O presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo lamenta o adiamento da construção da barragem da Quinta de Pêro Martins, no rio Côa, facto que prejudica o seu concelho e toda a região.
Esta semana o Governo, pela voz do Ministro da Economia, anunciou a construção de dez novas barragens para cumprir o objectivo de aumentar a produção de electricidade em Portugal até sete mil megawatts e elevar o aproveitamento hidrológico para 70 por cento da capacidade do país. Porém de entre as barragens anunciadas o autarca de Figueira de Castelo Rodrigo não encontrou a da Quinta de Pêro Martins, projectada para o seu concelho, facto com que não concorda. Há muito tempo que o autarca luta pela construção dessa barragem, que considera fundamental para a região.
Em declarações prestadas à Agência Lusa o autarca considera que construir a barragem no seu concelho «era o reparar de um erro histórico», referindo-se à rejeição da construção da barragem de Foz Côa devido às gravuras rupestres. A construção da barragem da Quinta de Pêro Martins, não prejudicaria nada a opção em favor das gravuras, uma vez que a albufeira ficaria a montante do local onde elas se encontram. Por outro lado, o autarca considera que a barragem poderia «inundar terrenos à vontade, porque não causa problemas às populações, antes pelo contrário, valoriza as propriedades agrícolas».
António Edmundo vai mais longe, considerando que o rio Côa fica muito prejudicado, o que afecta toda a região: «num rio que é só nosso (nasce próximo da localidade de Fóios, Sabugal, e desagua no rio Douro, em Vila Nova de Foz Côa), regularizaria o seu leito e daria novos usos ao rio Côa, pois permitiria a prática de actividades lúdicas, de regadio e a exploração hidroeléctrica».
plb
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