Assinala-se na quinta-feira, 21 de Fevereiro, o Dia Internacional da Língua Materna, proclamado pela 30.ª Conferência Geral da UNESCO em Novembro de 1999. As comemorações têm como objectivo promover e preservar a diversidade linguística e cultural e o plurilinguismo.
A propósito das comemorações do Dia Internacional da Língua Materna a professora Anabela Sardo publicou no boletim informativo do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) um artigo onde defende que «a diversidade cultural e linguística representa valores universais que sustentam a unidade e a coesão das sociedades. As línguas são, por excelência, o veículo de transmissão dos sistemas de valores e expressões culturais, constituindo um factor determinante da identidade de indivíduos e grupos. São, também, um poderoso instrumento de preservação e desenvolvimento da herança tangível e intangível da Humanidade».
De acordo com as mais recentes indicações, o mundo que fala Português é avaliado, hoje, em mais de 200 milhões de pessoas (cerca de 180 milhões usam o Português como língua materna, 15 milhões, como segunda língua). É a sexta língua mais falada do Planeta e a terceira entre as línguas ocidentais, após o Inglês e o Castelhano.
Anabela Sardo sublinha, no texto referido, que a «Língua Portuguesa, no seu papel de idioma supranacional, revela um carácter homogeneizador. Contudo, e ainda que a questão da unidade linguística se possa mostrar como fenómeno de preservação, essa mesma unidade não deixa de se fortalecer na diversidade e proporcionar singularidades em cada comunidade que a usa.»
A Língua Portuguesa é oficial em países que pertencem a continentes distantes e que conservam as suas diferenças (Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste). Assim, no espaço dessa diversidade, o Brasil, Timor e os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), ao mesmo tempo que foram receptores da língua e cultura portuguesas, guardaram e desenvolveram as suas línguas e culturas
próprias.
jcl com IPG
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