O Jornal «Ecos da Aldeia» teve o seu início em Janeiro de 1965, com a saída do número 1, mantendo-se ao longo de sete anos, culminando em Outubro de 1971, com a publicação de 77 exemplares, sendo propriedade da Igreja Paroquial de Aldeia da Ponte e tendo como Director o Sr. Padre António Brás Carreto.

Esteves Carreirinha - Ecos da AldeiaEm Novembro de 1971 nasce um novo Jornal denominado «Nordeste» em substituição do «Ecos da Aldeia», que se prolongará até Janeiro do ano de 1974, mantendo a mesma bitola de escrita, semelhante à do seu antecessor.
Levando o Eco da nossa Aldeia, com as novas possíveis, há um bom ror de anos, deixando algumas saudades e boas lembranças, pois um veículo informativo desta natureza representou, sem dúvida, um grande passo, à época, para todos os Aldipontenses, transportando a nossa Aldeia para bem perto de todos aqueles que, lá bem longe, labutavam no ganho da vida.
No início da minha colaboração, às sextas-feiras, com a página «Capeia Arraiana» ponderei utilizar outros títulos, mas depois, quedei-me por este, por trazer algumas lembranças aos da minha geração, que não é ainda tão antiga, mas sobretudo a outros mais avançados na idade, bem como às gerações mais novas, que irão por certo, ter uma outra oportunidade de conhecer mais algumas histórias e outros episódios, que tentarei recuperar, aí mais para a frente, bem como de outros Jornais, que ajudei a fundar e onde tive, também, uma colaboração activa, mantendo-se durante alguns anos.
Com o nascimento desta minha rubrica, acrescida da página da Aldeia na Net, irão continuar a ecoar as notícias possíveis, bem como outras histórias, levando para bem longe, um pouco da nossa Aldeia, ao encontro dos nossos amigos, que se encontram por todo o lado, tentando que desfrutem o melhor possível, servindo para reavivar as saudades da nossa terra.
Jornais de Aldeia da PonteSabemos que é assim, devido a muitos testemunhos que nos transmitem, incentivando-nos a continuar, quando regressam nas férias de Agosto, ou em outras alturas do ano.
Acresce ainda alertar, que umas tantas histórias já foram descritas, também, por outros conterrâneos, com o seu modo de narração, com maiores ou menores pormenores, à sua maneira, mas estamos seguros, que vai valer a pena reavivá-las.
Em jeito de recordação, e com a devida vénia, transcrevemos o primeiro editorial do «Ecos da Aldeia», em Janeiro de 1965.
«Apresentando
Com o ano novo faz também a sua aparição o Jornal Ecos da Aldeia. Modesto, simples entra na vida preocupado com o futuro, que não sabe qual seja.
Tem uma missão a cumprir: estabelecer PONTE entre os presentes e os ausentes, ser ligação permanente com os que vivem fora, sedentos de notícias da sua terra, desejosos de acompanhar os problemas que por cá existem. Será uma voz amiga a ECOAR… e vai fazer-se ouvir nas paragens mais longínquas, onde houver um filho da Aldeia a lutar pela vida.
Que saudades não irá mitigar, que alento e conforto não irá proporcionar a tantos e tantos que trabalham com sacrifício e no meio de sérias dificuldades?
Pois bem, aí o tendes. É vosso. Ireis ajudá-lo a viver, porque entrou no mundo, pobre, sem nada, só com o fim de bem-fazer. É dever vosso contribuir para que ele se mantenha e cumpra a sua missão, até ao fim. Esperamos publicar já no próximo número a 1.ª lista dos amigos. Em Quadro de Honra publicaremos os nomes de todos os que derem 50$00 ou mais. Saúda-vos com muita estima. O Vosso Pároco.»

Com esta apresentação, teve então início o «Ecos da Aldeia», que constituiu um marco nas novas da nossa Aldeia, já lá vão mais de 40 anos, parece que ainda foi ontem.
«Ecos da Aldeia», opinião de Esteves Carreirinha

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