Se a percentagem de idosos atinge hoje 40 por centro da população concelhia, os mesmos devem merecer uma atenção especial, devendo adoptar-se estratégias que conduzam a um aumento da qualidade de vida dos nossos «mais velhos».

Apresentei em crónicas anteriores duas propostas – Unidade Móvel de Saúde e distribuição de medicamentos – que considero essenciais para garantir um mais fácil acesso aos serviços médicos dos idosos residindo em freguesias não servidas quer pelo Centro de Saúde e Farmácias, quer pelas diversas Extensões, sem necessidade de deslocação ao Sabugal.
Abordarei hoje uma questão que se prende directamente com o exercício de pleno direito de cidadania por parte dos idosos residentes nas freguesias do Concelho, sobretudo as mais afastadas da cidade do Sabugal.
Estou-me a referir ao acesso dos nossos idosos aos Serviços Públicos, sejam eles os serviços autárquicos, sejam eles os serviços dos diferentes Ministérios e Organismos do Estado.
Pense-se na dificuldade que um cidadão em geral tem para pagar a água, a electricidade, substituir um documento oficial, solicitar uma certidão, pagar os impostos, etc. etc.
Claro que nós podemos socorrer-nos do banco ou da Internet, mas será que nas aldeias, os idosos têm a mesma capacidade e facilidade de acesso aos mesmos?
Por isso defendo para o nosso Concelho uma solução semelhante à que foi desenvolvida em Idanha-a-Nova – uma Loja do Cidadão Móvel – que funcionará, a partir de 2008, numa viatura, percorrendo todo o Concelho.
Esta Loja, fruto de protocolo entre a Administração Central e a Autarquia permitiria ter um serviço que circulando pelas aldeias, acabasse com a necessidade de deslocação à cidade das pessoas, sobretudo os mais idosos.
Esta Loja, chamada em Cabeceiras de Basto de Posto Móvel de Atendimento ao Cidadão deverá ter como principal objectivo, apoiar os lugares mais isolados e distantes da sede do concelho, com maior percentagem de população idosa, onde o acesso aos serviços públicos é dificultado pelos vários factores, próprios das características de interior e ruralidade do Concelho.
E mais uma vez, termino com a mesma pergunta da semana passada:
Não merecerão os nossos «mais velhos» um serviço público que não entrave o seu direito à plena cidadania?
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
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