Tudo aconteceu no dia 12 de Março de 2008, na Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto. Com o título «9º C em grande!» foi colocado no Youtube um vídeo filmado por telemóvel que mostra uma aluna a agarrar e a puxar o braço da professora de Francês por esta lhe ter tirado o telemóvel.
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Que rapidez a julgar os outros… e de que forma errada e peremptória nos acusa a nós. Acaso imagina que apoiamos estas situações? Não!!!
Nós vivêmo-las por dentro, no terreno, e tomara cada professor não ter alunos destes.
Também não alimento mais as suas afirmações tão assertivas. Isso também é errado.
Ora leia bem e veja lá quando é que aqui alguém desculpou as faltas de respeito ou a violência.
Nada mais tenho a dizer sobre esse monstro e outros como ela. Enquanto os forem desculpando com absurdos pretextos de “depressão”, “vazio”, “frustrção”, “inocente” e os forem mimando com a moda maldita dos “psicólogos” cada vez haverá mais casos deste tipo e pior ainda.
TÊM O QUE QUEREM … porque deixam andar e desculpam o que merece castigo sem sombra de dúvida.
Encerro aqui este capítulo.
Boas surras de jovens a todos os que os desculpam e os mimam. Eles não se fazem sózinhos-são fruto de quem nada quer fazer.
Au revoir valores de moral
Maria de Lurdes, oxalá o João Duarte e eu, por exemplo, consigamos ter sucesso na socialização dos nossos adolescentes.
Eu estou mais de mais de acordo com uma acção preventiva que comece logo cedo a preencher o vazio com valores – já agora, como fala em Deus – cristãos e de respeito e amor pelo outro.
Não, eu não apoio comportamentos disruptivos, por isso vou fazer sempre o que puder para fazer um bom trabalho, apoiando os alunos quando precisam de ser ouvidos e de ouvir. Isso não implica que cultive e apoie comportamentos aberrantes. Nem eu sou permissiva. Nunca seria intolerante pois quero ensinar-lhes exactamente o contrário. Felizmente, os nossos jovens não são todos como descreve mas há-os que são mesmo difíceis. Eu não os posso moldar à minha pessoa, prezo a sua individualidade que espero seja sã e jamais coloque em risco os demais.
Para mim, aulas de sonho voltariam a ter apenas alunos interessados, estudiosos, com metas, sem mostras de falta de carácter, como aqueles que cultivam a violência para a exibirem no Youtube. Pobres tolos! Deveriam antes usar os seus dotes de forma mais útil e criativa. É a minha opinião.
Quanto aos “piercings”, será mais produtivo mostrar-lhes que podem ser prejudiciais à saúde. Eu tenho um brinco em cada orelha e fico-me por aí. Essa é uma forma de expressar a diferença, por parte deles. Alguns nadas têm de estético, mas, acima de tudo, tem de ser uma opção consciente dos riscos.
Sabe o que se discute na margem Sul há muitos anos? Se aos alunos deve ou não ser permitido usar boné na sala de aula. É claro que é falta de educação – muitos nem o sabem/sabiam – e também faz parte da indumentária de determinado estilo. Se for ostensivo, insurjo-me, se for por esquecimento ou estilo, preocupo-me mais com o já célebre telemóvel.
Agora andam a desculpar esse monstro: “Tem cérebro de criança”!!
Fazem-me rir 🙂
Se tem cérebro de criança, então tem de ir para uma creche! Será que os da idade dela se consideram crianças?!
Conheço muita “criança” de 15 anos e menos que já fizeram pelo menos um aborto. Tiveram esperteza de adulto. Outras “crianças” decapitam os bebés no parto e outras aínda põem os bebés nos contentores de lixo.
Isto realmente é demais para mim!
Dêem apoio a situações destas. Defendam essas “crianças”. Conforme eu já disse acima, “Quem pela espada mata pela espada morre”.
Vai haver muito defensor desse monstro, dessa “criança” a passar por situações semelhantes.
Viva o Portugal das “crianças” de 15 anos arrogantes, indisciplinadas, mimadas, egoístas, vaidosas e que Deus vos perdoe a todos por o que andam a preparar para o futuro dos nossos descendentes: enterrados, decapitados, paridos pelas sanitas abaixo. Muitos ds que sobreviverem vão matar os pais e os filhos.
