O Arquivo Nacional da Torre do Tombo e a Assembleia da República organizaram uma exposição conjunta sobre os tratados assinados entre Portugal e os actuais membros da União Europeia desde o séc. XII. Entre eles vai estar exposto o original do Tratado de Alcanizes que influenciou para sempre as Terras de Ribacôa.
Os documentos históricos podem ser admirados em dois núcleos. No Arquivo Nacional da Torre do Tombo poderá ser admirado o Tratado de Alcanizes assinado entre o rei português D. Dinis e D. Fernando IV de Leão e Castela na povoação espanhola de Alcañices.
Serviu para restabelecer a paz e fixar os limites fronteiriços das chamadas terras de Ribacôa e da região raiana que incluiam os castelos do Sabugal, Vilar Maior, Alfaiates, Castelo Bom, Castelo Melhor, Castelo Rodrigo e Monforte.
Embora esteja datado da «Era de mil trezentos trinta e cinco annos» do calendário juliano em vigor na época equivale de facto, no actual calendário gregoriano, à data de 12 de Setembro de 1297.
Na Assembleia da República estará em exibição o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de Junho de 1494, entre o rei português, João II e os reis católicos espanhóis, Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela. Entre as duas coroas ficou então partilhado o Novo Mundo através de uma linha de demarcação imaginária. Pouco tempo depois os navegadores portugueses descobriram o Brasil e o caminho marítimo para a Índia lançando até hoje a dúvida sobre os nossos reais conhecimentos à data do tratado. O Registo da Memória do Mundo inclui este tratado reconhecendo-lhe a sua enorme importância na história da Humanidade.
A exposição organizada durante a presidência portuguesa da União Europeia vai estar aberta ao público até ao dia 28 de Dezembro. Inclui tratados com os 27 países que integram actualmente a União Europeia e pertencem ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, ao Arquivo Histórico Parlamentar, ao Arquivo Histórico Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros e ao Conselho da União Europeia.
jcl
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