidente da Junta dos Fóios, para assistir à geminação, eles dizem hermanamiento, entre Hoyos e Saint-Verge, localidade francesa, e reparei que eles não se entendiam quando queriam conversar. Ora como eu conheço bem a língua francesa, ofereci-me para tradutor, tendo ficado muito satisfeitos e acabando por ficar amigo de todos eles. Por isso lhes enviei o convite para virem aqui ao Soito no próximo fim-de-semana.
– E de que forma pensa tirar maior partido dessas relações com os autarcas de Espanha?
Pensamos estabelecer pontes de contacto, seja através de convívios ou através de realizações em parceria, a nível cultural e desportivo, por exemplo. Temos até a ideia de estabelecer um protocolo de geminação entre as freguesias raianas do concelho do Sabugal e as de Espanha, o que pensamos ser melhor do ter apenas relações pontuais a nível bilateral. Todos juntos podemos fazer muito trabalho válido para os povos dos dois lados da fronteira.
– O que pensa o Centro de Negócios Transfronteiriço que está a ser construído no Soito pela Câmara Municipal no local da antiga fábrica da Cristalina?
– É uma boa iniciativa, que certamente contribuirá para o desenvolvimento do Soito e do concelho do Sabugal. Trata-se de uma importante mais valia para nós, que em breve dará os seus frutos.
– Porém, pelo que se sabe, os empresários do Soito ainda não aderiram à ideia de ali se fixarem.
– É natural que de inicio haja alguma resistência, mas não é verdade que os empresários do Soito rejeitem de todo instalar-se no local. Há mesmo já alguns interessados, que estou em crer que em breve decidirão instalar-se ali.
– Com tanta azáfama e tanto empenho enquanto presidente da junta, advinha-se já que será candidato pelo PSD nas próximas eleições autárquicas?
– Sinceramente, nunca pensei nisso, nem quero por agora pensar. Apenas pretendo levar por diante o meu trabalho e isso não me vai perturbar.
plb
Um armazém de vinhos, uma óptica, uma clínica de saúde, um banco e uma serralharia espanhola, são para já as actividades que manifestaram interesse em ocupar lugares no «Centro de Negócios Transfronteiriço do Soito», estrutura que a Câmara Municipal do Sabugal está a concluir no local onde existiu a fábrica de refrigerantes da Cristalina.
A garantia foi dada ao Capeia Arraiana, por Manuel Rito, presidente do Município, que além do mais tem já também como certa a instalação de um museu com os bonecos articulados de José Oliveira, artesão do Soito que durante anos esteve ligado ao projecto da Cristalina. Para o edil, este é já um bom começo, talvez o suficiente para quebrar alguma relutância por parte dos empresários locais. «Temos aqui as melhores condições, pelo que espero que em breve os lugares venham ser ocupados, podendo também os empresários beneficiar dos incentivos que a Câmara oferece para os que aqui se instalem», disse o presidente.
A construção estará concluída daqui a um mês, segundo garantias do construtor. O complexo tem dois pisos e espaçosa nave central. É constituído por 13 grandes armazéns com escritório de apoio e espaço para parquear viaturas de grande porte, com acessos directos pelas traseiras. Tem também escritórios independentes, sanitários públicos, vestiários para funcionários, sala de reuniões comum, ponto de Internet, banco, hipermercado, museu, espaço de venda de artesanato, café e restaurante localizado junto à entrada principal.
«Isto era uma autêntica lixeira, um perigo do ponto de vista ambiental. Só por isso já valeria a pena a construção e a requalificação do espaço», acrescenta o autarca, visivelmente satisfeito.
plb
Estão abertas as inscrições para mais um autocarro especial da «Viúva Monteiro» para a Capeia Arraiana do Campo Pequeno.
Os dois autocarros da Associação dos Amigos de Ruivós, em conjunto com as Associações de Vale das Éguas, Ruvina e Aldeia da Dona, estão esgotados. O autocarro organizado pela Junta de Freguesia de Alfaiates presidida por Francisco Baltasar está esgotado. O autocarro organizado pela Junta de Freguesia e pela Associação dos Fóios está esgotado. Mas os telefonemas para a Casa do Concelho do Sabugal à procura de lugares nas excursões para assistir à Capeia Arraiana no Campo Pequeno têm aumentado nos últimos dias.
