António Edmundo, presidente da Câmara Municipal da Figueira de Castelo Rodrigo, ataca sem rodeios a empresa Águas do Zêzere e Côa, que culpa de comer à mesa do orçamento municipal, tolhendo a actividade da autarquia.
O edil figueirense criticou a empresa em entrevista ao jornal Pinhel Falcão, de 6 de Dezembro, considerando-a a grande responsável pelas dificuldades do seu município. «A autarquia está saudável muito embora tenhamos um grande credor que a prazo poderá dificultar muito as coisas. Refiro-me à empresa Águas do Côa e Zêzere para a qual os custos sociais da água e saneamento são sempre deficitários. Come, verdadeiramente à mesa do orçamento», acusou António Edmundo.
Contrariando a ideia de que a empresa regional de água e saneamento era para ser a salvação dos municípios, António Edmundo relembra que o facto da Covilhã não ter aderido à empresa, criou sucessivas dificuldades aos restantes municípios. A Covilhã seria a maior cliente e poderia contribuir decididamente para conferir rentabilidade à empresa, mas assim tudo é mais difícil.
«O custo social é grande, nós não podemos cobrar mais às pessoas pelos serviços de água e saneamento pelo que temos de cobrir uma parte significativa dos custos reais», disse ainda o autarca.
A situação revela-se assim muito crítica, tanto mais que, «a comunidade está empobrecida e tem dificuldade em pagar». O autarca justifica assim a opção de ser o município a suportar 50 por cento do abastecimento de água e a totalidade da taxa de saneamento e resíduos sólidos urbanos.
plb
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