Face a uma possível revogação da lei que estipula a criação e a orgânica lei das comunidades urbanas, o Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Carlos Pinto, defende que a Comurbeiras deve continuar a sua actividade.

Em declarações públicas o Secretário de Estado da Administração Local, Eduardo Cabrita, considerou recentemente que a lei que criou as comunidades urbanas era «um nado-morto», pelo que essa legislação deverá ser revogada. A intenção governamental, anunciada numa iniciativa política do Partido Socialista realizada na Covilhã, não agradou ao autarca local. Carlos Pinto, que também preside à Comunidade Urbana das Beiras (Comurbeiras), defende que esta deve continuar unida, agregando a vontade comum dos doze municípios que a integram: Almeida, Sabugal, Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo, Trancoso, Meda, Celorico da Beira, Manteigas, Guarda, Penamacor, Covilhã e Belmonte.
O autarca considera que a continuidade da comunidade de municípios é fundamental, face à elaboração do Plano Estratégico da Comurbeiras, documento que define um conjunto de projectos de investimento, que serão candidatados às verbas comunitárias que constam do Quadro de Referência Estratégica Nacional.
A legislação que criou as comunidades urbanas foi aprovada pelo governo de Durão Barroso, dentro do projecto de descentralização, facto que levou muitos municípios a associarem-se. O Governo de José Sócrates nunca mostrou simpatia por essa legislação, mas só agora deu conta da sua eventual revogação formal.
Recorde-se que já em Maio deste ano o Presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB), José Biscaia, admitira o fim da Comurbeiras, apontando porém para uma sua fusão com a AMCB.
plb