O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, defendeu na tradicional mensagem de Natal a necessidade de assumir corajosamente a promoção da discriminação positiva para as regiões mais pobres como a Beira Interior de forma a combater o drama da desertificação humana.

D. Manuel Felicio, Bispo da Guarda, junto à imagem de São Paulo na paróquia de RuivósNa sua mensagem natalícia o bispo da Diocese da Guarda, D. Manuel Felício, mostrou-se muito preocupado com o «drama da desertificação humana que afecta toda a região da Beira Interior e que está já a colocar em risco a sobrevivência de muitas aldeias beirãs». «Estamos perante um drama de proporções alarmantes que todo o País precisa de sentir como seu pois sem o desenvolvimento das potencialidades da nossa região todos ficamos mais pobres e a qualidade de vida irremediavelmente prejudicada», afirmou o prelado.
D. Manuel Felício lembrou que «é necessário assumir a coragem de promover a discriminação positiva das regiões mais pobres, como a Beira Interior, e saber aproveitar a oportunidade única constituída pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que irá vigorar nos próximos seis anos e conta com 21,5 mil milhões de euros para aplicar em Portugal destinam-se 60 por cento para os seus três principais programas – competitividade, valorização do território e formação do potencial humano».
O bispo da Guarda diz compreender o facto de o Presidente da República ter «ficado sem palavras para responder, de imediato, com as medidas adequadas a esta situação preocupante» mas desafiou «os políticos e outros responsáveis pela vida pública para que assumam a coragem de construir um futuro equilibrado para todo o Portugal de tal maneira que sejamos um País e uma nação onde todos têm vez e voz».
jcl