A Direcção da «Casa» entrou em contacto com a administração da empresa de camionagem sabugalense Viúva Monteiro dando-lhe conta da situação. De imediato e demonstrando grande capacidade de decisão e sentido de gestão por parte da responsável da «Viúva», Ana Fantasia, ficou combinado criar mais um serviço especial de transporte para o próximo sábado, 31 de Maio. Os organizadores das restantes excursões são, aliás, unânimes em destacar o excelente relacionamento e disponibilidade da empresa Viúva Monteiro na ultrapassagem das dificuldades surgidas e nas condições especiais do orçamento das viagens.
São, portanto, boas notícias para aqueles que já começavam a desesperar ou a procurar meios alternativos para se deslocarem a Lisboa.
O quinto (e último) autocarro da Viúva Monteiro ainda tem lugares disponíveis para marcação prévia. Os interessados devem dirigir-se aos escritórios da empresa para reservar o lugar para o expresso especial que sai às 7.30 da manhã de Vale de Espinho e fará uma paragem no Largo da Fonte, no Sabugal. A saída em direcção ao Campo Pequeno está prevista para as 8 horas.
Aproveite a último oportunidade e faça parte da festa sabugalense que terá início a partir do meio-dia nas instalações desportivas que se encontram junto ao Campo Pequeno. No espaço junto ao ringue de futebol haverá assadores com lenha, serviço de bar e venda de enchidos e pão para todos os queiram fazer um piquenique depois da viagem e antes de entrarem na monumental Praça de Touros do Campo Pequeno.
A Direcção da Casa do Concelho do Sabugal recorda a todos os autarcas e dirigentes associativos do concelho que poderão integrar o desfile inaugural do «pedido da praça» desde que se façam acompanhar do respectivo estandarte ou bandeira.
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jcl
O tema proposto é «Ambiente e Sustentabilidade em Meio Rural». A sessão de esclarecimento está marcada para 14 de Junho, entre as 9 e as 13 horas, no Auditório Municipal do Sabugal.
A defesa e preservação do Ambiente é um tema abrangente e que deve mobilizar todos os cidadãos preocupados com o futuro e… com o presente.
Com entrada livre para todos os interessados no Auditório Municipal do Sabugal irá decorrer no dia 14 de Junho, entre as nove e as 13 horas uma sessão de esclarecimento subordinada ao tema «Ambiente e Sustentabilidade em Meio Rural».
O evento contará com a participação de Eva Santos (Biofutura), João Martins (Valorfito), Carla Pereira (Câmara Municipal do Sabugal), Rosa Pereira (Regriconduta) e Sara Figureiredo.
Os temas a abordar serão as «Boas Práticas Agrícolas», a «Gestão de fitofarmacêuticos, o «Enquadramento legal da gestão de resíduos florestais, queimadas e queimas», as «Energias Renováveis e a microprodução», a «Certificação Ambiental» e finalizará com uma mesa redonda com todos os intervenientes e a assistência.
«Com o aumento da poluição atmosférica e consequente alargamento do buraco na camada de ozono, frutos da cada vez maior competitividade e consumismo da sociedade moderna, olhar pelo meio ambiente torna-se numa atitude indispensável a cada um de nós», alerta a organização a cargo da Regriconduta.
«Não ignore o meio ambiente. Participe!» é o lema deste importante debate.
jcl
A «70.ª edição da Volta a Portugal edp» foi apresentada oficialmente no Museu da Electricidade em Lisboa. A prova com quase 1600 quilómetros realiza-se entre 13 a 24 de Agosto. Inclui a tradicional subida à Torre na terceira etapa e a ligação entre a Guarda e Viseu na etapa seguinte. Após um dia de descanso os ciclistas partem de Gouveia em direcção a São João da Madeira.
«Exposições 2008» é uma iniciativa da delegação do INATEL da Guarda que desafiou os centros culturais e desportivos de modo a realizar exposições sobre as suas próprias actividades.
