Vamos às Marinhas de Sal de Rio Maior visitar um lugar aprazível onde se avistam belas paisagens, pirâmides de sal, uma aldeia de pequenas casas de madeira e onde podemos abancar no restaurante local para comer um churrasco.
Chega-se a um vale acolhedor, no sopé da Serra dos Candeeiros, três quilómetros além de Rio Maior, seguindo-se umas plaquinhas que diligentemente indicam: «Marinhas».
Trata-se, afinal, de salinas, que porém o povo local sempre chamou Marinhas de Sal, apelidando ainda de «marinheiros» aos homens que andavam na safra.
Para muitos o que ali se avista esconde um enigma. Como se produz sal, em salinas, a 30 quilómetros do mar? Ali, por entre montanhas, onde só deveria correr água doce!? Pois o segredo está na água de um poço, que há oito séculos é retirada para se produzir sal. A água que o poço contém é colhida e depois conduzida por «regueiros» (canais) aos «talhos» (pequenos tanques) onde por força do sol e do vento evapora, deixando o fundo coberto de cristais de sal. Este é então colocado em montes, e dali transferido para a «eira», onde depois é recolhido e armazenado nas casinhas de madeira que rodeiam as salinas.
Antanho o processo era rudimentar, retirando-se a água do poço através de duas picotas, por meio de força braçal. Hoje recorre-se a um motor.
O vale é verdadeiramente pitoresco, com a serra ao redor, de encostas pejadas de arvoredo, vinhas e pequenas leiras de cultivo. Num dos lados das salinas uma corda de casotas de madeira, baixinhas e muito graciosas, completam o quadro original que confere uma peculiar harmonia a este local.
Pois quem venha pelas curiosas salinas pode juntar ao percurso uma escala na churrasqueira «Solar do Sol» para saciar o estômago. Pedindo-se pela especialidade da casa, dirão que o pitéu mais escolhido é frango assado, com ou sem picante, consoante o gosto do cliente, guarnecido com arroz e batata frita e acompanhado por salada. Pois diremos que aqui o frango, ainda que de aviário, tem de facto outro sabor. É de comer e pedir mais. Tem porém o visitante outros pratos à escolha, mas com a ementa sobretudo voltada para a carne de churrasco.
Vale a fazer uma visita às «Marinhas», onde para além da paisagem e das alvas pirâmides de sal, há um peculiar conjunto de casas típicas de madeira, que fazem das salinas naturais um museu vivo. Recomenda-se a visita nos meses de verão, altura em que as salinas estão activas.
plb
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