A circulação na ponte internacional que liga Valença a Tui foi interrompida durante uma hora por mais de mil manifestantes que protestavam contra o encerramento das urgências do concelho de Valença.
A ponte internacional que liga Valença a Tui, em Espanha, cortada com uma marcha lenta automóvel, as sirenes dos bombeiros a ecoar e os sinos das igrejas a tocar a rebate foram as formas escolhidas pela população de Valença para protestar com o fecho das urgências no concelho.
O presidente da Câmara de Valença, o socialista José Luís Serra, encabeçou a marcha lenta desde o centro da vila até à ponte solidário com os habitantes do seu concelho. «Mostrou-se irredutível e inflexível» disse o autarca referindo-se ao ministro da Saúde, Correia de Campos, com quem reuniu na passada quinta-feira, 15 de Fevereiro. «Por isso, pedi, hoje mesmo, a demissão dos cargos que ocupo no PS, pois não quero fazer parte de um partido que apoia e patrocina a actual política de saúde» informou ainda José Luís Serra que integrava a Comissão Política Nacional e a Comissão Política Distrital de Viana do Castelo dos socialistas.
«Este ministro da Saúde tem uma forma de fazer política que não é admissível no século XXI. Se continua assim vai ter muito problemas, em Valença e em todo o País. E acredito mesmo que acabará por ter que se demitir», criticou José Luís Serra.
A proposta da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências para o distrito de Viana do Castelo indica um Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico no Centro Hospitalar do Alto Minho e dois Serviços de Urgência Básica em Ponte de Lima e Monção.
«Com esta política de saúde mais vale sermos espanhóis», era uma das palavras de ordem. O problema é que depois do mal feito o ministro até se pode demitir e ingressar numa empresa pública com um vencimento dourado mas… o mal já está feito.
jcl
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