«Nunca aceitarei que os idosos sejam depositados numa espécie de armazém onde ficam a aguardar o momento da morte», afirma Joaquim Ricardo que luta por um lar em Aldeia de Santo António onde privilegiará sempre o apoio no domicílio porque «as pessoas devem permanecer em casa enquanto puderem».
Estivemos hoje, 22 de Janeiro, na Casa do Concelho do Sabugal, em Lisboa, à mesa com Joaquim Ricardo, presidente da Liga dos Amigos de Aldeia de Santo António, e falámos sobre a associação, o concelho e os sabugalenses espalhados pelo mundo.
Activo defensor da sua terra e das suas gentes, empenha-se em conseguir apoios para a edificação de um lar de idosos, situação que noticiámos a 15 de Janeiro.
Mas para Joaquim Ricardo, mesmo com um lar instalado, fará todo o sentido continuar a apostar no apoio domiciliário a que a associação já se dedica:«Enquanto os idosos poderem estar em suas casas, é aí que lhe iremos prestar amparo.»
Não aceita a ideia defendida por muitos de que já temos lares a mais no concelho. Continua a não haver vagas suficientes nos lares, face à procura. Os idosos, mesmo os que estão fora do concelho, querem passar a velhice entre os seus, junto às suas casas. A ninguém agrada ir para um lar longínquo. Além do mais os lares e centros de dia representam um sector de actividade extremamente importante para o concelho. É neles que muitos jovens encontram emprego e é através deles que os agricultores escoam boa parte da sua produção.
Daí que não baixe os braços na sua batalha, porque a freguesia e o concelho necessitam do lar que já está em construção na Aldeia de Santo António.
Actual dirigente da Administração Fiscal em Lisboa, onde está há um ano, Joaquim Fernando Ricardo fez carreira no Porto, onde foi Chefe de Finanças, e passou pela Covilhã. É autor do livro Direito Tributário – Colectânea de Legislação, obra de grande sucesso editorial, de que actualmente prepara a sexta edição.
plb