O fadista Carlos do Carmo, nome prestigiado da canção nacional, vai actuar no Teatro Municipal da Guarda (TMG), com concerto a 25 de Abril, às 21h30, assinalando o terceiro aniversário da instituição.
No dia da Revolução dos Cravos Carlos do Carmo subirá ao palco do TMG, actuando no âmbito da evocação de três anos de existência do TMG, cuja actividade encheu de prestígio a cidade da Guarda.
No texto de divulgação do espectáculo do TMG, diz-se:
Falar de Carlos do Carmo é associar o seu nome ao que de mais genuíno e popular se canta nas ruas de Lisboa, quer seja um simples pregão de varina, um esvoaçar de gaivotas do Tejo ou uma festa popular com sardinha assada.
Na sua voz, andam também de mãos dadas a saudade, os amores não correspondidos, a solidão, a Primavera com andorinhas e os «putos» deste Portugal e ainda a esperança e o futuro.
Carlos do Carmo é acarinhado por um público que o respeita e estima, apreciando nele, além das suas qualidades de grande intérprete e comunicador, as de um homem interessado na evolução da música da sua terra, acreditando na evolução do homem na sua globalidade.
Os seus mais de um milhão de discos vendidos são prova inequívoca disso mesmo.
Carlos do Carmo é um dos artistas portugueses de maior prestígio internacional, tendo levado já o Fado aos quatro cantos do mundo. Recentemente, participou no filme «Fados», do realizador espanhol Carlos Saura, do qual foi também consultor. Por essa participação, recebeu um prestigiado galardão do cinema espanhol, o Prémio Goya de «Melhor Canção Original», para o tema «Fado da Saudade».
Carlos do Carmo será acompanhado no espectáculo do TMG por Ricardo Rocha na guitarra portuguesa, Fernando Araújo no baixo, José Maria Nóbrega e Carlos Manuel Proença na viola.
plb
Nao sou propriamente um apreciador de fado. Reconheço que o Carlos do Carmo é a melhor voz masculina, deste tipo de música, agora com a concorrência do Camané. Carlos do Carmo foi alguem que aprendi a respeitar pelo seu trabalho, registando com agrado os novos caminhos que tentou trilhar dentro deste género musical criando novas roupagens, com a colaboração de António Vitorino de Almeida, maxime no Fado do Campo Grande.
No entanto, nunca conseguirei apagar da minha memória o espectáculo deprimente que o Carlos do Carmo deu no Castelo do Sabugal, vai para uns largos anos num S. João onde em bicos de pés insinuou que não deveríamos fazer barulho, o fado é uma coisa muito séria, já cantei no Olympia, etc, etc…Educador do povo.
A ideia positiva que tinha deste homem apagou-se e dificilmente se alterará. Não tenho dúvidas de que quem for ao TMG assistirá a um grande espectáculo…