A delegação do INATEL da Guarda desafiou os centros culturais e desportivos a integrarem o projecto «Exposições 2008» com mostras organizadas com as suas próprias actividades.
Aderiram este ano a esta iniciativa a desenvolver na sede dos grupos ou em espaços das suas localidades os seguintes grupos com as exposições abaixo indicadas:
– Rancho Folclórico de Gouveia – «As nossas memórias», de 7 a 30 de Junho na Tasca do António Cacho.
– Grupo de Amigos do Manigoto – «O Manigoto com Vida», de 22 de Maio a 22 de Junho na sede do Grupo.
– Centro Social Cultural e Recreativo de Paranhos da Beira – «A vida de um Centro Cultural», de 6 a 27 de Julho na sede do Centro.
– Centro Cultural de Famalicão – «Sentidos, retrospectiva de um projecto cultural (1991 a 2008)», no mês de Julho na sede do Centro.
– Rancho Folclórico de Vinhó – «Três décadas de recolhas», de 5 de Julho a 5 de Agosto na sede do Rancho.
– Rancho Folclórico de Vila Nova de Tázem – «Vinha e vindima», de 18 de Maio a 8 de Junho na sede do Rancho.
– Rancho Folclórico de Seia – «28 anos de cultura etnográfica», de 10 a 29 de Junho na sede do Rancho.
– Associação Juvenil Os Bazófias de Vale de Azares – «Os Bazófias», de 6 a 30 de Julho no Centro Cultural de Celorico.
Para lá destes períodos, as associações poderão fazer circular as exposições pelas outras associações em períodos entre 15 dias e um mês, se para isso forem solicitadas.
Joaquim Igreja
(Coordenador cultural do INATEL da Guarda)
É já neste domingo, dia 1 de Junho, no dia a seguir à Capeia Arraiana no Campo Pequeno, da Casa do Concelho do Sabugal que vai ter lugar na Escola Agrícola da Paiã, na Pontinha, o tradicional «Pic-nic de Aldeia da Ponte em Lisboa».
Como manda a tradição, esta realização anual já se realiza há mais de 50 anos, inicialmente com o encontro de conterrâneos, num restaurante da zona de Lisboa, para um almoço, prolongando-se durante a tarde.
A partir do ano de 1973, deu-se a mudança para «pic-nic», com o primeiro, desta nova era, a ser efectuado no Parque de Monsanto, casa habitual dos «pic-nics» da nossa Aldeia.
Há uns anos a esta parte, as dificuldades em conseguir Monsanto têm-se tornado difíceis ou incompatíveis com os anseios da nossa gente, por um motivo ou por outro, razão pela qual se tem variado o local de realização, cada ano que passa.
Como habitual, o programa contempla todos os ingredientes inerentes a esta realização, com a abertura do jogo de futebol, «Casados-Solteiros», seguindo-se o almoço.
Pela tarde, a criançada terá as suas afamadas corridas, bem como os jogos habituais para os adultos, seguindo-se o convívio habitual destas realizações.
Esteves Carreirinha
A Liga dos Amigos de Aldeia de Santo António, freguesia do concelho do Sabugal, tem em fase final a instalação do lar de idosos da freguesia, que dentro de um mês estará em pleno funcionamento.
«Falta apenas mobilar os quartos para que o lar receba os primeiros utentes», informa-nos Joaquim Ricardo, presidente da Liga e grande mentor do projecto do lar. Mesmo sem apoios oficiais de importância, o sonho tornou-se realidade graças ao esforço da população que deu donativos para a construção do edifício. Outra parte do financiamento obteve-se por empréstimo bancário, e o lar aí está pronto a entrar em funcionamento. Os idosos terão ali um local de acolhimento, que aposta no conforto e na dignidade de cada hóspede.
Com um investimento total que rondou um milhão de euros, construiu-se uma casa de grande dimensão, com piso térreo e primeiro andar. Para além do almejado lar, o edifício tem outras valências, como um espaço para ocupação dos tempos livres das crianças da freguesia, refeitório, lavandaria, auditório, gabinete médico, salão de convívio e sede da associação. Na envolvência do edifício há um espaço ajardinado, uma horta e uma pequena mata de carvalhos, onde os idosos poderão passar parte do tempo.