Aleluia.
Cada um pense como quiser.
Eu, pessoalmente, acho grosseira a imagem transmitida por tanta coisa anormal, sim, anormal, que as pessoas hoje acham “giras”. Ninguem nasceu com ferros, tatuagens, etc. Isso são sinais rebeldes. Ideias que foram copiar a tribos primitivas. Macaquinhos de imitação sem ideias próprias. Alguem lembra-se de lançar uma moda, qualquer que seja a caca da moda, e vai tudo atrás do comboio. Uma demonstração de falta de ideias próprias. Mas, se gostam assim, façam o favor…
Contudo, e não é novidade para ninguem, as infecções vão tratando de alguns e contra as infecções ninguem pode protestar pois elas não têm ouvidos, são apenas fruto de uso e abuso.
LIBERDADE não é fazer TUDO o que vem à tola.
Mas, quem sou eu para dizer o que é normal ou deixa de ser?!
Cada um que aguente com as consequências dos seus atos. Eu, simplesmente vou observando!
Cara Maria de Lurdes:
Como sabe sou professor. Defendo que a aluna deveria ser punida. Quanto às considerações sobre os ferros na cara, não posso concordar.
Não tenho nada contra. O que me chateia, aliás, é esta mania do PS de tudo perseguir. Há pouco tempo o Grupo Parlamentar do PS propôs-se regulamentar os “piercings”. Mas eles têm alguma coisa a ver com isso?
Cada um usa o que quiser. Essa mania PIDESCA de tudo controlar chateia-me. É o bucho, as chouriças, os borregos e cabritos mortos fora dos matadouros, o tabaco. Que raio de sociedade é esta?
Sou adolescente da geração de 70, nasci em 1960.
Nos finais dos anos 70 houve os Punks. E até vieram tocar ao Sabugal os Faíscas, que eram a banda Punk do momento. Estive lá.
Usavam cabedal, cabelos espetados, etc. E qual era o problema?
Hoje não há nada, é só porcarias (para mim), telenovelas, “morangos” e quejandos. Não se transmitem valores de pais para filhos. Muitos pais nem estão quase tempo nenhum com os filhos. Alegam falta de tempo, mas para ver a bola têm sempre tempo.
Julgo que nessa época havia mais educação, coisa que hoje falta a muito “teenager”.
Eu , que nunca fui expulso de uma aula, naquela época (onde os malcriados eram postos na rua) não tenho memória de ter visto quase nenhum aluno ser expulso de uma aula, por mau comportamento.
E nessa época já muita gente estudava, muita mesmo. Apesar da escola ainda não estar tão massificada.
Mas hoje é demais, nesse aspecto de falta de educação.
Por isso o que diz o COIMBRA no comentário anterior é verdadeiro. O Homem é produtor e produto do meio. Este “meio” é que anda um pouco fora do sítio.
Maria de Lurdes:
Esquece-se de que o “Homem é produtor e produto do meio”
Não vou responder a nada do que está acima pois não tenho tempo. Vou apenas colocar a minha opinião:
É tão evidente o que se anda a passar no nosso país. Os pais deixaram de ter autoridade sobre os filhos há mais de duas décadas. Estamos numa era em que “ai de quem contrariar o meu pedacinho de cristal.”
Dá-se TUDO aos meninos mimados desde a idade mais tenra. Ninguem ousa contriar a criança mimado. O mimo transforma-se em egoismo; o egoismo em arrogância e assim sucessivamente.
A criança mimada que, quando atinge a idade de se integrar na sociedade, está agora com o vício de mandar nos pais e, até, de lhes bater quando não obedecem ao seus desejos mais infundamentados.
Ora, inevitávelmente, vai exigir o mesmo dos professores e dos colegas. Coitado de quem se apaixona por uma criatura do género dessa.
Acho lamentável andarem por aqui a defender essa criatura e à procura de respostas. É tão obvio o que se passou: a aluna é estupida e indisciplinada. Até me revolta quando leio opiniões em defesa desse monstro.
Uma escola é um local de aprendisagem. Não é um parque nem um jardim zoológico onde se encontram criaturas selvagens e irracionais.
