A Câmara do Fundão aprovou medidas concretas de incentivos à natalidade, à fixação de população jovem e à criação de empresas no concelho.
Com o objectivo de impedir a desertificação a autarquia do Fundão aprovou esta semana, por unanimidade, em reunião camarária três medidas que vão beneficiar e incentivar a fixação da população.
Aproveitando a nova Lei das Finanças Locais que permite às autarquias «jogar» com três por cento da colecta líquida do IRS o executivo camarário decidiu prescindir dessa receita de cerca de meio milhão de euros.
O abatimento atinge em especial os que trabalham por conta de outrém e vai ser comunicado pela autarquia até 31 de Dezembro à Direcção-Geral dos Impostos para ter efeitos na declaração do IRS relativa a 2008.
Outro benefício aprovado no sentido de incentivar a natalidade e a fixação na região incide no desconto de 10 por cento na facturação da água, saneamento e resíduos sólidos para famílias com três filhos. O quarto e seguintes valem mais 10 por cento cada um até atingir 50 por cento.
A terceira medida vai incidir sobre a derrama, imposto municipal sobre os lucros das empresas sedeadas no concelho. As empresas com lucros até 75 mil euros anuais, cobrando 0,75 por cento a partir daí.
Na Beira Interior apenas Manteigas acompanha o Fundão com iniciativas públicas, declaradas e concretas de combate à desertificação tendo como objectivo fixar pessoas e empresas nas suas regiões. Vivemos tempos decisivos. Os nossos políticos têm obrigações para quem os elege e não me parece que as populações no momento de escolher votem em autarcas resignados que assobiam para o ar ou fazem como a avestruz.
jcl