Os restos mortais do autor de «Terras do Demo» vão ser transladados para o Panteão Nacional, onde se juntarão aos de outros vultos da literatura nacional.
Por proposta de Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, a conferência de líderes parlamentares aprovou por unanimidade a transferência dos restos mortais do Mestre Aquilino para o Panteão Nacional. A proposta teve por base a valiosa obra literária de Aquilino Ribeiro, um dos grandes nomes da literatura portuguesa do século XX e um combatente pela liberdade.
O autor do livro «O Malhadinhas» foi um dos escritores portugueses que melhor soube interpretar e expressar o sentir e o saber do povo. Conhecedor profundo dos usos e costumes e das formas de expressão populares, os seus escritos retratam os sentimentos e as formas de vida do nosso povo de antanho. A valentia mistura-se com a simplicidade, a honra com a malvadez, a dureza com a complacência, numa simbiose perfeita que exprime em todo o esplendor o viver quotidiano da gente beiroa, conterrânea de Aquilino.
Nascido no Carregal, concelho de Sernancelhe, em 1885, Aquilino Ribeiro viria a falecer em Lisboa em 1963.
O Panteão Nacional alberga os túmulos de várias personalidades da História de Portugal, de entre os quais dos presidentes da República Teófilo Braga, Sidónio Pais e Óscar Carmona, dos escritores João de Deus, Almeida Garrett e Guerra Junqueiro, da fadista Amália Rodrigues e os monumentos evocativos de Luís de Camões, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque, Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama e do infante D. Henrique.
plb
A repúlhica prepara-se pois para homenagear um dos regicidas de 8 de Fevereiro de 1908.
Morte ao Rei D. Carlos!
Morte ao Príncipe D. Luís Filipe!
Viva a Repúlhica!
Morte a Portugal!