Numa escola os professores vão para ensinar e os alunos para prestar atenção com HUMILDADE E RESPEITO. Só que, humildade e respeito ficaram presos no século passado. Foram substiuidos por EGOISMO, VAIDADE E ARROGÂNCIA. Foi por esta razão que aconteceu o que aconteceu. A professora quis instalar a ordem e a estupida fez-lhe como faz em casa: “Não aceitou disciplina.”
Jovens destes são do tipo de bater nos pais. Estes jovens mandam em casa e querem mandar em todo o lado.
Lindo futuro que o nosso país tem. Filhos dos papás idiotas, sem valores, sem principios. No futuro, vai haver muitos jovens a matar os pais. Mas…vocês assim o querem.
Quem defende esta gaja de 15 anos a agredir uma autoridade, defende o caos social.
Vocês assim o querem assim o vão ter.
Quem pela espada mata pela espada morre. É a lei da natureza.
Quem defender essa gaja pode preparar-se para receber o troco pela mesma moeda.
O que ela merecia, assim como quem não a educou, eram uns bons açoites na praça pública para servir de exemplo para esta sociedade de garotas que vão quase nuas para a escola, os garotos que vão cheios de ferros na cara e nas orelhas, com penteados animalescos…chamam a isto civilização?! Isto é uma vergonha nacional…uma civilização porca.
Maria Luís, afinal estamos todos do mesmo lado.
Boas Festas ALELUIA, como se diz na Raia Sabugalense.
José Manuel de Aguiar, agora falo-lhe num tom absolutamente desencantado e até infeliz. Eu não sei se isso é assim. Honestamente, nem vejo ninguém na escola que esteja ou contente ou sequer optimista ante estas políticas, amigos ou não. Entendo que quando chegarem as quotas, estale o verniz e já imagino esses compadrios de que fala.
Tem sido um pesadelo e eu que estou nesta profissão por dedicação e por ser o que mais gosto de fazer, já senti tudo isto mudar. O que sinto é uma enorme humilhação e desmotivação. Quase tenho de provar ao mundo que posso ser professora. As situações de violência latente são uma constante e, mesmo que sejamos firmes, por vezes há alunos que fazem “birras” histéricas como esta – desculpe mas é o adjectivo que escolho ante tal gritaria da aluna.
Não concordo consigo quando diz que os alunos são indefesos. Não o são, nem tampouco são vítimas. Talvez se tornem em tal quando “tiverem de passar” para o professor não reprovar. Aqui está algo com que não tenciono compactuar. Gostaria de ter o brio de preparar o melhor possível os meus alunos.
A manifestação pareceu-me justíssima. Não se encontra dignidade na figura do professor e o Ministério que deveria proteger-nos faz-nos esta guerra.
O João Duarte tem razão. Agora, repare noutra questão, não é frustrante e triste pensar que se vai ficar na estaca zero, sem subir na carreira, no ordenado (quanto mais não seja porque os preços não nos acompanham e evoluem sempre)? É, certamente.
Também acho que a sra ministra é parte de um todo, não fala só por si, mas aos cidadãos resta protestar, em casa ou em manifestações como a de LX. Quanto às greves o prejuízo é mais para quem as faz, pois fica sem o dinheiro e o governo mantém as suas posições.
Voltando à cena difundida no vídeo, espero, sinceramente, que todos os alunos sejam proibidos de manusear telemóveis nas aulas – não imagina a dependência… Os recadinhos de papel sempre sairiam menos dispendiosos. 🙂 Tem de compreender que é um exagero e a sala de aula não é o cenário mais adequado. Preocupam-me mais os “cameramen” de circunstância. Quando estas coisas acontecem há por aqui uns quantos valores em falta…
Bem, boa Páscoa a todos!
Professor João Duarte:
Nunca afirmei que os professores não têm razão e que a sua luta não é justa. Atenção.
Entendo até que a luta devia ser muito mais radical e o grau de exigência dos professores e da sociedade, em geral, maior.
Como se pode censurar um aluno que copia, quando se admite, pacificamente, -eu não, que o primeiro-ministro nos governe com uma “licenciatura técnica” e “assinaturas arquitectónicas”?
