Francisco Santos Vaz, brindou-nos com outro livro, desta feira reunindo um conjunto de anedotas, adivinhas, provérbios, passatempos e enigmas, que durante anos foi publicando no jornal Nordeste, de que é director.
O título é «Pantivária», precisamente o nome da rubrica das páginas do Nordeste que mensalmente publica pequenos textos de passatempos e divagações que o tornam mais interessante e o aliviam do forte peso institucional enquanto jornal de inspiração cristã e de índole paroquial.
Pode o assinante do Nordeste ter ou não tempo para o ler de fio a pavio, mas nunca pousa o jornal sem antes ler a coluna com as anedotas, os adágios e os passatempos. Os textos são de pequeníssima dimensão, imperando a economia das palavras, primando pela pontaria, pondo de lado rodeios e desnecessárias explicações. A sua leitura breve deixa invariavelmente o leitor alegre e satisfeito, quiçá até descontraído. Após o dia de trabalho, certamente cansado, retirou o Nordeste da caixa do correio, estirou-se no sofá, abriu o jornal e leu-lhe as «gordas». Se porventura algum texto lhe chamou a atenção deu-lhe uma vista de olhos, mas depressa essa mesma atenção se perdeu nas facécias que o Padre Chico ali colocou. Leu-as com satisfação, compôs um esgar de sorriso e, já relaxado, avançou para a leitura dos restantes artigos. Assim se começa a ler o Nordeste.
Muitas das facécias têm mesmo um sentido pedagógico e até moral, espraiando-se por variadas temáticas. Quanto à origem dos textos, há que dizer que nem tudo saiu da sabedoria e da prodigiosa memória do autor. Ele mesmo confessa: «As fontes são muitas: jornais, revistas, agendas, almanaques, encontros de amigos, conversas…».
Francisco Santos Vaz é natural da Bismula, concelho do Sabugal. Sendo sacerdote, paroquiou em várias terras do concelho, como a Bismula e Alfaiates, sendo actualmente pároco de Águas Belas. É licenciado em Filologia Clássica e foi professor do ensino secundário.
O «Pantivária» é o terceiro livro de Francisco Santos Vaz, seguindo-se a «Nordestinas e Sabatinas» (2003) e «Ao Longo do Caminhar» (2006). Cada publicação reuniu numa temática alguns dos textos que escreveu no Nordeste. Assim os retirou da efemeridade associada à publicação periódica, dando-lhes a merecida perenidade.
As encomendas podem ser feitas ao autor, que também é o editor: Av. 25 de Abril, n.º 32, 6320-345 Sabugal.
plb