No momento em que avançam as obras no agora chamado Centro de Negócios do Soito, propomos a instalação no local de uma «incubadora de empresas», porque tal é necessário para apoiar os jovens empresários e é essencial para que o espaço venha a ter verdadeira utilidade.
Há quem sonhe aventurar-se no mundo empresarial procurando criar o seu próprio emprego, numa sedução pela via da afoiteza e da inovação. Criaram até um neologismo para designar esse acto façanhudo: empreendorismo.
Ora os empreendedores são sobretudo jovens de mente aberta, que aceitam o desafio de agarrarem a ambas mãos negócios inovadores, mas que comportam avultados riscos. Estes jovens são absolutamente necessários à economia e merecem ser apoiados.
Tem isto a ver com uma iniciativa que se tornou comum nos nossos dias por parte das entidades públicas: a criação de «incubadoras de empresas» ou «ninhos de negócios». A sua função é apoiar esses jovens, dando-lhes um acrescido estímulo para que enveredem pelo auto-emprego e criem depois, com o desenvolvimento do negócio, muitos mais postos de trabalho. Trata-se de unidades funcionais que dão apoio a novas empresas de base tecnológica, com condições para singrar no mundo dos negócios. Pode fornecer-se um espaço apetrechado para receber uma empresa, para além de se apoiar administrativamente o novo negócio ou mesmo possibilitar que técnicos forneçam formação ao nível da gestão empresarial. O fundamental é que os jovens se sintam capazes de enfrentar o mercado.
Há bons exemplos de sucesso neste tipo de iniciativas, como o são o Taguspark em Oeiras e o Mandan Parque no Monte da Caparica, ambos na zona de Lisboa. Mas o interior do País bem necessita destas estruturas, consideradas fundamentais, a par de outras, para o chamado desenvolvimento sustentável.
No Sabugal não é necessária coisa tão grandiosa, mas devemos também aspirar a possuirmos um «ninho de empresas» à nossa dimensão, com condições para dar um tecto aos jovens que não têm onde instalar os seus negócios. Trata-se de lhes arranjar, a custo zero, uma instalação apropriada, até ganharem forças para possuírem a sua própria casa. Claro que é necessário complementar esses espaços com serviços de apoio ao desenvolvimento dos negócios, pois não se trata apenas de oferecer uma morada.
Caberá ao Município sabugalense avançar com esse projecto. E, nesse sentido, aqui se deixa uma proposta: a adaptação do Centro de Negócios do Soito, que está a ser criado nas antigas instalações na Fábrica da Cristalina, nessa nossa «incubadora de empresas».
«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista
leitaobatista@gmail.com
Caro amigo:
Sou natural do Soito. Detesto essa palavra porque só apareceu agora desde que o Sócrates está no poder. Antes nunca ouvi essa palavra. Como eu não sou “moderno”, daí ter escrito isso.
E é só isso. Gosto de quem se interessa e investe (investidor já é palavra que me agrada)
O conteúdo deste Post, vem a propósito de um comentário feito ao da Qualidade de Vida da Aldeia de S. António de 14 de Fev/2008,que se transcreve:
“Detesto a palavra Empreendorismo… ama modernice da terceira via ó lá o que é”
Mantenho a convicção de que os resistentes do Ribacôa têm um alto grau de empreendorismo ou emprendedorismo, para quem não gosta do primeiro termo, sendo o SOITO, desde há longa data, o seu maior expoente.
Ter a coragem de correr riscos, em situações adversas, é a característica primária de qualquer empreededor, empresário ou gestor ou o que lhe quiserem chamar, os não adeptos da 3ª Via.
“A candonga éra um autentico risco “(José A. Vaz) e a necessidade de correr riscos deixou escola em alguns arraianos que não desistem de lutar e inovar. “A necessidade aguça o engenho”. Parabéns.
O Sabugal está no 4.º lugar em termos de n.º de pequenas empresas do distrito da Guarda e em 8º entre os 25 concelhos da “desértica” BEIRA INTERIOR (5 Quinas)
Zé Morgado