No domingo, 17 de Fevereiro de 2008, fez a sua entrada solene na Sé Catedral de Évora como novo arcebispo metropolitano D. José Francisco Sanches Alves, natural da Lageosa da Raia, concelho do Sabugal..

Às 16 horas de do dia 17 do mês de Fevereiro do ano 2008 depois de Cristo fez a sua entrada solene na Sé Catedral de Évora o cortejo da cerimónia de passagem da cátedra de arcebispo, símbolo do magistério de do ensino, de D. Maurílio Gouveia, que resigna por limite de idade, a D. José Francisco Sanches Alves, natural da freguesia da Lageosa da Raia, no concelho do Sabugal e até aqui bispo da diocese de Portalegre-Castelo Branco.
A celebração iniciou-se com a leitura, pelo cabido da Sé, da Bula papal de Bento XVI de nomeação do novo arcebispo metropolitano de Évora tendo, no final, o clero e os leigos presentes que enchiam por completo a catedral aplaudido as palavras do Papa.
D. José Alves passou então a presidir à cerimónia em que marcaram presença, entre outros, o representante de Bento XVI, monselhor Luis Roberto, o cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, D. Manuel Felício, bispo da Guarda, D. Ximenes Belo, bispo de Timor, o frade Feytor Pinto (com ligações familiares ao Sabugal), o padre Américo (pároco da Lageosa), os padres Lavajo (Aldeia da Ponte) e muitos sacerdotes e religiosos da região raiana em funções no Alentejo.
Na homília o novo arcebispo dirigiu-se à assistência saudando e agradecendo a sua presença e, em especial, dos seus conterrâneos que tinham percorrido uma longa distância para estarem presentes.
O Capeia Arraiana esteve, no final, à fala com alguns dos presentes. O reconhecido escritor de Sortelha, Vítor Pereira Neves, considerou ser «um dia de júbilo para todos os raianos por ser um homem da nossa terra e uma figura notável da Igreja de cujo percurso fulgurante ainda muito se espera». O ilustre sortelhense aproveitou a ocasião para ofertar a D. José o seu último livro acabado de editar.
O padre Américo, pároco da Lageosa da Raia, foi uma das caras conhecidas que marcou presença: «Gostei muito de participar nesta cerimónia. Vim como prior na companhia de cerca de 50 paroquianos que se deslocaram num autocarro da Viúva Monteiro. Muitos outros vieram de vários pontos do País para se juntarem a nós aqui em Évora.»
Os Chorão Lavajo são três irmãos naturais de Aldeia da Ponte. Frequentaram o seminário de Évora, foram ordenados padres e por lá ficaram na sua missão. Estivemos à fala com dois deles, Lourenço e Joaquim, porque o terceiro, o padre Adriano tinha sido operado na semana anterior, estava a recuperar bem mas não teve autorização médica para estar presente. «Fui uma cerimónia grandiosa com dezenas de bispos e mais de uma centena de padres. A comunidade raiana deve sentir-se orgulhosa por ter enviado para a arquidiocese de Évora o primeiro arcebispo da região que vem na sequência do cardeal de Alpedrinha na Idade Média», disseram-nos com visível satisfação nas faces.
À saída da sacristia D. Manuel Felício, bispo da Guarda, apesar de já passarem das 19 horas e ter ainda uma longa viagem pela frente, trocou connosco, com simpatia e amizade, algumas palavras: «A diocese da Guarda, em particular o Sabugal e particularíssimamente a paróquia da Lageosa, sentem-se muito felizes com esta nomeação. O contributo da diocese da Guarda para o presbitério da Arquidiocese de Évora é muito significativo. Uma grande percentagem dos padres e religiosos são originários da nossa região e a partir de agora também a sua cabeça. Dia de esperança para a Arquidiocese de Évora que nós partilhamos com um sentimento de ligação de matriz extremamente forte dos muitos sacerdotes a nós. Iremos rezar pelo melhor êxito da pastoral de D. José Alves.»
A terminar, após um infindável cortejo de apresentação de cumprimentos onde D. José Alves, sempre com um ar muito feliz, reconheceu e trocou impressões com muitos familiares, amigos e conterrâneos, deixou-nos uma mensagem para todos os sabugalenses: «Aos meus conterrâneos envio uma mensagem de alegria. É para mim um dia feliz e espero que essa felicidade seja extensível a todas as famílias sabugalenses que eu muito estimo e trago no coração. A todos, familiares, amigos e conterrâneos o meu bem-haja e a minha oração animado do espírito de Jesus Cristo».
jcl
Como posso contactar os padres Lavajo? Ando em busca das origens da minha família, sou neta de um Lavajo, nascido na Bismula, que a minha família diz ser primo dos padres.. se me puderem ajudar agradecia
Gosto do espírito bairrista dos sabugalenses… Continuem! Se nós não valorizamos o que é nosso, quem há-de fazê-lo?
Eu não sou do Sabugal, mas vivo no concelho e tenho muito gosto em vê-lo cada vez mais evoluído.
O Ex.mo Rev.mo Senhor D. José Alves é natural, não só do nosso concelho, mas também da nossa diocese. Vejam com o nosso bispo da Guarda o acompanha, na tomada de posse, com todo o interesse!
E o concelho do Sabugal é detentor de escritores, artistas, sacerdotes, missionários(as), muita gente que lutou por uma vida melhor e teve sucesso e tem terras e monumentos que bem merecem uma visita. Aproveitem! Por vezes, esquecemos o nosso próprio património e andamos em busca do alheio, que não é melhor…