O lar tem um total de 14 quartos, sete individuais e sete duplos, todos com uma varanda exterior privativa e casa de banho. Pintados com cores vivas, os espaços são amplos e acolhedores, com sistema de aquecimento e lugar para guarda de haveres. «Temos a certeza que as pessoas se sentirão aqui bem acomodadas, e para muitas em melhores condições que em suas próprias casas», declarou Joaquim Ricardo, que se mostra satisfeito por ver chegar ao fim uma obra de vulto, que se iniciou em Agosto de 2005.
O seu orgulho é toda a obra, mas gosta especialmente de mostrar o auditório, um espaço onde cabem algumas dezenas de pessoas. «Poderemos exibir aqui filmes e realizar colóquios, mas o que verdadeiramente pretendo é criar neste espaço um local para formação de temáticas ligadas a esta área do apoio social», declara-nos o presidente da Liga, que conta lançar em breve a «última pedra» da construção, numa cerimónia formal e simbólica que marcará o fim dos trabalhos de instalação.
plb
Foi recentemente assinado no Sabugal o protocolo entre a Câmara Municipal, a Casa do Concelho e a Cooperativa Agrícola que irá permitir concretizar a abertura de uma loja de produtos raianos sabugalenses em Lisboa.
Vilar Maior – Não é… mas tem todos os atributos necessários para ser considerada uma genuína aldeia histórica. Processos burocráticos impedem que se concretize a justíssima candidatura. A Câmara Municipal do Sabugal delegou na Junta de Freguesia de Vilar Maior autonomia total na execução da renovação das infra-estruturas do espaço público. A verba disponibilizada para a freguesia atinge o invulgar valor de um milhão e quatrocentos mil euros.
As obras são sempre chatas. Especialmente quando são levantados pisos dos arruamentos com as inevitáveis poeiras e lamas. O objectivo é enterrar todos os cabos e fios e acabar com os postes de transporte de energia e telecomunicações. As ruas ficam… medievais e recolocam a povoação nos roteiros do turismo histórico e cultural. Mas a aposta na valorização do património obriga a alguns incómodos para quem reside na aldeia histórica de Vilar Maior. O título ainda não está oficializado por motivos burocráticos mas consideramos que a aldeia acastelada já respeita todas as exigências da sua atribuição.
E, claro, postal ilustrado de aldeia histórica que se preze tem um castelo. O castelo de Vilar Maior, datado do século XIII, parece tomar conta da vila que ostenta a data de 1280 na cerca que a defende. A origem do povoado está referenciado, através de vestígios arqueológicos na Idade do Bronze.
Incorporada no território de Ribacôa conquistado ao reino de Leão por D. Dinis teve direito a foral em 17 de Novembro de 1296. A posse definitiva só se concretizou em 1297 com o Tratado de Alcanices que consolidou as fronteiras da região raiana. O contrato obrigou à reedificação dos castelos de Vilar Maior, Sabugal, Alfaiates, Almeida, Castelo Melhor, Castelo Mendo, Castelo Rodrigo e Pinhel.
Entre 1296 e 1855 foi vila e sede de concelho constitituído pelas freguesias da Malhada Sorda, Nave de Haver, Aldeia da Ribeira, Badamalos, Bismula, Vilar Maior e Poço Velho. Já no século XIX a reforma administrativa acrescentou-lhe Aldeia da Ponte, Forcalhos, Alfaiates, Rebolosa, Seixo do Côa, Vale das Éguas, Ruivós e Valongo.
As estradas da Bismula e de Aldeia da Ribeira encontram-se num entroncamento à entrada da povoação obrigando o viajante a reduzir a velocidade. Um olhar mais atento permite perceber movimentações de máquinas no campo de futebol e o contorno de um edifício de apoio à infra-estrutura. As nossas freguesias vão investindo em bons equipamentos sociais e desportivos. Infelizmente vão faltando as crianças e os jovens que os utilizem.