Como podem os jovens, com estes exemplos públicos e no actual estado da arte, não se sentirem legitimados para manifestar, também, a sua revolta? Porquê tanta intolerância com eles? Por serem os mais indefesos?
Quanto à avaliação, propriamente dita, penso que o resultado prático vai ser a promoção indevida de professores dos aparelhos partidários dominantes e dos interesses instalados, acentuando desigualdades em nome da necessidade de avaliar, para afunilar promoções.
O resultado, vai ser aumento da discricionariedade, no sentido negativo do termo, mais injustiça, mais prevaricação e favorecimentos pessoais.
O combate a esta fatalidade, do sistema de avaliação proposto, é que deverá merecer a total intransigência dos professores…
Ó Zé Manel Aguiar:
Tu sabes lá o que os professores foram fazer a Lisboa… Só os professores sabem. Eu fui bem convencidinho que dessa manifestação nunca iria resultar a demissão da Ministra. Mas não sou um politicamente ingénuo. Sei bem que qualquer passo atrás da Ministra representava um passo atrás do primeiro-ministro e isso não podia ser de nenhuma maneira.
Eu fui lá porque não concordo com a política do Ministério da Educação. Por exemplo , nas colocações. Sabes que eu tenho quase 20 anos de serviço e fui colocado a 125 km de casa. Outros, abaixo de mim na lista foram colocados perto da sua residência. Já não sou “teenager” (quem me dera!!!) para andar com a casa às costas e gastar 700 euros por mês, por causa da loucura dos Concursos.
No entanto, toda a gente acredita na MENTIRA (mil vezes MENTIRA) repetida pelo Governo de que TODOS os professores estão colocados por 3 anos. Eu não estou e há muitos (muitos) como eu.
Por isso fui a Lisboa. Aquilo que houve em Lisboa foi uma federação de vários descontentamentos dos professores que estão, há 3 anos(desde que este Governo entrou em funções) a ser desconsiderados. Quem lançou a ideia de que os professores foram a Lisboa protestar contra a avaliação foram os pró-governamentais, para virarem a opinião pública contra os professores.
Bastava ter visto os cartazes e algumas das coisas que os professores levavam escritas para se saber que não era uma questão de avaliação.
Onde se lê governo, deve ler-se primeiro ministro.
Ó senhora professora Maria Luís, a sua colega perante a recusa da aluna, tomava as providências disciplinares adequadas, tomava nota do incidente, participava ao conselho executivo, aos encarregados de educação, enfim, tudo aquilo que não fez, tendo optado e insistido pelo confronto físico com a aluna, agarrando-se ao telemóvel desta como uma criança enraivecida e despojada de qualquer autoridade.
Não se esqueça, de que “no nosso tempo” as mensagens tambem se enviavam e eram arremessadas nas aulas, em bolinhas de papel, quando os professores se viravam para o quadro… Não sei qual será pior.
É claro que exagerei na utilização da expressão, que retiro :“Também há muitos professores que merecem um bom par de tabefes, não são só os alunos…”
Como exagerado é o empolamento deste episódio como exemplo de violência escolar em que, insisto, uma professora deixa descambar uma simples infracção discipinar quase num crime de ofensas corporais.
E há muitos e graves erros cometidos por professores… Há dias vi cem mil ir a Lisboa pedir a demissão da Ministra da Educação, quando me parece que não deviam ignorar que era a demissão do governo, que manda nela, que deviam exigir.
Aos olhos dos alunos estão todos reprovados.
Estas atitudes começam a ser eco de outras e fruto do novo estatuto que os alunos têm agora. O respeito – não o medo – escasseia. Eu já tirei telemóveis e hei-de continuar a fazê-lo. Por mais úteis que as tecnologias sejam e eu lhes reconheça as virtudes no novo ensino, os telemóveis não fazem parte do material indispensável para as aulas. Neste âmbito, tomara eu poder ter acesso a computadores para os meus alunos desenvolverem as suas competências através de um blogue/podcast/voki/etc.. Aí, sim, estariam a aprofundar as suas destrezas pessoais, sociais, a desenvolver o Inglês que tento ensinar, a conhecer a Arte e tantas coisas úteis. Haveriam de comunicar sem ser a “teclar” naquela linguagem cheia de “x” e que só atrapalha a sua desenvoltura expressiva.
