Jesué Pinharanda Gomes aceitou o nosso convite para participar na área das «Crónicas» do Capeia Arraiana.
Ler MaisA direcção do «Diário de Notícias» liderada por António José Teixeira foi demitida durante a madrugada de 16 de Fevereiro por Joaquim Oliveira, presidente da GlobalNotícias.
«Os maus resultados a nível das audiências das várias publicações esteve na base da decisão de Joaquim Oliveira que reuniu com o conselho de redacção na noite de quinta-feira, dia 15» informou a agência Lusa que acrescenta ter a decisão sido uma surpresa pois «a administração da empresa distribuiu uma informação às agências de publicidade na qual afirmava que o DN estava a subir de audiências e que tinha alcançado bons resultados nos estratos sociais de maior consumo».
O nome de João Marcelino, director do «Correio da Manhã», é referido como bem colocado para assumir a direcção pois Oliveira nunca escondeu o seu interesse em tê-lo à frente das suas publicações.
jcl
Em dia de bucho na Casa do Concelho do Sabugal, Capeia Arraiana foi à fala com José Ramos Casanova, homem com uma vida cheia de estórias que gosta de partilhar.
Natural de Aldeia Velha, concelho do Sabugal, José Ramos Casanova, soma hoje 85 anos. É homem de falar afável mas apressado, querendo em poucos minutos contar a vida toda.
Antigamente em Aldeia Velha a maior parte das pessoas viviam do contrabando, cruzando a raia seca com o carrego às costas. A sua primeira aventura de contrabandista viveu-a aos nove anos de idade quando, inserido num rancho de mulheres, foi a Navesfrias buscar mercadoria. «Minha mãe comprou-me umas calças de pana, e mandou-me vesti-las e amarrar as velhas com um atilho, depois disse-me para me espojar no chão para que as calças ficassem sujas de forma que os guardas, se aparecessem, não dessem por elas».
Ainda adolescente foi para Lisboa, onde serviu como marçano. Aí assistiu à exposição do Mundo Português, nos Jerónimos, onde ganhou alguns escudos vendendo copos de água. «Uma noite vi o Salazar e o ministro Duarte Pacheco a visitarem a exposição, e fiquei deslumbrado. Na altura ver o Salazar era como ver Deus».
A estada em Lisboa durou quatro anos, findos os quais voltou a Aldeia Velha para ajudar o pai na exploração de uma taberna. Mas aos 19 anos embrenhou-se a fundo no contrabando, tomando às costas o carrego que transportava pela calada da noite. Chegou a ir levar mercadoria a Madrid, numa camioneta espanhola. Uma das vezes foi aí detido pela Guardia Civil, ficando na prisão durante 3 meses, até que o libertaram por falta de provas, regressando de comboio a Portugal.
Com o dinheiro ganho no contrabando montou negócios por conta própria, onde relevam a instalação de uma fábrica de torrefacção de café e outra de produção de manteiga. Os negócios levaram-no mais tarde de retorno a Lisboa, onde se instalou em definitivo, e onde ainda hoje permanece, embora vá de volta à terra sempre que uma oportunidade espreita.
plb
Ducílio Gonçalves Sapinho lidera um grupo de naturais do concelho do Sabugal, que preparam um encontro de beirões a realizar no dia 24 de Março, em São Martinho do Porto, concelho de Alcobaça.
A Câmara Municipal do Sabugal apoia a iniciativa, disponibilizando um autocarro para transporte dos que pretendam ir ao convívio de beirões. O encontro visa fortalecer os laços entre os naturais e amigos das Beiras, estando aberto a todos os que queiram participar. A organização preparou mesmo um pequeno folheto de informação, onde expõe ser «qualidade congénita do beirão saber receber, naturalmente e com sinceridade, dedicando amizade e lealdade a quem tal mereça». É por isso que o evento abre portas às pessoas que se revejam nesse espírito beirão.
O encontro consistirá num almoço e num lanche a servir por um restaurante de São Martinho de Porto.
O principal organizador é Ducílio Sapinho, natural do Sabugal e residente em Leiria, podendo ser contactado, para efeitos de inscrição na iniciativa, pelo telefone: 965484782.
plb