As previsões dos responsáveis da Adega Cooperativa de Pinhel apontam para uma quebra trágica na produção vinícola deste ano.
As últimas estimativas da direcção da Adega Cooperativa de Pinhel apontam para um ano de calamidade nas vinhas dos mais de 2000 associados da Adega.
Em declarações ao Jornal de Notícia, o presidente da direcção da adega pinhelense, Agostinho Monteiro afirmou «ser este o pior ano da história da adega muito por causa das geadas de Abril e das chuvas de Maio e Junho que destruíram a polinização e causaram o apodrecimento da flor. Para piorar este cenário o granizo que caiu no primeiro fim-de-semana de Setembro foi a machadada final».
«A Adega Cooperativa de Pinhel pondera pedir a declaração de situação de calamidade para as vinhas da sua abrangência. Os nossos técnicos estão a avaliar a situação mas apontam, já, para uma quebra de 80 por cento de uva Tinta Roriz. No ano passado os nossos sócios entregaram 18 milhões de quilos mas este ano devemos receber entre seis e sete milhões», esclareceu Agostinho Monteiro apontando para um prejuízo na ordem dos dois milhões de euros.
O dirigente apontou ainda o dedo acusador aos preços de venda ao público do vinho engarrafado. Considera que o Governo deve intervir apoiando e defendendo os produtores e as cooperativas porque é «incompreensível que uma garrafa comprada a um euro nas adegas seja vendida a oito ou nove nos restaurantes», concluiu.
jcl
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