Maria Mim é um romance de denúncia e de revolta, face à perseguição que o Estado exercia sobre os contrabandistas quadrazenhos, que não eram ladrões nem fascínoras, como os pintavam as autoridades, mas antes pessoas honradas e virtuosas.

Maria Mim é um romance de denúncia e de revolta, face à perseguição que o Estado exercia sobre os contrabandistas quadrazenhos, que não eram ladrões nem fascínoras, como os pintavam as autoridades, mas antes pessoas honradas e virtuosas.
O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, o sabugalense José Gonçalves Sapinho, manifestou-se contrário a todas as propostas de traçado da linha ferroviária de alta velocidade que estão em cima da mesa, defendendo antes que o TGV deve acompanhar o traçado da A1.
Gonçalves Sapinho, revelou ontem incompreensão pelo facto de continuarem a estar contempladas no projecto paragens intermédias em Leiria, Coimbra e Aveiro, num «pára-arranca» que porá em causa a velocidade máxima anunciada, que não poderá ser mantida. Defende ainda que o «traçado do TGV deve acompanhar o traçado da A1», passando no lado nascente da Serra dos Candeeiros, e não pelo interior do concelho de Alcobaça. O traçado que vem ganhando forma nos estudos pode atingir até oito freguesias no concelho de Alcobaça, com consequências nefastas para o seu património natural, como é o caso de algumas manchas de Carvalhos, nomeadamente em Vale da Ribeira, Mogo, Vale do Rio, Fonte Santa, Covões e Lagoa do Cão.
O autarca revelou mesmo que convidou um engenheiro especialista em transportes para estar presente na Assembleia Municipal que se realizará em Alcobaça em 4 de Outubro, para aí explicar as bases da contestação técnica que poderá vir a ser feita pelo município à opção que está a ganhar forma.
plb
Pedro Santana Lopes recusou na noite de quarta-feira, 26 de Setembro, continuar a entrevista com a jornalista da SIC-Notícias Ana Lourenço depois de ter sido interrompido por um directo que acompanhou no aeroporto de Lisboa o regresso a Portugal de José Mourinho e família.
O deputado Pedro Santana Lopes, ex-líder do Partido Social Democrata e ex-primeiro-ministro de Portugal não gostou de ser interrompido ontem, 26 de Setembro, no Jornal da Noite da SIC-Notícias e abandonou o estúdio a meio da entrevista.
O facto tem contornos inéditos na comunicação social em Portugal e a partir de agora atrevemo-nos a dizer que Santana Lopes já pode ser considerado o «special one» dos directos televisivos.
Tudo aconteceu quando a meio da entrevista a jornalista Ana Lourenço recebeu ordens da régie para passar a emissão para o aeroporto de Lisboa onde acabava de chegar José Mourinho acompanhado da família. O ex-treinador do Chelsea não prestou declarações à comunicação social e o directo limitou-se à imagem de Mourinho a entrar no automóvel e a seguir viagem.
Em declarações à Agência Lusa, Santana Lopes considerou-se desrespeitado pelo canal televisivo porque «a mim não me interrompem com a chegada de um treinador de futebol. Acho que há regras, a SIC tem regras diferentes das minhas. Tenho que ser respeitado», referindo ainda que apesar de se sentir cansado, aceitara o convite da SIC-Notícias para uma entrevista sobre o «estado das coisas» nas Directas do PSD, marcadas para sexta-feira.
A campanha dos candidatos social-democratas baixou de nível durante esta semana com Marques Mendes e Filipe Meneses a protagonizarem episódios lamentáveis de acusações mútuas.
Por um lado o Conselho de Jurisdição do partido está a ser acusado de parcialidade e tendenciosas decisões beneficiando a candidatura do actual líder. Por outro está por explicar a facilidade com que uma só pessoa pode pagar quotas «por atacado» para aumentar o número de militantes com direito a voto parecendo ser acto «normal» e de sempre.
Os critérios editoriais valem o que valem e podem sempre ser justificados como Ricardo Costa fez questão de dizer. Para o responsável editorial da SIC-Notícias «um canal com 24 horas de informação pode e deve fazer este tipo de interrupções sempre que se justificar».
O que fica por explicar é se o entrevistado fosse Pinto Balsemão, Mário Soares, Jorge Sampaio, António Guterres, Durão Barroso ou mesmo o actual presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (irmão de Ricardo Costa) o critério editorial também justificaria a interrupção da entrevista. Gostemos ou não, o deputado Pedro Santana Lopes, também já ocupou lugares de relevo na vida política portuguesa e possivelmente «o País deve estar mesmo doido».
jcl
A primeira estátua do escritor Aquilino Ribeiro vai ser erigida em Viseu, capital do distrito onde nasceu, por iniciativa do município local.
Depois de no dia 19 de Setembro os restos mortais do escritor Aquilino Ribeiro serem colocados no Panteão Nacional, surge agora uma outra iniciativa de homenagem ao grande escritor beirão, autor do livro «Terras do Demo». A Câmara Municipal de Viseu deverá aprovar em breve a edificação de uma estátua, seguindo uma proposta formulada pelo Centro de Estudos Aquilino Ribeiro. Será a primeira estátua levantada no país ao escritor.
Aquilino Gomes Ribeiro foi autor de inúmeros livros de variadas temáticas. O seu pendor foi sobretudo para o romance, sendo notáveis alguns dos seus livros, onde expressa, como ninguém, a linguagem do povo da sua região.
Nasceu em Tabosa do Carregal, concelho de Sernancelhe, em 1885, tendo morrido em Lisboa em 1963. Para além de escritor, Aquilino foi também jornalista e forte activista político, primeiro contra a monarquia em defesa da república, e depois lutando pela liberdade contra a ditadura salazarista.
plb
Numa iniciativa diferente o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), em parceria com o Município da Covilhã, anunciou que passará a plantar no Jardim do Lago, no centro da cidade, uma árvore por cada criança nascida.
Cada árvore terá registado o nome da criança que nasceu no hospital no dia em foi plantada. «Cada pessoa vai poder acompanhar o crescimento da árvore ao longo da vida», disse João Casteleiro, presidente do Conselho de Administração do CHCB à Agência Lusa.
A iniciativa, de forte simbolismo, foi acolhida com interesse e fortemente divulgada nos media, dada a sua importância e a sua originalidade.
É com pequenas e boas ideias, de elevada pertinência e de grande simplicidade, que se faz evoluir o mundo. E este pequeno mundo que é a Beira Interior, bem precisa de acções que promovam a evolução e o desenvolvimento.
Precisamos pois de actividades inovadoras que nos mobilizem por causas justas e legítimas. É imperioso mexer nas consciências, chegar ao coração das pessoas, para que elas adiram a projectos de grande valia comum.
Bem podia o Sabugal avançar também assim, com criatividade, com ideias práticas e viáveis, que chamassem a atenção do mundo e nos mobilizassem por causas necessárias e justas.
«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista