A proposta de lei preparada pela Secretaria de Estado do Turismo para a reorganização do sector do turismo em apenas cinco regiões não passou no último Conselho de Ministros. O documento terá agora que ser reformulado para nova apreciação.
O projecto governamental previa criar apenas cinco regiões de turismo, correspondendo geograficamente com as NUT’s II, em substituição das actuais 19 regiões. Assim, em Portugal continental passariam apenas a existir as regiões de turismo do Norte, do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve.
Consta que a opinião pessoal do primeiro-ministro, José Sócrates, pesou na decisão do conselho de ministros em recusar o avanço do processo.
Recorde-se que a proposta era muito contestada pelas direcções das actuais regiões de turismo, por considerarem que a criação de regiões muito abrangentes destruía o carácter específico de algumas zonas do país. Os defensores da proposta defendiam por sua vez que a mesma se destinava a criar maior capacidade de intervenção, garantindo às regiões de turismo uma maior dimensão, assim como maiores competências e melhores condições orçamentais.
Uma das regiões de turismo que mais se opôs ao novo projecto foi a Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), cujo presidente, Jorge Patrão, defendeu por diversas vezes que a falta de uma estrutura própria para a serra mais alta do país, ia fazer com que se destruir-se a «marca Serra da Estrela».
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«Direito por linhas tortas», por Ana Paula Sousa
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