«Marcos na vida de um raiano», recentemente editado, é um livro autobiográfico da autoria de Agostinho Pires, natural de Aldeia da Ponte, concelho do Sabugal.
Manuel Leal Freire assina o prefácio destacando a amizade que o une ao autor e o valor de relicário que Aldeia da Ponte tem para os dois aldipontenses filhos de praças da Guarda Fiscal destacados na guarnição da freguesia. Incontornável também a figura de outro filho da terra, Tó Chorão, a quem se refere como «a personalidade que mais se tem esforçado pela preservação dos valores tradicionais da Raia Sabugalense de que é também o mais genuíno representante, um autêntico vergalhudo da Raia, título que nós, raianos, damos aos melhores de todos».
A obra está dividida em cinco capítulos com as páginas dos três primeiros preenchidas com versos de quadras em rima alternada de sete sílabas, feitas «em agreste avena e flauta rude tão ao gosto da cultura da arraia miúda de onde emergimos e à qual pertencemos» resume o autor na introdução sublinhando que no quarto capítulo o tema desenvolve-se à volta da Praça de Touros de Aldeia da Ponte e do papel fundamental da Associação Amigos de Aldeia da Ponte na sua construção. O último capítulo fala da defesa dos princípios e valores pelos quais vale sempre a pena lutar como sejam a verdade, a honra e a dignidade.
O livro de Agostinho Pires que se descreve a si mesmo como «modesto plebeu raiano, nascido em terras de ribacôa e casado em terra alheia, que, depois de viver em Castro Daire e Coimbra, optou por Santa Comba Dão para nela residir e passar a última fase da sua vida» é feito de referências a figuras, imagens, locais, factos, momentos e correspondências trocadas ao longo da vida.
Estórias de vida de um raiano que a História tem obrigação de registar.
jcl
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