Ainda há jovens com telemóvel mas que não se dignam a levar o manual para as aulas – mesmo tendo-o em casa.
Na minha escola, a regra determina que qualquer telemóvel apreendido seja entregue na Comissão Executiva e, mais tarde, entregue ao Encarregado de Educação. Eu sei que pode causar transtorno mas os alunos sabem as regras.
O hábito de trocar sms, tirar fotografias à socapa e fazer filmes nas aulas é demasiado errado e só fomenta estas situações.
Senhor José Manuel de Aguiar permita-me que lhe diga que esta situação é muito grave e, apesar de ter direito à sua opinião, a minha não poderia ser mais oposta. Como professora lamento ter lido o que escreveu – entristece-me.
“Também há muitos professores que merecem um bom par de tabefes, não são só os alunos…”
Não vi nenhum aluno ser agredido. Já a professora… Fico-me por aqui. O senhor dá aulas numa escola assim? Eu dou. Nunca passei por isto, graças a Deus.
O Zé Manel. Mas tu estás doido ou quê?
Isto que se passou é a maior vergonha…
Essa aluna, se se pode chamar a isso uma aluna, merece uma punição exemplar. E os pais , também. Não tem nada que se ocultar a cara da aluna. Para toda a gente saber…
No meu tempo não era assim. Também não havia telemóveis, mas enfim…
Eu andava na escola para aprender. Também havia lá alguns que nunca aprenderam, mas é a vida. Mas ninguém tinha comportamentos deste calibre.
O que eu queria era ver, agora, os comentadores da Educação como o sr. Emídio Rangel, Miguel Sousa Tavares, etc, que tanto defendem o Ministério da Educação, a atacarem a professora, porque , se calhar, ela até participou na manifestação de 8 de Março.
Já agora, alguém explica porque apareceu uma pichagem na estrada Sabugal/Guarda (perto de Catraia do Sortelhão) com os dizeres “professores chulos, 58 anos 2.500 euros”. Será que quem escreveu isso também é pai de um aluno mal educado ? É que a educação começa em casa. Na escola é mais letras e números..
Aqui fica, também , um artigo de Ferreira Fernandes, sobre este tema:
E para quando a avaliação dos papás?
O Carolina Michaëlis, que já teve o belo nome de liceu, não serve os miúdos do bairro do Aleixo, no Porto. Não, aquele vídeo não mostra gente com desculpas fáceis, vindas do piorio. Pela localização daquela escola, quem para lá vai vive às voltas da Boavista e os pais têm jantes de liga leve sem precisar de as gamar. Os pais da miúda histérica que agride a professora de francês estarão nessa média. Os pais do miúdo besta que filma a cena, também. Tudo isso nos remete para a questão tão badalada das avaliações. Claro que não me permito avaliar a citada professora. A essa senhora só posso agradecer a coragem. E pedir-lhe perdão por a mandar para os cornos desses pequenos cobardolas sem lhe dar as condições de preencher a sua nobre profissão. Já avaliar os referidos pais, posso: pelo visto, e apesar das jantes de liga leve, valem pouco. O vídeo mostrou-o. É que se ele foi filmado numa sala de aula, o que mostrou foi a sala de jantar daqueles miúdos.
Ferreira Fernandes
Por exemplo, se um Adovogado utilizar, abusivamente, o telemóvel na
sala de audiências, não se admitiria, de forma alguma, que o Senhor Juiz se levantasse e fosse agarrar o telemóvel ao Advogado…, nem a outra pessoa qualquer!
A falta de preparação dos professores é em certos casos gritante.
A professora ainda se comportou pior do que a aluna.
Não tem o direito de violar o direito de propriedade desta, muito menos daquela maneira, muito pouco dignificante.
A acção directa é legal e a aluna nada fez mais do que reagir de forma adequada e proporcional à violação actual do seu direito de propriedade e até à reserva da vida privada.
Também há muitos professores que merecem um bom par de tabefes, não são só os alunos…
Neste caso, espero que ambas sejam punidas.
Vergonha nacional, maioria dos alunos de hoje não tem respeito e educação nenhuma.