O nosso compatrício, ainda actual bispo de Portalegre, D. José Alves, desafiou há semanas atrás, o Governo a tratar como deve a população do Interior, apoiando a renovação das gerações e que nasça mais gente. Neste particular, parece haver alguma dialéctica entre o pensamento do Governo e o pensamento da Igreja.
Face aos números oficiais de abortos praticados na legalidade, os defensores do «Não» acham demais, enquanto os defensores do «Sim» quase só lhes falta dizer que são muito menos do que os previstos. Como se, impedir uma criatura de nascer, fosse coisa de nula monta.
Entretanto, visitando a Guarda, o Senhor Presidente da República perguntava o que era necessário fazer para que nascessem mais crianças. Pergunta que causa alguma perplexidade, sabendo-se que a Lei do Aborto foi por ele aprovada.
No dia 25 de Novembro, Paulo Portas fez umas sugestões quanto a apoios de carácter sócio-económico. E todos ficámos na expectativa. Enquanto isso, D. José Alves avançava com uma obra, com factos e não com meras palavras: a diocese de Portalegre criou o Centro de Apoio à Vida, a funcionar já desde o dia 8 de Novembro, destinado a apoiar e a reintegrar na sociedade jovens adolescentes grávidas, ou mães solteiras. Assim se pratica a lei evangélica.
Natal significa nascimento. Que nasçam todos quantos a Natureza potenciar.
Votos de Bom Ano!
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«Carta Dominical», por Jesué Pinharanda Gomes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Fevereiro de 2007 a Setembro de 2018)
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Sempre seria melhor que prevalecesse o bem jurídico supremo vida sobre todos os outros que têm, necessariamente, uma dignidade e uma protecção inferior…
Viva o Natal e a Natalidade!
Apoie-se verdadeiramente a família que é, indiscutivelmente, o alicerce da Sociedade.
Sejamos civilizados!
Bem haja.