O novo bispo do Porto acaba por ser nosso confrade da Fraternidade da Beira Côa. De facto, ao ser eleito bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa, recebeu o título de bispo de Pinhel, um bispo sem diocese, mas com o respectivo título. Agora, no Porto, tem diocese, tem título.
A diocese de Pinhel foi extinta em 1882 e integrada na diocese da Guarda. Foi uma instituição muito precária. Para animar a vida no Interior, o Marquês de Pombal, com o consentimento do Papa, elevou a cidade a vila de Pinhel e fez dela, em 1772, a cabeça de uma nova diocese. Ficou esta constituída pelos povos da margem direita do Côa, actualmente incluídos nos concelhos de Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo e Sabugal, e que pertenciam ao bispo de Lamego; e também pelas paróquias dos actuais concelhos de Pinhel e de Trancoso, que pertenciam à diocese de Viseu.
Quando o bispado de Pinhel foi extinto, a Santa Sé reservou o título (honorífico), concedido eventualmente e, por fim, atribuído a D. Manuel Clemente, que sabemos ter gostado. Na qualidade de titular visitou a cidade. Aliás, quando o Grupo de Amigos de Manigoto publicou o livro «A Diocese de Pinhel (Antologia Documental, 1772-1882), D. Manuel acedeu a colaborar e ainda a redigir o prefácio que tanto valorizou o livro, que pode ser obtido no grupo já citado.
Fazemos votos pelo êxito pastoral de tão excelente amigo numa diocese tão grande, tão prestigiada, mas com tantos problemas, que é o Porto, terra natal, aliás, da mãe de D. Manuel. Daqui, da Raia, sempre o acompanharemos.
«Carta Dominical» de Pinharanda Gomes
pinharandagomes@gmail.com
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