A «História da Literatura Portuguesa» da autoria de António José Saraiva e Óscar Lopes é o compêndio mais utilizado no ensino secundário.
Pudémos manusear a 16.ª edição, que se diz corrigida e actualizada. E, qual não foi o nosso espanto, ao verificarmos que os autores (não, decerto Saraiva, entretanto falecido) resolveram retirar do livro qualquer referência ao nosso mais completo romancista do século XX, Francisco Costa, e a uma das nossas mais singulares poetisas, Natércia Freire.
Ambos estes escritores tinham lugar nas edições anteriores. Porquê a omissão? Censura, por serem escritores que não se filiam nos clãs em que Óscar Lopes se filiou? Muito estranho, e estranha é também a omissão de Nuno de Montemor, cuja existência é ignorada de forma acintosa e indigna de quem se apresenta como historiador e educador. O mérito da obra é fortemente penalizado pelo sectarismo ideológico. Já estou habituado.
Não sabia que em Portugal havia Senado! De facto a Constituição Política vigente não inclui a instituição senatorial, que é constituída por senadores. Pois bem: um diário matutino de Lisboa publica regularmente umas páginas intituladas Correio dos Senadores. Esses senadores são duas personalidades do mundo político. Como senadores se apresentam, ou são apresentados, pelo jornal. São senadores de que Senado?
Que diferença com o desgraçado que lá pelas bandas do Norte, se apresentava como padre, que não era…
Vanitas vanitatum…
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«Carta Dominical», por Jesué Pinharanda Gomes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Fevereiro de 2007 a Setembro de 2018)
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Muito bom, gostei do blog! Parabéns