A estrada segue encosta abaixo rodeada de casas até ao largo central da freguesia incrustada num vale entre a ribeira de Alfaiates e o rio Cesarão que desliza orgulhoso da sua ponte romana. O casario medieval da encosta do Castelo sorri para a fotografia enquanto sente correr por perto o rio Côa.
A visita a Vilar Maior só fica completa com uma conversa com a professora Delfina. Mulher de cultura (e de armas) é uma figura emblemática da freguesia e do concelho a quem ninguém consegue ficar indiferente.
Mas… o nosso objectivo era perceber os melhoramentos e os investimentos em equipamentos sociais na freguesia. A Junta de Freguesia recebeu luz verde da Câmara Municipal do Sabugal para seleccionar as intervenções.
Orçadas em um milhão e quatrocentos mil euros estão em curso grandes obras de melhoramento do visual da aldeia escondendo fios, canos, tubos por debaixo do chão devolvendo uma beleza medieval ao local.
Através da verba de capital foi recuperada a sede da Junta de Freguesia, a Associação local, a escola primária e o espaço Internet.
Por impossibilidade de falar com o presidente da Junta de Freguesia de Vilar Maior, António Bárbara Cunha, ficou por explicar o abandono a que foram votadas, depois de recuperadas, duas casas térreas que já pretenderam ser um museu.
Vilar Maior tem todas as condições para ser uma Aldeia Histórica. A classificação oficial tarda mas a voz do povo tem mais força. Vale a pena (re)visitar a Aldeia Histórica de Vilar Maior.
jcl
Um evento cultural é sempre algo que a maior parte das vezes passa despercebido perante a esmagadora maioria da opinião pública. E todos sabemos porquê.
Em primeiro lugar a cultura não dá lucro, a partir daí é ignorada. Depois a anti-cultura instalada na nossa sociedade tem como principais promotores a televisão e os seus filhos dilectos que são o hedonismo e o relativismo, estes têm como função neutralizar qualquer acto que seja transformador. E não há nenhum acto verdadeiramente cultural que não seja transformador.
Transformador foi o Encontro de Escritores de Terras de Ribacôa que se realizou nos Foios. E transformador porquê? Quem assistiu ao evento reparou com agrado que não foi um simples passatempo nem um entretém banal, naquele espaço que é o Centro Cívico Nascente do Côa, a cultura mostrou-se no seu verdadeiro sentido transcendental, poemas, prosas, história do Concelho, realidade e actualidade do Concelho, textos e improvisos foram hinos à cultura tanto popular como erudita. Um pouco da vasta e profunda cultura espanhola esteve representada por elementos desse mesmo povo.
A sorte do Mundo vai ser ditada nestas pequenas pátrias que são as regiões, como lhes chama esse grande homem da cultura do nosso Concelho e do País, que é Pinharanda Gomes. O nosso Concelho também é uma pequena pátria, dele também sairá um grito de revolta e de protesto para aqueles que nos governam dos quais ainda só tivemos falsas promessas, retórica barata e mais nada.
Um agradecimento sincero a três pessoas. A primeira ao Senhor Presidente da Câmara, que é uma das honrosas excepções à maneira de fazer política, não tem como a maior parte dos que nos governam um programa instalado no cérebro virado somente para a economia, olha mais alto, é um amante da cultura.
Dignidade e resistência tem o promotor deste evento, o Presidente da Freguesia dos Foios, o Professor José Manuel, sempre assim o conheci. A resistência que aqui aludo, é a resistência à tentativa da destruição do Espírito de Abril, ou seja, da Liberdade. É um homem que luta contra a decadência e a regressão destes tempos ditos de modernidade. Não morrerá de todo, ficará como alguém que elegeu um ideal superior, não uma colecção de troféus.
Por fim, um agradecimento a essa mulher maravilhosa que é a Dª. Amélia Rei. Trabalhou e coordenou para que tudo corresse bem, assim como correu. Um bem-haja para ela.
Uma mensagem para todos, sem cultura não há progresso. E se por acaso houver algum, é só o material. E o progresso só material é progresso?
Alguém disse um dia: Há que ser culto para se ser livre.
António Emídio